sexta-feira, 18 de julho de 2014

A política dos famosos!

Dizem os estudiosos de diversas disciplinas voltadas para as ciências humanas que vivemos, no Brasil atual, um sistema político embasado na tal representação política. Ora, tal representação seria concedida pelo voto direto; obrigatório, por lei, de tão maduro e avançado que se observa o processo “democrático” que nos cerca.
Diante deste mar de incógnitas, fico a pensar mais além: quem são estes representantes que estão a pedir votos pelas esquinas, nas vielas, ruas e grandes empresas espalhadas pelo Brasil? Seriam oriundos de militâncias partidárias de longa data, com relevantes trabalhos prestados político e socialmente; ou tratam – se meros objetos construídos por suas imagens associadas a quaisquer instâncias, que não a eletiva?
Pois que este parece se tratar de um grande furo do sistema representativo atual.  Refiro – me aos famosos que são lançados de pára – quedas  ( E provavelmente financiados ) por partidos que não conseguem ( Ou não desejam! ) revelar talentos internos com trajetória militante e carecem de uma ideologia partidária consistente. Neste sentido, realizam um trabalho meramente mercenário e consideravelmente oportunista para garantir uma quantidade de votos suficientes para alcançar alguma cadeira e poder, mas governar sem qualquer conhecimento político, econômico ou social.
Neste texto, não pretendo desmerecer o trabalho de famosos recrutados por partidos que buscam apenas eleições; até porque, acredito que muitos deles realizam trabalhos realmente relevantes para a sociedade em geral! A crítica pretende apenas refletir sobre a importância do conhecimento político e, no mínimo, social para transmitir ao eleitor confiança suficiente para que o voto possa contar com a total credibilidade dos eleitores.  No entanto, os famosos incorporam seus mais diversos personagens ao imaginário popular, que acabam confundindo o compromisso público de ser um representante político com o carisma vindo da televisão, dos campos de futebol e outros mais.
Então, como definir este tipo de representatividade, hoje em dia? Qual a real intenção dos partidos uma vez que abrem mão de sua própria militância aguerrida de longa data para lançar novatos aos pleitos sem reconhecer a suas capacidades enquanto agentes encarregados de trabalhar por uma sociedade melhor, mais humana, menos capitalista e realmente democrática? O que os partidos oferecem a estes famosos para que conquistem uma vaga através das eleições?
São questões que fazem com que nos tornemos eleitores cada vez mais inquietos, pois não estamos acostumados a ver a política com bons olhos. De fato, a desilusão do povo quanto ao sistema político atual reside, justamente, neste quesito: a representatividade! Talvez ocorra uma reforma nesta maneira de pensar com o passar dos anos; ou talvez, e isso está longe de ser impossível, isso jamais demonstre quaisquer melhoras.
Por fim, o voto é um bem que o cidadão precisa preservar; não apenas enquanto eleitor, mas enquanto alguém que responderá pelas incompetências dos eleitos! Ser representado é, antes de tudo, representar, também! Portanto, o que menos importa é o fato de uma pessoa ser famosa, pois a TV sabe muito bem criar aquilo que cega aos olhos e à razão, mas toca o coração! Quantos às eleições, uma coisa é certa: jamais confirme com o coração, pois não é ele quem vai te representar, amanhã!


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