Tudo vira problema quando os papéis são usados como
armas e as práticas são jogadas de lado. O sistema jurídico – burocrático parece
servir de pilar para quem detém o poder político e uma forte influência sobre
os “donos” do futebol brasileiro.
Passado o dia do trabalho, não pude deixar de lado um
caso trabalhista que ganhou traços de um filme. Refiro – me a um caso no qual a
imprensa já denominou “novela”: refiro – me ao caso envolvendo o jogador Oscar,
do Internacional.
A história é tão simples, que o fiasquento clube do
São Paulo resolveu, da noite para o dia, complicá – la. Qualquer criança sem o
menor conhecimento em futebol sabe que o jogador Oscar veste a camisa colorada
e já se destaca entre os grandes do futebol brasileiro. Atua em um grande clube
e defende a camisa da seleção brasileira. No entanto, nem sempre foi assim.
Enquanto pertencia ao São Paulo, o atleta não tinha
toda esta projeção. O que o clube paulista resolveu fazer, então? Resolveu
fazer aquilo que todo o clube costuma fazer: negociar o jogador.
Neste contexto, por não acreditar no potencial de
Oscar, o São Paulo passou o atleta para o Internacional; que o acolheu e o
projetou como uma das grandes promessas do futebol no Brasil. Justificando o
termo “fiasquento”: agora vem o São Paulo querendo de volta o jogador que
pertence ao clube gaúcho; ou - de forma absolutamente mercenária - querendo uma
enorme quantia em dinheiro para abrir mão do jogador. Em um golpe de tremendo
olho grande, o clube paulista quer Oscar de volta, uma vez que resolveu
reconhecer o seu talento.
Sim, esta é a história: prática e real! O resto é
papel assinado por pessoas interessadas em prejudicar o Inter, ou o próprio
atleta.
Fico a imaginar se
Oscar fosse um jogador comum, razoável. Será que o “grande” São Paulo
faria tamanho fiasco para tê – lo de volta? Claro que não, porque os clubes do
centro do país só querem craques e títulos – a todo o custo! E, no caso em
debate, prejudicar um clube gaúcho, para não perder o costume.
O fato é que Oscar já está à longa data sem poder
atuar pelo seu clube, o Inter. Sim, porque o próprio tricolor paulista sabe que
Oscar é do Inter; Oscar quer jogar no Inter; quer ficar em Porto Alegre e não
quer papo com os paulistas.
O tal fiasco chegou à Justiça do Trabalho!
A influência do TST de nada serve porque o verdadeiro
tribunal futebolístico no país da corrupção é a CBF; provavelmente dirigida e
representada, politicamente, por muitos cartolas oriundos de clubes do centro
do país. Ou seja, do que adianta o TST afirmar que Oscar poderá jogar onde
quiser? De nada adianta, pois o São Paulo vai – com o aval da CBF – cobrar
dinheiro ou o retorno do jogador; que, outrora, resolveu deixar de lado.
Enquanto isso, o atleta ficará impedido de exercer a sua profissão!
No dia do trabalho, uma reflexão: todos têm o direito
de trabalhar onde bem entender! O clube paulista não é senhor de nada; e a CBF,
muito menos. A decisão do TST precisa ser soberana e respeitada, o resto são
papéis usados como armas; como se fosse tão difícil perceber que Oscar é jogador
do Internacional.
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