sábado, 12 de outubro de 2013

Prisões políticas, pra quem?



Após passar por violenta repressão por parte da polícia pelas ruas de todo o Brasil, alguns manifestantes ainda tem suas casas invadidas e seus pertences recolhidos com o aval da justiça. Porto Alegre e Rio de Janeiro passam por situações muito parecidas, neste sentido! Isso é o que costumamos chamar de falsa-democracia! Ou seja, a Democracia real só funciona enquanto o Estado, todo manipulador e soberano em sua tirania, não enfrenta resistência alguma! Basta que o povo comece a conhecer melhor a realidade suja na qual vivemos para que o silêncio seja uma ordem!
O que impressiona nestas ações da polícia é que elas não são efetuadas com quaisquer provas concretas contra os acusados. A justiça concede o mandado sem saber do que se trata, em detalhes. Aqui em Porto Alegre, militantes do Bloco de Lutas e organizações políticas de cunho e ideais anarquistas foram invadidas, algumas mais de uma vez, pela polícia. No entanto, parece claro que não havia, por parte do estado, a pretensão de prender quaisquer pessoas. É nítida a intenção dos governos de criarem uma espécie de terror para fazer com que os movimentos sociais sejam banidos das ruas. A intenção é simples e clara: criminalizar os movimentos sociais que contestam o modelo de governo atual, que enriquece os ricos e empobrece os pobres!
Muitas pessoas não têm o conhecimento, mas diversos cidadãos ainda estão nas ruas protestando por um país melhor, fazendo greve por salários melhores e por mais reconhecimento por parte do Estado. Por outro lado, temos um poder público altamente negligente e corrompido que conta com uma grande aliada: a grande mídia! Pois esta mídia é a responsável por esvaziar as ruas. De que forma? Fazendo o que elas, historicamente, fazem: manipulam notícias e criam estereótipos que sujam qualquer situação! Os últimos foram os “vândalos”!
Reparem que este termo só se aplica a manifestantes! Políticos corruptos, ladrões de galinha, mensaleiros de plantão, policiais mercenários e muitos outros ficam absolutamente de fora deste conceito! Inclusive um conjunto de “vândalos” pode ser denominado de “formação de quadrilha”! Lembrem, mas isso apenas está valendo em manifestações populares! Está aí a prova de que o Estado trabalha em parceria com a grande mídia! Ou seja, a mídia cria a figura do “vândalo” e a função do Estado é tirá-lo de circulação, ou o inibir de alguma forma impondo o seu silêncio.
Por fim, as investigações policiais ultrapassam o caráter “democrático” de vivência. Primeiro se invade residências e depois se convoca o cidadão para esclarecer dúvidas. Mas quem é este cidadão que está vendo o seu lar ocupado pelo Estado com a assinatura de juízes? Quais as acusações formais e concretas que a justiça/polícia/Estado pode ter contra determinadas pessoas? Que tantas averiguações as autoridades criam para investigar quem realmente são os tais “vândalos”?
Qual o problema real? Do que o Estado teme? A máscara que os manifestantes usam para evitar uma perseguição política (Que, atualmente, se provou clara no Rio de Janeiro e em Porto Alegre!), a bandeira ideológica que ela carrega ou o partido político o qual ela está filiada? Tudo são questões que precisam ser pensadas no âmbito democrático e não constitucional, uma vez que o próprio chefe do STF, ministro Joaquim Barbosa, já rasgou a Constituição Federal em público! Por acaso?

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