domingo, 20 de julho de 2014

Delírios de outrora !


Ô infância , delírios de outrora
Quantos não foram os delírios ?
Desta mente que nada evapora
A como eu lembro , os meus fascínios !

Naquele dia de sol , tudo estava decidido
Porém , por porém ; um sonho , ninguém
Então pra nós dois , tudo dividido
Assim conseguimos voar , ir muito além

Além dos sonhos vadios
E dos beijos intelectuais
Além dos ventos gelados
E das catástrofes naturais

Mais ainda ; muito além da vida
Porque a morte se apequenou ...
Mas se um dia tiver de quedar
Em vida , te indico quem sou!

Então serás delirante...
E nossa infância há de voltar!
Uma vida de diamantes...
Nascido pra sempre...
De tu : gostar !

sexta-feira, 18 de julho de 2014

A política dos famosos!

Dizem os estudiosos de diversas disciplinas voltadas para as ciências humanas que vivemos, no Brasil atual, um sistema político embasado na tal representação política. Ora, tal representação seria concedida pelo voto direto; obrigatório, por lei, de tão maduro e avançado que se observa o processo “democrático” que nos cerca.
Diante deste mar de incógnitas, fico a pensar mais além: quem são estes representantes que estão a pedir votos pelas esquinas, nas vielas, ruas e grandes empresas espalhadas pelo Brasil? Seriam oriundos de militâncias partidárias de longa data, com relevantes trabalhos prestados político e socialmente; ou tratam – se meros objetos construídos por suas imagens associadas a quaisquer instâncias, que não a eletiva?
Pois que este parece se tratar de um grande furo do sistema representativo atual.  Refiro – me aos famosos que são lançados de pára – quedas  ( E provavelmente financiados ) por partidos que não conseguem ( Ou não desejam! ) revelar talentos internos com trajetória militante e carecem de uma ideologia partidária consistente. Neste sentido, realizam um trabalho meramente mercenário e consideravelmente oportunista para garantir uma quantidade de votos suficientes para alcançar alguma cadeira e poder, mas governar sem qualquer conhecimento político, econômico ou social.
Neste texto, não pretendo desmerecer o trabalho de famosos recrutados por partidos que buscam apenas eleições; até porque, acredito que muitos deles realizam trabalhos realmente relevantes para a sociedade em geral! A crítica pretende apenas refletir sobre a importância do conhecimento político e, no mínimo, social para transmitir ao eleitor confiança suficiente para que o voto possa contar com a total credibilidade dos eleitores.  No entanto, os famosos incorporam seus mais diversos personagens ao imaginário popular, que acabam confundindo o compromisso público de ser um representante político com o carisma vindo da televisão, dos campos de futebol e outros mais.
Então, como definir este tipo de representatividade, hoje em dia? Qual a real intenção dos partidos uma vez que abrem mão de sua própria militância aguerrida de longa data para lançar novatos aos pleitos sem reconhecer a suas capacidades enquanto agentes encarregados de trabalhar por uma sociedade melhor, mais humana, menos capitalista e realmente democrática? O que os partidos oferecem a estes famosos para que conquistem uma vaga através das eleições?
São questões que fazem com que nos tornemos eleitores cada vez mais inquietos, pois não estamos acostumados a ver a política com bons olhos. De fato, a desilusão do povo quanto ao sistema político atual reside, justamente, neste quesito: a representatividade! Talvez ocorra uma reforma nesta maneira de pensar com o passar dos anos; ou talvez, e isso está longe de ser impossível, isso jamais demonstre quaisquer melhoras.
Por fim, o voto é um bem que o cidadão precisa preservar; não apenas enquanto eleitor, mas enquanto alguém que responderá pelas incompetências dos eleitos! Ser representado é, antes de tudo, representar, também! Portanto, o que menos importa é o fato de uma pessoa ser famosa, pois a TV sabe muito bem criar aquilo que cega aos olhos e à razão, mas toca o coração! Quantos às eleições, uma coisa é certa: jamais confirme com o coração, pois não é ele quem vai te representar, amanhã!


segunda-feira, 14 de julho de 2014

O sorriso de Dilma e o fim da Copa.

