domingo, 21 de maio de 2023

Dia de clássico gre-nal!


        Dia de clássico gre-nal!

Hoje, Grêmio e Internacional se enfrentam pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro. A bola rola logo mais, a partir das 18h30min na Arena do Grêmio. Todos conhecemos a situação dos rivais que estarão peleando dentro de campo; por isso, uma vitória pode abalar ainda mais a instabilidade do clube rival, independente de quem saia de campo vitorioso.

O clássico 439, entretanto, precisa de uma maior atenção por parte dos organizadores do evento, da segurança privada que atua dentro da Arena, bem como da segurança pública. Não é novidade que os espíritos animalescos de muitos torcedores aflorem em momentos de derrota ou de insatisfação. De ambos os lados, marginais protagonizam atos de barbárie e discórdia que acabam, sempre, por prejudicar o espetáculo.

Recentemente, tivemos protestos e agressões em CT’s, invasão de campo (Inclusive, pasmem, com criança no colo!) e apedrejamento do coletivo de profissionais. Esses atos de barbárie apenas demonstram o cuidado que devemos ter para que o espetáculo do futebol não vire uma arena de criminosos famintos por sangue.

As pessoas desejam levar seus filhos e os seus familiares ao estádio de futebol em um ambiente saudável, de paz, tranquilidade e diversão. Precisamos entender que o futebol é um esporte que adoramos, onde os atletas disputam entre si um resultado, e apenas isso! Tudo o que precisam é o apoio do torcedor e jamais a sua agressividade e ofensa. Seria idiotice pagar ingresso, realizar todo um deslocamento até o campo apenas para fazer baderna e tumultuar o evento!

Que bom seria se pudéssemos fazer das arquibancadas a poltrona de nossos lares, desprovidos de más condutas e de pessoas violentas que vão ao estádio para bater boca, vaiar e brigar. Assim, enquanto torcedores e, acima de tudo, cidadãos de bem, temos a obrigação de reprovar quaisquer atos de violência ou desrespeito que venha a ocorrer antes, enquanto a bola rola e após o jogo.

Hoje tem mais um jogão aqui pelas nossas terras! Vista a camiseta do seu time e faça do futebol aquilo que ele sempre foi: um lindo espetáculo. Leve sua família ao campo para assistir ao jogo e apoiar o seu time, isso é sempre fundamental para uma reação em momentos negativos. Se afaste de pessoas violentas, muitas vezes elas contagiam muitos que estão à sua volta, ampliando ainda mais a intensidade da discussão ou aumentando cada vez mais o número de pessoas envolvidas em uma briga.

Por fim, vamos ao jogo! O primeiro clássico do ano foi vencido pelo Grêmio de Renato; porém, o futebol do meu tricolor continua muito abaixo do esperado; basta ver as últimas atuações, onde o time foi dominado por seus adversários em todos os jogos. Em contrapartida, a situação do Internacional ainda se agrava pela última derrota para o América-MG, no meio da semana por 2 a 0 pela Copa do Brasil. Neste contexto, discute-se a atuação de Mano e da comissão técnica colorada, que não vem conseguindo resultados satisfatórios e as atuações preocupam os torcedores colorados!

Esperemos a bola rolar e que seja um clássico de profissionalismo dentro de campo e de muita paz nas arquibancadas e arredores! 

Bom jogo a todos!


terça-feira, 16 de maio de 2023

Onde está Débora?

         Onde está Débora?

Desde a última vez que a vi já tem quase 45 dias, se não me falhe a memória.

Débora foi minha amiga de infância; brincávamos de bonecas juntas desde os 3 anos de idade. Vivemos e crescemos praticamente dividindo o mesmo teto. Nossos pais eram grandes amigos e dividiam a árdua tarefa de criar duas meninas “serelepes” e “arteiras”.

Lembro daquela vez que, após imensa luta para convencer os seus pais, Débora ingressou na mesma escola em que eu estudava. Apesar de turmas diferentes; ela na 81 e eu na 82, dividíamos os estudos, organizávamos as agendas de apresentações de trabalhos e revisávamos juntas as matérias que seriam cobradas nas provas.

Tive meu primeiro namorado aos 16 anos; claro, tendo a minha melhor amiga como principal articuladora daquele “esquema”. Lembro como se fosse hoje, rolou um churrasco na praia de Capão da Canoa, na casa de um ex-colega, o Rogério. Após um delicioso banho de mar, ficamos conversando ao som das ondas e do agito das crianças que brincavam na areia molhada. Algum tempo depois, passa um grupo de aproximadamente 8 meninos; um deles, inclusive, carregava uma bola de futebol embaixo do braço: era o Rogério.

