sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Feliz Ano Novo!

             As festas de final de ano trazem consigo uma magia que contagia as pessoas de forma que elas fiquem com os sentimentos demasiadamente exaltados. Por entre goles, músicas e confraternizações, todos querem o bem de todos, assim como todos desejam sorte, saúde e paz! Por certo, também ainda é parte da cultura desejar “dinheiro”; afinal, ainda estamos vivendo sobre este sistema que explora trabalhadores, detona os resquícios de união familiar que ainda resiste em nosso meio social, enriquece os patrões e troca o sangue por interesses exclusivamente comerciais.
           No campo político, parece certo que os discursos permanecerão mais criativos, ainda que a prática esteja tão complicada quanto catar coquinho no asfalto. Os nossos “representantes” estão a tomar posse de seus cargos prometendo mundos” e “fundos”. O que esperar ? Que o novo ano melhore a situação da nossa sociedade, como se fosse o principal ator envolvido nesta engrenagem maluca que nos leva e nos traz diariamente? Tudo parece muito mais utopia do que realidade, na medida em que as mudanças dependem das pessoas e grande maioria delas não está nem interessada no que acontece fora de sua vida!
           E na segurança, saúde e educação? Pensar nisso tudo parece buscar uma loucura que ainda não possuímos, internamente. Pensar nestes três campos em um sistema como o nosso é ter a certeza de que a pólvora continuará matando, enquanto a violência expande seu campo de atuação por toda a sociedade. Vide as ramificações do tráfico de drogas, com toda a cobertura que o próprio Estado oferece! Mais?
           Percebam a farra do pó que ocorreu, recentemente, dentro de um presídio, em Porto Alegre! Também refletir sobre o problema da saúde e toda a carência de investimentos, bem como a negligência dos poderes desta devastada república nos indicam um cenário cruel, como se a vida fosse um pedaço de papel rasgado ou uma sucata qualquer! Quanto à educação, tivemos a oportunidade de ver o discurso de posse da presidente Dilma! Como sempre os eleitos costumam fazer, ela fala na educação como prioridade de sua segunda gestão. Então, questionamos: como será o tratamento dado aos professores, que merecem uma atenção infinitamente melhor, neste contexto? E as escolas, que recebem milhares de estudantes em condições precárias?
             Por fim, o que estaremos ensinando aos nossos alunos nestes dias que virão? Ensinaremos coisas inúteis, que em nada influenciará em sua formação em quanto cidadão e que muito contribui para o sistema (desigual) em vigor, ou seremos competentes para quebrar os protocolos conservadores em busca de uma sociedade realmente moderna, longe de facetas medievalescas como, infelizmente, podemos perceber nos dias de hoje?              Então, que brindemos àquilo que ainda é uma incógnita: o ano novo! Brindemos com a certeza de que a ano só será efetivamente novo se renovarmos nossas posturas e atitudes. Se pensarmos (Não apenas isso, mas também buscarmos algumas mudanças que nos pareçam necessárias...) em práticas que tivemos que não foram produtivas e por aí vai. Caso contrário, o ano será eternamente velho e continuaremos a desejar e esperar que os 365 dias vindouros vivam por nós, como se possível fosse.

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