sexta-feira, 4 de maio de 2012

Caso Oscar: TST tem de ser soberano!


Tudo vira problema quando os papéis são usados como armas e as práticas são jogadas de lado. O sistema jurídico – burocrático parece servir de pilar para quem detém o poder político e uma forte influência sobre os “donos” do futebol brasileiro.
Passado o dia do trabalho, não pude deixar de lado um caso trabalhista que ganhou traços de um filme. Refiro – me a um caso no qual a imprensa já denominou “novela”: refiro – me ao caso envolvendo o jogador Oscar, do Internacional.
A história é tão simples, que o fiasquento clube do São Paulo resolveu, da noite para o dia, complicá – la. Qualquer criança sem o menor conhecimento em futebol sabe que o jogador Oscar veste a camisa colorada e já se destaca entre os grandes do futebol brasileiro. Atua em um grande clube e defende a camisa da seleção brasileira. No entanto, nem sempre foi assim.
Enquanto pertencia ao São Paulo, o atleta não tinha toda esta projeção. O que o clube paulista resolveu fazer, então? Resolveu fazer aquilo que todo o clube costuma fazer: negociar o jogador.
Neste contexto, por não acreditar no potencial de Oscar, o São Paulo passou o atleta para o Internacional; que o acolheu e o projetou como uma das grandes promessas do futebol no Brasil. Justificando o termo “fiasquento”: agora vem o São Paulo querendo de volta o jogador que pertence ao clube gaúcho; ou - de forma absolutamente mercenária - querendo uma enorme quantia em dinheiro para abrir mão do jogador. Em um golpe de tremendo olho grande, o clube paulista quer Oscar de volta, uma vez que resolveu reconhecer o seu talento.
Sim, esta é a história: prática e real! O resto é papel assinado por pessoas interessadas em prejudicar o Inter, ou o próprio atleta.
Fico a imaginar se  Oscar fosse um jogador comum, razoável. Será que o “grande” São Paulo faria tamanho fiasco para tê – lo de volta? Claro que não, porque os clubes do centro do país só querem craques e títulos – a todo o custo! E, no caso em debate, prejudicar um clube gaúcho, para não perder o costume.
O fato é que Oscar já está à longa data sem poder atuar pelo seu clube, o Inter. Sim, porque o próprio tricolor paulista sabe que Oscar é do Inter; Oscar quer jogar no Inter; quer ficar em Porto Alegre e não quer papo com os paulistas.
O tal fiasco chegou à Justiça do Trabalho!
A influência do TST de nada serve porque o verdadeiro tribunal futebolístico no país da corrupção é a CBF; provavelmente dirigida e representada, politicamente, por muitos cartolas oriundos de clubes do centro do país. Ou seja, do que adianta o TST afirmar que Oscar poderá jogar onde quiser? De nada adianta, pois o São Paulo vai – com o aval da CBF – cobrar dinheiro ou o retorno do jogador; que, outrora, resolveu deixar de lado. Enquanto isso, o atleta ficará impedido de exercer a sua profissão!
No dia do trabalho, uma reflexão: todos têm o direito de trabalhar onde bem entender! O clube paulista não é senhor de nada; e a CBF, muito menos. A decisão do TST precisa ser soberana e respeitada, o resto são papéis usados como armas; como se fosse tão difícil perceber que Oscar é jogador do Internacional.

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