Ontem terminou o “grande” evento que não aconteceria. Com a grande vitória da Alemanha sobre a Argentina, em um jogo vibrante com gol apenas na segunda etapa da prorrogação, e a conquista do tetra pelos alemães, termina a Copa do Mundo de futebol, realizada no antigo país do futebol. Neste contexto, gostaria de refletir sobre dois fatos que me parecem bastante interessantes.
Primeiramente, gostaria de escrever sobre o sorriso da presidente Dilma no momento em que estava entregando a taça do mundo ao líder alemão. Não cabem julgamentos sobre o fato de a presidente Dilma levar vaias durante suas aparições nos estádios, pois sabemos que a nossa sedenta e imbecil burguesia está com a herança de toda a educação que nos consome há mais de 500 anos de história.
Assim sendo, resta – nos pensar sobre a postura da representante maior da “nação”[1], ao fechar o rosto e não esboçar um sorriso sequer em um momento de glória para os grandes vencedores do torneio[2]. Ora, estaria ela furiosa por ter levado uma tremenda vaia, como se não soubesse o que a esperava no grande Maracanã? Ou, por outro lado, estava preocupada com as pessoas que estão sendo exterminadas pelos israelenses na Faixa de Gaza, causando um verdadeiro extermínio em massa do povo palestino.
Ora, parece certo que a postura da presidente nos deixou desconfiados sobre o que a Copa pode ter deixado de bom para o Brasil, o que o governo e seus partidos oportunistas aliados defendem com tanta ênfase. Tivesse tanta confiança no que pensa em relação aos aspectos positivos da Copa, a presidente teria motivos de sobra para abrir o sorriso, aumentar a confiança em relação ao próprio pleito de Outubro, e atropelar a elite que insistia em beber cerveja e cuspir no prato em que está saboreando!
Outro aspecto que gostaria de mencionar: a atuação incansável dos movimentos sociais que atuaram na parte de fora dos gramados, setor da sociedade completamente excluído da cobertura jornalística e, principalmente, das instituições burguesas (Vendidas a preço de banana como “demcráticas”). Neste ínterim, parece relevante pensar sobre o que está chegando a nossos lares através do rádio e das redes de televisão. Por exemplo, um batalhão de repórteres de todo o mundo estavam a captar imagens, entrevistas e fotografias dos grandes campeões. Na capa dos grandes jornais, no mundo inteiro, a foto da seleção alemã aparecerá com as devidas notícias, e todos triunfalmente idolatrados pela grande conquista!
Enquanto isso, a conquista do governo em realizar a “Copa das Copas”[3] se restringe ás limitações internas dos estádio superfaturados e, muitos, com obras inacabadas. Por fora dele, o Estado fascista e burguês tratou de silenciar os opositores do sistema! A polícia atuou com força, pois sabia que o foco estava dentro dos gramados. Enquanto a bola rolava, ativistas estavam sendo enquadrados e encarcerados por atuarem em manifestações contra os gastos da Copa, contra e exclusão social e contra os desmandos dos corruptos que controlam as empreiteiras responsáveis por fazer o governo neoliberal feliz.
Também assim, a Fifa silenciou frente a tudo o que acontecia fora de campo. A sociedade brasileira pouco interessa para os abutres, tudo o querem é dinheiro! Neste sentido, o governo brasileiro não fica muito longe, ou alguém imagina que o dinheiro movimentado pela economia, durante os jogos, será destinado a equilibrar um dos maiores desequilíbrios de renda do mundo? Parece que não, o dinheiro permanecerá lá na parte de cima: no poder político corrupto e nas elites esfomeadas por $$$!
Enfim, a “Copa das Copas” foi bem relativa! A postura da TV, do rádio e do governo são as mesmas, por um simples motivo: esconder as coisas feias, alienar sobre a importância de tal evento e justificar a repressão aos movimentos sociais é uma tática certa de um estado que vende uma democracia fajuta e boçal. Tudo, parece claro, sob o comando de um governo que combateu a repressão em um passado nem tão distante, mas hoje...bom, hoje, está no poder...e...




