quinta-feira, 17 de abril de 2014

Justiça pelas próprias mãos!



Recentes casos de violência têm chamado a atenção nos noticiários e também de pessoas que presenciaram cenas fortes como espancamentos e outros atos bárbaros. Em um país onde a segurança é forjada e fictícia, pode - se esperar a descrença da população em relação aos gestores de segurança pública.
Basta andar pelo centro de qualquer grande cidade do Brasil para perceber a forte presença da criminalidade. As pessoas andam pelas ruas porque precisam sair para trabalhar, estudar e cumprir com suas obrigações com o escravizado intento de colocar a comida diária na mesa e alimentar os filhos. No entanto, cenas de violência física, e muitas vezes moral, acabam fazendo com que os cidadãos acabem ser tornando vítimas de um medo incontrolável que, não raro, pode deixa traumas pelo resto da vida.
Por exemplo, as recentes imagens postadas em redes sociais onde as pessoas optam por fazer justiça com as próprias mãos. Não importa se você cometeu um crime pequeno ou grande, a população te pega em praça pública, te espanca e ainda te amarra em um poste qualquer para servir de exemplo e angariar respeito de forma que o ato criminoso não volte a se repetir.
Ora, desde quando a violência produz qualquer outro sentimento que não a repulsa e o medo? Tenho percebido uma quantidade grande de pessoas que incentiva essa prática violenta contra delinqüentes e autores de pequenos delitos. Penso que as pessoas não estejam erradas em pensar desta forma, afinal, vivemos em um país onde as poucas coisas que funcionam, o fazem de maneira torta, desordenada. Por exemplo, a própria criminalidade! Muitos deles, após ser preso e cumprir pena, buscam uma forma digna para seguirem as suas vidas.
Então, o leitor estará pensando que estou a defender os bandidos? Com certeza; afinal de contas, todo o ser humano merece uma segunda chance, dependendo do delito que cometeu, certamente. É claro que este pensamento não pode ser colocado em relação a assassinos frios, estupradores de toda a sorte e pedófilos, por exemplo. No entanto, como proceder com este tipo de criminoso? Utilizar a pena de morte, em um país em que, incrivelmente, muitas pessoas são acusadas injustamente ou condenadas sem provas cabais de seus envolvimentos com determinados atos. Neste sentido, podemos perceber o quão distante estamos de resolver o problema de segurança pública. Mas isso também não justifica espancar um delinqüente se podemos prendê - los e chamar a polícia para que sejam realizados os procedimentos legais.
Finalizando, as pessoas pensam que fazer justiça com as próprias mãos terá algum efeito prático, este é o grande problema. Por quê? Porque a resistência dos criminosos aumenta a cada vez que são espancados ou sofrem qualquer reação por parte de vítimas ou populares presentes nos momentos de crime. Assim sendo, a resistência de criminosos aumenta na medida em que eles são submetidos a qualquer ato de violência! Por outro lado, prende - se o autor do crime e espera - se que ele permaneça na cadeia. No entanto, conhecemos o nosso sistema carcerário, onde muitos conseguem fugir ou driblar a ordem judicial para continuar com os delitos. Neste contexto, percebemos que o problema é bem mais complexo do que o nosso senso comum indica!

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