domingo, 16 de junho de 2013

“Continuem a trilhar este caminho rumo a novos tempos!”



Gostaria de escrever este texto para exaltar a participação de todos aqueles que acreditam na mudança, que foram ( E estão ) indo às ruas e encheram as redes sociais de opoio às manifestações ocorridas em diversos estados da federação, nos últimos dias; em especial, na quinta última. Neste contexto, tenho a intenção de ultrapassar um pouco os noticiários, onde apenas é enfatizado questões envolvendo a violência e a quebradeira protagonizada por anarquistas e policiais despreparados.
A situação brasileira, politicamente falando, està perfeitamente exposta no pensamento de que R$ 0,20 nada significa; ou seja, por que tanta manifestação e desordem por tão pouco? Pois é isso mesmo, uma sociedade com o pensamento moldado, com muita competência, por aqueles que detém o poder. A atuação ideológica do capitalismo impõe que as pessoas trabalhem, mas jamais pensem, reflitam. Dessa forma, não faz sentido nenhum deixar de continuar enriquecendo os “patrões” para lutar por uma sociedade mais justa e igualitária. Afinal de contas, há uma forte tendência de uma sociedade tão individualista a propagar as desigualdades, fazendo com que aumente, cada vez mais, a distância entre os pobres e os que esbanjam dinheiro, com aval de todos os órgãos que controlam a federação.
A ordem está estabelecida e o capitalismo está seguro com  a atuação das forças opressoras do Estado. Tal qual os militares, nas últimas ditaduras, a principal função da polícia hoje é dispersar multidões de questionadores e evitar que suas vozes sejam ouvidas. O poder das armas e o despreparo, nada mudou em relação aos anos manchados de sangue como o pós 1964. A polícia de hoje tem a função de legitimar o que não é legítimo. De defender a ordem em um país que nunca possuiu “ordem”. Dilma sabe disso, pois foi guerrilheira e também esteve na lutra contra as sanguinários militares. Mas, e agora? Nada mais fez além de mudar de lado e tomar o lugar que muitos “queridinhos do povo” já ocuparam! Reparem o modo como funciona o sistema, o Estado assume moldes administrativos tal qual as grandes empresas capitalistas; ou seja, exploram o máximo em tributos e pouco retornam em serviços.
Interessante perceber que a imprensa nada diz sobre isso. Pois ela mesma, a imprensa, é a que mais atua no sentido de reproduzir uma alienação entre as pessoas para que elas não possuam um espírito de sabedoria e crítico. Dessa forma, grandes redes midiáticos reproduzem discursos que acabam por resultar no moldes como as pessoas devem ser o que elas devem fazer. A “massa de manobra” está formada! Vamos a um exemplo bem simples, prático:
Os anarquistas não quebram bancos por acaso,eles sabem que os lucros obtidos pelos bancos, com o aval do nosso governo exploratório e capitalista, são um imenso aspecto que contribui para a pobreza e as desigualdades sociais no país. Eles preferem uma sociedade sem Estado, onde não se percebam tantas desigualdades sociais e tanta negligência estatal. Então o leitor deve estar se perguntando: mas será que estás a apoiar o vandalismo. Respondo, "vandalismo"é um termo muito amplo. Posso interpretá-lo tanto como uma pedra na vidraça de um estabelecimento bancário, como um abuso de impostos ou autoritarismo governamentais.
 Por exemplo, as árvores que foram derrubadas em Porto Alegre. Foi um ato de vandalismo. Entendem, a diferença é que teve o aval da justiça, a toda "soberana"que nada faz a não ser idealizar um mundo (o das leis) que não existe na realidade. Reparem naquelas pessoas que esperam mais de trinta minutos para serem atendidas nos caixas de um banco, e nisso, nitidamente se percebe a presença de mulheres gestantes e idosos! Quer dizer, três pessoas (Sendo bem otimista) atendem uma quantidade de pessoas que deveria ser atendida por, pelo menos, dez atendentes!
Entendem, isso é desrespeito, uma forma de vandalismo permitida pelo sistema! Faremos o quê? Vamos chamar a polícia?
Ainda que tenha citado o lado mais "escuro" dos movimentos, podemos perceber que os olhos começam a se abrir. Diferentes interesses se colocam numa luta comum, mas que surge com questões envolvendo os aumentos abusivos das empresas de transporte público. O povo já está nas ruas e começa a perceber os interesses envolvidos na realização de eventos tão caros para um povo que trabalha três meses do ano apenas para enriquecer o governo; que, por tabela, enriquece mais ainda os grandes empresários com suas isenções de tributos e aumenta de forma desordenada os lucros milionários dos bancos.
       
Enfim, o assunto é muito amplo, mas diria que estamos diante de uma nova era. Porto Alegre desmontou uma cena que há muito vinha sendo bem representada pelos governadores e políticos interesseiros: o desenvolvimento. Afinal, não podemos aceitar tantos recursos submetidos a outros fins, que não o de satisfação da população brasileira. É sabida de todos a carência de investimentos dos governos brasileiros em relação a serviços essenciais para o povo. Neste contexto, mais uma vez, gostaria de exaltar cada manifestante que se coloca a disposição de um “exército popular” que luta por um ideal verdadeiro. Luta por uma sociedade melhor! Entendam, amigos, que já existe uma revolução em curso e nós não podemos deixar de exaltá – la! A todos vocês, guerreiros:
“Continuem a trilhar este caminho rumo a novos tempos!”

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