[1] Não sei o porquê, mas me veio o inesquecível Renato Russo e o seu conhecidíssimo “estado que não é nação”! Saudações aos fãs desta grande banda chamada Legião Urbana!
[2] Não apenas grandes vencedores, mas a equipe que colocou a seleção brasileira de futebol frente ao maior fiasco da história das copas. Neste sentindo, Dilma está certa ao afirmar ser esta a “Copa das Copas”!
[3] E aqui reforço a idéia de que o evento foi vitorioso apenas dentro dos estádios, onde estavam as “estrelas” e a mídia, é claro. Então, os fatos que aconteceram fora de campo não foram levados a público, a não ser pelas redes sociais. Por exemplo, as mortes de operários e a dolorosa realidade de suas famílias, as remoções, as manifestações, as prisões sem uma acusação convincente contra ativistas etc...não receberam a devida atenção.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Salvem a Palestina!

Aos astros de todo mundo...
Salvem a Palestina!
Cadáveres jovens acesos...
Contra a pólvora não há vacina!

Àqueles que pregam a “paz”....
Mas matam com liberdade!
Israel e o império maldito...
Nas veias,sangue e maldade!

Bombas e corpos quebrados...
Famílias dizimadas!
Crianças explodem em chamas...
Pelas guerras inventadas!

Expandindo o seu poder...
Armamentistas fedem a esgoto!
E aqueles senhores de armas...
Não passam de todo escrotos!

Salvem a palestina...
Das mortes e da invasão!
Todos merecem na vida...
A esperança de uma nação!

Nação esquecida do mapa...
Por interesses secundários!
A vida é um papel queimado...
Para o império sanguinário!

Para que se aliam amigos...
Para a bomba detonar!
Trazer a morte em segredo...
E um povo dizimar!

Salvem a Palestina...
Do inferno e da maldade!
Israel e EUA no inferno...
O resto é liberdade!

sábado, 5 de julho de 2014

Da morte à alienação brasileira no culto aos seus “heróis”.


