sábado, 4 de junho de 2016

Trabalhe, não pense! Seja mão - de - obra e não questione!

Trabalhe, não pense! 
Seja mão - de - obra e não questione!
Ontem, tive uma das melhores aulas desde que penetrei nos certames acadêmicos para aprofundar e conhecer mais sobre as ciências humanas, em especial, as Ciências Sociais e o Direito, meu atual e empolgante campo de estudos. Tal aula tratava sobre a intervenção do Estado na sociedade.
Meu desejo de contribuir com o leitor essa troca de conhecimentos surge como resultado de um processo que se caminha para um retrocesso de extrema relevância no campo educacional. Assim, surge como meta do governo atual e, em certa medida, já se encontravam nos governos anteriores, fazer com que se esgote todas as possibilidades de reflexões sobre a sociedade atual. Não importa o quão desigual ela seja! O meta é fechar os olhos das pessoas para que ela não consiga compreender como se desenvolve o processo históricos de saques do povo por parte do Estado, com a participação fundamental daqueles grupos que detém o poder econômico.
Nesse sentido, o encontro de ontem possibilitou um debate sobre a obra de Adam Smith, “A Riqueza das Nações”, de 1776. Tal obra nos coloca diante de duas questões de extrema importância, mais ainda se contextualizarmos com os dias de hoje. Vejamos: existiria, mesmo, uma ordem natural, de forma a harmonizar os interesses de todos? Outra questão: qual o fundamento de defender a não intervenção do Estado na economia?
É certo que questões como estas chamam a atenção para uma discussão que termina num pensamento crítico sobre os modelos atuais de funcionamento da sociedade. Principalmente em relação ao Estado, quem detém o poder sobre todas as relações que vivemos em sociedade.
Quando o governo fala: não pense em crise, trabalhe! Ele está desejando que a nossa ignorância continue enchendo o bolso daqueles que já possuem fortunas, corrompem o sistema político e provocam a catástrofe social que vivemos hoje. Assim, não há como negar que a concentração de imensa parte do capital nas mãos de poucos é dinheiro parado, sem a menor cirulação! E dinheiro parado é desigualdade, desemprego, exclusão, aumento da criminalidade etc…
Durante esta mesma aula, busquei um debate contribuindo com algumas passagens de “O Capital”, do grande pensador Karl Marx. Foi o que faltava para que as discussões ganhassem uma maior projeção na realidade e os pontos e contradições do sistema atual aparecessem com nitidez. Pois é essa discussão que o governo atual deseja quando fala em escolas “Sem partido”!
Conseguiram perceber a relação? Os partidos que desejam tal processo de distanciamento com a realidade, são os partidos que compõem a ordem hegemônica do capitalismo e todo o seu potencial instinto destrutivo. São partidos corruptos em sua essência, e cretinos na sua aparência, nada fazem pelo real combate a um sistema fortemente desigual.
São esses partidos que defendem os interesse daqueles que estão na parte superior. Smith diria que “A Riqueza das Nações” estaria amparada no atendimento aos interesses dos grandes proprietário e comerciantes. Então, aplica - se este pensamento nos dias de hoje; ou seja, o sistema exploratório domina como sempre o fez!
Então, o que mudou desde àquela época até os dias de hoje?
Não importa! Segundo o governo dos corruptos que golpeou um também antecedente governo corrupto, devemos estudar para trabalhar e não para mudar o que está errado. Por que o que está errado para a imensa maioria está certinho para aquele minoria de sempre!

Por fim, essa discussão toda sobre o Estado Liberal levou a uma reflexão toda minha, particular, portanto: será que continuaremos com uma das maiores cargas tributárias do mundo, mesmo quando o Estado se ausentar ao máximo com a privatizações e outras posturas desses ( Des ) governos que virão?

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