Sorte!Privilégio de poucos!

Sempre existe aquele cidadão que sai pela rua sem saber o que o espera. Então ele chega na hora certa para esperar o coletivo. Sempre as oito e meia da manhã ele vem carregado, gente para todo o lado. Mas vem, sempre pontualmente. No entanto, há momentos em que algo acontece e não podemos esboçar qualquer tipo de reação! Ficamos - então - pasmos. Por exemplo: haveria uma reunião importantíssima na empresa naquele 1° de Abril. Qualquer atraso poderia causar prejuízos e cabeças provavelmente rolariam. Mas advinha? Ele é um dos destaques da empresa, um ótimo negociador e, talvez, o mais pontual. Mas desta vez o ônibus passou cinco minutos mais cedo e ele o perdeu, assim como perdeu também o emprego. Como explicar isso! É possível se imaginar aquele cara que já sai atrasado de casa e ainda acha jogado no cordão da calçada uma nota de cem reais ou mais! Ou seja, sorte de alguns e azar de outros. A vida vai neste sentido: para que uns tenham sorte é necessário que os outros tenham azar.E o futebol tem destas coisas. Jogar bem não basta, é necessário sorte. O Gabiru foi vaiado quase todas as vezes em que atuou pelo time do Internacional mas foi recompensado pelo azar do zagueiro do Barcelona. O que aconteceu? Entrou para a história e fez nascer um time "internacional de futebol". Por outro lado, há os que jogam bem, mas faltam-lhe sorte. Assim como o Grêmio no grenal de ontem: duas bolas na trave e um pênalti que o juiz não conseguiu ver - só ele, pois todo o estádio viu! - ou seja, faltou-lhe sorte. Mesmo jogando bem - ou o Grêmio jogou pior que o Inter? - o treinador perdeu o emprego, o que já vinha se desenhando a algum tempo. Faltou sorte para que o mantesse. Acontece, são coisas da vida!Uns tem sorte enquanto os outros tem azar por isso não adianta reclamar é baixar a cabeça e trabalhar. No caso do Grêmio, iniciar tudo de novo e com outro treinador, sempre - é claro - na esperança de que este técnico tenha tanta sorte quanto tem o time do Internacional.