          Não tem como não escrever sobre os últimos acontecimentos que tiveram grande impacto sobre a sociedade brasileira, nos últimos dias. Acontecimentos que poderiam ser evitados, mas que são vendidos como acidentes pela grande mídia, uma instituição que tem contribuição extremamente direta na formação da conduta inaceitavelmente alienante de um povo carente de conhecimento; ou seja, fortemente tocado por sentimentos ingenuamente bons onde, por certo, o sentimental atropela o racional.
Refiro – me à mídia para mostrar que toda a criação “cultural” que ela impõe acaba sendo consumida por imensa maioria das pessoas como uma verdade absoluta, de forma alguma questionável. Por exemplo, sabemos que o cantor Roberto Carlos é o “nosso rei”, mas não por uma coisa boa ( Ou ruim ) que um rei de verdade pode fazer por seus súditos, mas pela imposição geral da televisão; mais, por uma exposição anual de uma apresentação de final de ano para que as pessoas acabem aceitando essa idéia; fora, é claro, as propagandas polêmicas contratadas por boladas de dinheiro para o uso único objetivando a venda de um produto qualquer. Não obstante, para que a criação e perpetuação do mito do rei não desapareçam da mente dos populares, os homens que produzem as novelas com atores bonitos, revelando personagens fictícios e estereótipos de toda a sorte, colocam as canções onde o cantor reforça mais ainda a idéia desta criação que, na verdade, jamais existiu.
Neste contexto, não surpreende que a mídia nacional exalte os jogadores de futebol como verdadeiros heróis da pátria. A carência de um povo carente apenas reforça a realidade de que não temos nada além de bola no pé! Exemplificando, o jogador Neymar chega a ser constituído unicamente de imagens e propagandas artificiais disseminadas por patrocinadores, jornalistas ignorantes e analistas de “mentira” que, na verdade, não corresponde aos fatos reais. Ou seja, o jogador pode não jogar nada, mas podem ter certeza que sua foto estará estampada em vários jornais e suas imagens estarão satisfazendo aos anseios de uma mídia altamente enganadora, que provoca cada vez mais uma troca de valores considerável no imaginário popular. Desta maneira, a lesão sofrida por Neymar, no jogo de ontem contra a Colômbia, não preocupa por causa do cidadão que o jogador é e de suas virtudes enquanto ser humano, mas pela imagem dele com a camisa de seleção e todo o aparato mercenário de patrocinadores e investidores enquanto estão ganhando fortunas com a aparição do atleta na imprensa.
Por falar em aparição, lembrei das imagens do viaduto que desabou em Minas Gerais, deixando mortos e feridos naquela cidade. Imagens chocantes de carros e ônibus completamente esmagados pelo peso brutal da estrutura de concreto! Trata – se de mais uma das obras que seriam realizadas e entregues, na correria, por causa da realização do mundial, no Brasil. Ou seja, mais uma obra incompetentemente realizada sob a fiscalização do negligente poder público que acaba em tragédia.
Então, os cidadãos que morrem por trabalharem nos bastidores jamais serão reconhecidos, ainda que percam suas próprias vidas para satisfazer aos anseios de pessoas beneficiadas pela realização de um evento imposto, como se tal evento fosse para beneficiar o povo e não à burguesia sedenta pelo dinheiro e pelo poder mantidos e sustentados pelas classes mais baixas! A imagens destas pessoas jamais aparecerá em qualquer comercial, a não ser uma passagem rápida por algum noticiário. Por outro lado, os grandes astros são os atletas, por quê?
Simples: porque alguém nos enfia goela abaixo esta idéia, assim como outras que o povão, desprovido de conhecimento crítico, recebe de mente aberta, sem qualquer opinião crítica ou reflexiva. Nos bombardeiam com milhares de notícias e propagandas onde os “astros” ganham verdadeiras fortunas para fazer propagandas para incentivar o consumismo e, cada vez mais, fortalecer o sistema controlado por grandes multinacionais e redes bancárias, verdadeiros mandantes de todo o sistema capitalista de produção, que estimula o desequilíbrio de renda, as desigualdades sociais e a pobreza!
Por fim, da morte de cidadãos brasileiros à alienação brasileira no culto aos seus “heróis”, existe uma distância completamente esquecida por aqueles que desejam manter uma população cega. Existe uma distância que, infelizmente, beneficia à minoria que controla o Brasil utilizando – se de um governo altamente corrupto e vendido ao grande capital multinacional e, é claro, de uma industria midiática que nada faz em favor de uma educação de qualidade à população e o  conhecimento crítico de uma sociedade alienada e alienante!

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Mente vazia...



Hoje não quero pensar em política
Quero deixar de canto este rancor
Mas sempre que reflito no que ela pratica
O café, logo, perde o sabor!

A humanidade caminha, o homem intelectual
Quanta coisa bonita, e avanços históricos
Mas prefiro o ver um boçal
Para não sentirmos tão eufóricos!

E aquele filme de semana passada?
Uma historinha, pamonha.
E a vida que de nada é engraçada
E aquele homem? Um sem-vergonha!

Não seria tal filme, uma realidade?
O homem continua boçal!
Jamais pensou em moralidade,
Mas continua um intelectual!

Mas então, diga-me sem mentiras:
A intelectualidade vive só?
Em um mundo de tanto traíras
A sociedade transformar-te-á em pó!

Hoje,não quero pensar falcatruas
Prefiro ver verdades: nuas e cruas.
Intelectual, tua moralidade eu já conhecia
Sempre supus,no entanto,sua mente vazia!