Buscar
inspiração para escrever, na atualidade, talvez seja uma tarefa muito mais
fácil do que se imagina. Como não se inspirar nas piadas contadas por
hipócritas da direita fascista que clama, historicamente, por duas coisinhas
básicas desde que o capitalismo é capitalismo: dinheiro e poder? Como não se
inspirar nas mazelas políticas ( Enquanto escrevo estas linhas, nossa grande
presidente, imbecilmente chamada de comunista por uma patota de ignorantes,
acaba de aumentar as verbas para o fundo partidário em alguns milhões a mais!
Ta bom assim? ) e no show de falsidades que seus atores desfilam como se fossem
as estrelas principais das mais cretinas novelas da TV suja, criminosa e alienante?
Na
verdade, o problema não é a falta de inspiração para escrever um texto
qualquer, mas a imensa quantidade de fatos que, além de nos aguçar o espírito
crítico, por vezes adormecido, nos conduzem a refletir a respeito deles. Então,
podemos estar cercados por infinitas histórias que nos fazem seguir um caminho
de fortes inspirações e reflexões. Mas que histórias ou fatos são esses que
chegam ao nosso conhecimento cotidianamente? De que maneira estas histórias estão sendo
contadas? Mais ainda: será que podemos confiar em tudo o que nos falam pela
rua? Será que podemos crer em tudo o que a imprensa vende como legítimo e tudo
o que nos ensinam ao longo da nossa jornada enquanto cidadãos?
Diante
de tais questionamentos, nenhuma certeza ou definição podemos ter a não ser o
fato de que tal situação nos carregue por um mar de inspirações. Neste mar, não
existe quem tenha a capacidade de frear as palavras e inibir os pensamentos.
Assim, somos livres e corremos bem adiante dos mais facilmente influenciáveis.
Não conseguimos olhar para trás e ver quem esteja atado ao senso comum e, conseqüentemente,
desprovido de espírito crítico ou reflexivo.
Por
outro lado, a grande quantidade de acontecimentos e fatos da atualidade pode
nos fazer enganar quanto a alguns temas. Por exemplo, com tamanho bombardeio de
informações falsas e comentários alucinógenos nas redes sociais, poderíamos
tirar algumas conclusões errôneas por permitir influências externas ao nosso
modo de pensar. Um exemplo? Dizem, por aí, que o PT é um partido comunista!
Nossa, quanta generalização política! Mais um exemplo: incrivelmente, muitas
pessoas afirmam com plena convicção de que o sistema capitalista não provoca
desigualdades, uma vez que estas são conseqüências diretas do desinteresse dos seres
humanos em evoluírem economicamente.
São
apenas alguns exemplos que nos conduzem a por em prática o famoso “analfabetismo
político” e o completo desconhecimento com relação ao modo de funcionamento da
sociedade atual; tudo por não buscarmos uma compreensão mais profunda sobre
como ocorrem os fenômenos sociais. Nesse contexto, de tantas leituras caóticas
da atualidade, as pessoas só olham aquilo que desejam, e tantas distorções
sociais negligenciadas, a inspiração surge como forma de libertação de tamanha
gana de ignorância e alienação frente aos fatos reais que nos cercam.
Voltando,
como não se inspirar nos estereótipos criados pelos desencantados para definir
um determinado cidadão ou para vender determinado grupo social? Como não se inspirar em uma rede de televisão
que sonega milhões em impostos mas tem a petulância e a cara – de – pau de
perguntar: cadê o dinheiro que estava aqui?
Enfim,
é difícil faltar inspiração com tantas distorções a nos inspirar! Complicado
não nos inspirar com tantas crises éticas e morais para nos guiar! Então,
inspire – se por alguns instantes, que seja! Mas não daquela maneira tradicional
onde alguém lhe introduz determinado fato e você apenas reproduz aquilo que
escutou de forma cega e alienada. Inspire – se de verdade, com criticidade e
reflexividade! Inspire – se com estes atributos.
No
mais, tudo é liberdade!
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