Alguns
setores da mídia nacional, financiados por grandes empresários e multinacionais
que nada fazem a não ser por em prática um sistema de neo – colonialismo no
Brasil, sustentam a idéia de que o futebol tem de ser visto separadamente da
política. Desta maneira, seria incorreto discutir os dois ao mesmo tempo! Ora,
justificam tal concepção em virtude do campeonato mundial de futebol, que rola
no país das obras superfaturadas e no país militarista da repressão aos
movimentos contrários a este evento nitidamente capitalista; logo o futebol, o
esporte que corrói o cérebro e consome a emoção dos cidadãos sem que eles percebam.
Dessa forma, podemos perceber que em tempos “intra-copas” este discurso
desaparece por completo, com apenas pequenos comentários sobre a rodada de “insignificantes”
torneios regionais, nacionais e continentais.
Ou
seja, estes jornalistas ( Ou analistas, especialistas, como queiram ) ignoram (
Ou tentam induzir o povo a ignorar! ) que o futebol está inserido em uma
sociedade controlada pelo poder político, onde as práticas e determinações finais
extrapolam a ordem jurídica e social em busca de beneficiar quem sustenta o
sistema de exploração: as classes dominantes, economicamente.
A idéia
deste texto é fazer o leitor buscar uma compreensão de que todos estamos
inseridos na mesma sociedade, sem a menor possibilidade de fuga de quaisquer
dos lados. A política determina os passos da sociedade, inclusive determina
sobre as regras e normas que permeiam o futebol, bem como o seu funcionamento.
Por exemplo, não fosse o Sr. Lula da Silva a Copa do Mundo Fifa 2014 jamais
seria realizada em um país com tantos problemas em setores essenciais da
sociedade. Neste sentido, como separar a política do futebol?
Por
outro lado, as elites que detém o poder econômico, para quem de fato se presta
o serviço público no Brasil, investem pesadamente em eventos que possam gerar
lucros para as mesmas pessoas que vão investir na campanha de candidatos da
situação / oposição, na próxima eleição. O negócio envolvendo o povo ( Futebol,
esporte que detém altíssimo grau de alienação ) e a política ( Ramo social que
abriga uma altíssima acomodação de interesses. Lembrem que as remoções a mando
da Fifa são executadas por governos! ) precisa estar às claras. A população
precisa ter a certeza de que todas as determinações acima dos cidadãos são dos
políticos que estão no poder. Mais ainda: estão no poder, mas jamais fazem algo
por aqueles que o elegem, mas daqueles que investem pesadamente em materiais publicitários
tendo em vista exitosas campanhas políticas que almejam manterem – se no poder.
Por
fim, a justificativa de que devemos separar o futebol da política visa simples
e unicamente a perpetuar a ignorância e a cegueira política ( Por isso mantemos
há tempos bandidos e corruptos no poder! ) e reforçar no ideário popular a
imagem do Brasil como uma pátria de chuteiras ( Onde nada mais importa a não
ser vestir a “amarelinha” e entrar em campo) , o que a mídia já faz com muita
propriedade. Então, fiquemos muito atentos aos fatos: o futebol é um negócio
muito lucrativo e todo o negócio lucrativo atrai os capitalistas exploradores e
os políticos gananciosos! Ou alguém acha que Lula queria trazer a Copa para
render dim-dim para combater a fome e investir vultuosas somas de dinheiro no programa
do Governo Federal Bolsa – Família?
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