terça-feira, 17 de junho de 2014

Que me chamem de comunista!



As pragas do capitalismo se espalham e se proliferam pelos quatro cantos do mundo. O acúmulo de riquezas para uma minoria acaba por colocar uma grande maioria em situação de pobreza, exclusão social e completa miséria existencial. Não é por acaso que encontramos mendigos vagando pelas ruas (Exceto em época de Copa, onde a Fifa e o governo capitalista e burguês promove uma varredura na cidade utilizando o termo “higienização” para colocar para baixo do tapete a sua própria incompetência e negligência.) das cidades; pedintes mendigam dinheiro nas esquinas e os pobres mais corajosos investem em pequenos roubos ou delitos de pequeno porte. Isso sem contar integrantes da imensa classe de trabalhadores que enfrentam filas enormes para conseguir uma entrevista de emprego!
Pensando num ambiente mais interno, o trabalhador está contaminado por este vírus “serviçal” que não consegue avançar o pensamento e a reflexão para além do emprego. A sua vida está alienada à repetição de tarefas cotidianas que o impede de agir e refletir como cidadão e não como máquinas reprodutoras, o tempo todo, de atividades repetitivas. Ora, imagina o trabalhador que precisa dar a vida pelo seu chefe, provavelmente um explorador que ganha fortunas abusando de empregados com o argumento do alto índice de desemprego e sonegando impostos que acabam recaindo sobre o seu próprio funcionário e refletindo no bolso dos cidadãos, em geral.
A alienação que K. Marx observou, tempos atrás, precisa ser percebida pelos trabalhadores, que são transformados em “lixos humanos” completamente descartáveis frente a este injusto e imundo sistema capitalista de produção. Mesmo que não saibam, os trabalhadores são os verdadeiros protagonistas do capitalismo, uma vez que enriquecem os proprietários dos bens de produção e, conseqüentemente, acabam propagando as desigualdades sociais.
Neste ambiente laboral, o verdadeiro cárcere da alienação, o patrão, ou qualquer ignorante que possua “poder” em seu lugar, jamais perceberá o trabalhador como um ser humano movido por sentimentos ou necessidades pessoais. Jamais perceberá um trabalhador como um chefe familiar ou como um cidadão de honra.
O trabalhador será como qualquer embalagem descartável!
O capital submete a honra de qualquer pessoa, desde que ela permita que isso venha a acontecer. O sistema capitalista busca enriquecer aqueles que já são ricos e nada mais faz do que colocar mais ainda na miséria aqueles que já são miseráveis, nada possuem a não ser a sua mão – de – obra.
Na atualidade, o capitalismo se propaga por meio de governos burgueses que doam migalhas como “pretexto” para combater a fome, mas jamais colocaram a mão nos lucros oriundos da exploração capitalista para igualar a distribuição de rendas. Até a sonegação de impostos, que é dever do Estado combater, é esquecida, muitas vezes por uma ou outra medida “amiga” do governo; historicamente elitista, conservador e burguês. Ou seja, os capitalistas continuarão a crescer, pois quanto mais crescem, mais financiam campanhas eleitorais e constroem uma base amiga, no Congresso.
Por fim, o trabalhador continuará sendo tratado como objeto, caso ignore o seu significado enquanto peça fundamental em todo o processo capitalista. Só uma classe pode, definitivamente, destruir o capitalismo: a classe trabalhadora. Com organização, vontade, união de classe e dedicação, os trabalhadores podem acabar com a espoliação do capital e, efetivamente, programar uma nova forma de organização na sociedade. Então, por tudo o que disse e por tudo o que penso, nada me resta a não ser pensar em um maior equilíbrio das riquezas e na igualdade de todos os cidadãos frente a este sistema que exclui, mata, explora, negligencia e amedronta os trabalhadores. Pelo fim do capitalismo exploratório e todo este sistema alienante que o mantém! Pelo fim dos lucros abusivos dos patrões, ainda que me chame de Comunista!

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