sábado, 8 de junho de 2013

O Novo Autoritarismo.



      Impossível não buscar uma reflexão da atualidade ao perceber como os governos autoritários do passado realizaram seus projetos de governabilidade. Neste sentido, pensemos de que forma os grandes líderes políticos da contemporaniedade têm conduzido as suas proposta em busca de êxito junto àqueles que detém o real poder de decisão no país.
      A grande verdade é que muitos políticos têm usado o nosso sistema “representativo” como uma maneira relevante de justificar tudo o que se faz por esse Brasil a fora. Em outras palavras, estes homens (Nem tão públicos assim), não raramente aparecem envolvidos em casos de corrupção e denúncias de falcatruas. A partir daí, o nosso sistema lhes  garante um imenso aparato protetivo que jamais estaria á disposição para um cidadão qualquer da república. Tudo fortemente garantido pelo legitimado sistema de representação política que o país tanto se orgulha.
      Pois bem, a grande questão é que nesse mundo de “representatividade” as pessoas que elegem os seus candidatos  o fazem apenas em épocas de eleições, apenas isso. Ou seja, passado o período de visitar as urnas (Em um país de “terceiro mundo”,como o Brasil, algo OBRIGATÓRIO) as pessoas não mais serão ouvidas e o silêncio popular torna – se cada vez mais perceptível. Quer dizer, as decisões são “Legitimadas”, diretamente, pelo povo. Mas, curiosamente, as propostas são criadas a partir da personalidade, convicções e interesses políticos/partidários de cada um desses representantes.
      Não parece por acaso que nos últimos tempos o Brasil tem sido palco de muitas manifestações e protestos que jamais estiveram na pauta de nossos “representantes”. Isso, a meu ver, é uma forma de governo autoritário!As alianças políticas determinam interesses da base de governo e suas próprias intenções, nada a mais do que isso. E neste caso, percebem que os interesses de governo se confundem com os interesses do povo. Tudo ocultamente amparado no sistema representativo.
      Percebam a realização da Copa do Mundo, no Brasil.
      Alguém consultou à população que já perdeu entes queridos na imensa fila por atendimentos médicos se eles gostariam, ou não, da realização dos jogos em um país onde a saúde é precária em todos os sentidos? Outro exemplo, será que os milhares de brasileiros que perderam familiares, vítimas dos tiros e atos violentos da criminalidade, aprovariam um evento como este em um país em que é mais negócio seguir os tortuosos caminhos da criminalidade do que ser um trabalhador honesto? E aqui, pasmem, nunca é demais lembrar o sistema prisional brasileiro, onde muitos Juízes preferem soltar os infratores por falta de condições das prisões brasileiras.
      Enfim, o Novo Autoritarismo funciona desta maneira: as decisões são lá de cima, a para quem está em cima. Na atualidade, o Brasil encontra – se em uma condição que impressiona os estrangeiros, mas não o povo que luta para sobreviver dentro de suas fronteiras. Porto Alegre está sendo destruída e sua natureza exterminada; mesmo assim, alguém perguntou se a população da cidade aprovaria a realização dos jogos em seus domínios? Claro que não, a Copa é um evento tão imposto goela abaixo como o AI – 5. Ou seja, por influências de elites políticas e econômicas (Ou alguém é cego ao não perceber que são eles quem detém o poder de decisão no Brasil?), o povo, cada vez mais, tem assistido o autoritarismo sendo colocado como política do “pão e circo”. Tudo em novo do progresso, do desenvolvimento. A massa de manobra, para o Novo Autoritarismo, é a maior e mais eficiente arma do sistema “representativo” de governo.

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