quarta-feira, 22 de abril de 2015

A sua liberdade!

Buscar inspiração para escrever, na atualidade, talvez seja uma tarefa muito mais fácil do que se imagina. Como não se inspirar nas piadas contadas por hipócritas da direita fascista que clama, historicamente, por duas coisinhas básicas desde que o capitalismo é capitalismo: dinheiro e poder? Como não se inspirar nas mazelas políticas ( Enquanto escrevo estas linhas, nossa grande presidente, imbecilmente chamada de comunista por uma patota de ignorantes, acaba de aumentar as verbas para o fundo partidário em alguns milhões a mais! Ta bom assim? ) e no show de falsidades que seus atores desfilam como se fossem as estrelas principais das mais cretinas novelas da TV suja, criminosa e alienante?
Na verdade, o problema não é a falta de inspiração para escrever um texto qualquer, mas a imensa quantidade de fatos que, além de nos aguçar o espírito crítico, por vezes adormecido, nos conduzem a refletir a respeito deles. Então, podemos estar cercados por infinitas histórias que nos fazem seguir um caminho de fortes inspirações e reflexões. Mas que histórias ou fatos são esses que chegam ao nosso conhecimento cotidianamente?  De que maneira estas histórias estão sendo contadas? Mais ainda: será que podemos confiar em tudo o que nos falam pela rua? Será que podemos crer em tudo o que a imprensa vende como legítimo e tudo o que nos ensinam ao longo da nossa jornada enquanto cidadãos?
Diante de tais questionamentos, nenhuma certeza ou definição podemos ter a não ser o fato de que tal situação nos carregue por um mar de inspirações. Neste mar, não existe quem tenha a capacidade de frear as palavras e inibir os pensamentos. Assim, somos livres e corremos bem adiante dos mais facilmente influenciáveis. Não conseguimos olhar para trás e ver quem esteja atado ao senso comum e, conseqüentemente, desprovido de espírito crítico ou reflexivo.
Por outro lado, a grande quantidade de acontecimentos e fatos da atualidade pode nos fazer enganar quanto a alguns temas. Por exemplo, com tamanho bombardeio de informações falsas e comentários alucinógenos nas redes sociais, poderíamos tirar algumas conclusões errôneas por permitir influências externas ao nosso modo de pensar. Um exemplo? Dizem, por aí, que o PT é um partido comunista! Nossa, quanta generalização política! Mais um exemplo: incrivelmente, muitas pessoas afirmam com plena convicção de que o sistema capitalista não provoca desigualdades, uma vez que estas são conseqüências diretas do desinteresse dos seres humanos em evoluírem economicamente.
São apenas alguns exemplos que nos conduzem a por em prática o famoso “analfabetismo político” e o completo desconhecimento com relação ao modo de funcionamento da sociedade atual; tudo por não buscarmos uma compreensão mais profunda sobre como ocorrem os fenômenos sociais. Nesse contexto, de tantas leituras caóticas da atualidade, as pessoas só olham aquilo que desejam, e tantas distorções sociais negligenciadas, a inspiração surge como forma de libertação de tamanha gana de ignorância e alienação frente aos fatos reais que nos cercam.
Voltando, como não se inspirar nos estereótipos criados pelos desencantados para definir um determinado cidadão ou para vender determinado grupo social?  Como não se inspirar em uma rede de televisão que sonega milhões em impostos mas tem a petulância e a cara – de – pau de perguntar: cadê o dinheiro que estava aqui?
Enfim, é difícil faltar inspiração com tantas distorções a nos inspirar! Complicado não nos inspirar com tantas crises éticas e morais para nos guiar! Então, inspire – se por alguns instantes, que seja! Mas não daquela maneira tradicional onde alguém lhe introduz determinado fato e você apenas reproduz aquilo que escutou de forma cega e alienada. Inspire – se de verdade, com criticidade e reflexividade! Inspire – se com estes atributos.

No mais, tudo é liberdade!

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