_ Oi gurias, tudo bem? O que fazem por aqui?

Débora, com toda a simpatia e delicadeza:

_ Meus pais locaram uma casa e nossas famílias vão passar o mês juntas por aqui!

Aquele dia foi inesquecível! Naquela mesma noite rolou um churrasco na casa do Rogério, que era amigo do Pedroca, que se tornaria o primeiro namorado da Débora! São lembranças gostosas como estas que me fazem ter esperança de que alguma coisa aconteça e que minha amiga consiga mandar qualquer notícia de onde estiver.

Débora desapareceu quando saiu de casa para ir na academia, no bairro onde mora, na cidade de Bento Gonçalves. Jamais a jovem chegou para fazer aquilo que tanto gostava: exercício físico e prática de esportes. Naquele dia, saíra para o treino carregando apenas uma pequena garrafinha com água e uma toalha de cor azul! Ninguém percebeu o sumiço da minha amiga e, segundo as autoridades, não há qualquer câmera externa que possa ajudar a esclarecer sobre esse desaparecimento tão misterioso.

Amigos e familiares estão fazendo de tudo para entender, de fato, o que está acontecendo. Não há qualquer informação sobre o paradeiro de Débora e o desespero começa a tomar conta de todos a cada dia que passa. Até agora, foram infrutíferas as tentativas de colar cartazes pela cidade ou tentativas de abordagem a transeuntes ou vizinhos pelas ruas da cidade.

No entanto, iremos até o final para saber o que aconteceu com Débora! Farei de tudo para saber se tem algum criminoso envolvido neste caso. Até porque, Débora era uma menina muito bonita e a tem psicopatas e abusadores por toda a parte. Apesar de ter desaparecido sem deixar quaisquer vestígios, sabemos que minha companheira de todas as horas e melhor amiga jamais deixaria os amigos próximos e os seus familiares desamparados.

Se eu pudesse deixar uma mensagem, colocaria um recado e um pedido!

_ Não deixe de cuidar das pessoas que você ama, às vezes num piscar de olhos a vida pode se transformar na mais pura estrada de sofrimento e de dor.

Por fim, um pedido:

_ Ajudem a encontrar a minha amiga, qualquer notícia pode ser um alento e um mar de esperança.

 

quarta-feira, 10 de maio de 2023

Mauro Chaulet

 Mauro Chaulet.

Recebi com muita tristeza a notícia do falecimento do grande lutador de MMA, exímio atleta e amigo Mauro Chaulet. O curioso é que, geralmente, um fato como esse é amplamente divulgado pela imprensa; mas não foi o caso. O motivo pode estar, por certo, na forma como o atleta foi executado pelas forças policiais, aqui em Porto Alegre. O fato aconteceu entre o último domingo (07/05/2023) e segunda-feira (08/05/2023); no entanto, fiquei sabendo do fato apenas no dia de hoje. Portanto, parece estranho um caso tão midiático, envolvendo um famoso lutador de MMA,  não ser amplamente divulgado quanto tantos outros em redes sociais e outras mídias.

Enfim, conheci um cara comprometido, atleta dedicado e disciplinado nos seus treinos, na sua vida enquanto lutador; um homem de caráter e jovem com um futuro ainda brilhante pela frente. Sempre que eu chegava na academia onde a criançada treinava Jiu-Jitsu, onde conheci o Mauro, lá estava ele: muitas vezes dando instruções para o filho que fica, ajeitando o quimono do infante ou amarrando a sua faixa. Isso, claro, quando não se responsabilizava pelas fotos ou registros de imagens da criançada mudando a graduação no esporte.

O seu filho, menor, era tão apegado ao pai que toda a vez que o mestre ensinava algum movimento novo, no momento de colocar em prática com os coleguinhas, o primeiro olhar que a criança buscava era o daquele pai apoiador, que incentivava o tempo todo e dificilmente perdia os treinos do pequeno lutador.

Quanta tristeza! Mais um jovem pai que entra pra estatística dos que morrem por disparos de arma de fogo vindo do aparato repressivo do Estado sem ter qualquer influência com a criminalidade.

As informações que chegam ao público ainda são desencontradas, cada veículo informa algo diferente. Há informações do envolvimento de policial que estava de folga, mas não o suficiente para colocar a arma de fogo pra fora e pôr o estabelecimento todo em risco!

Segundo algumas informações preliminares, o conflito teria iniciado por causa de possíveis discussões entre mulheres. Por outro lado, há quem passe informações de que Mauro teria empreendido fuga, após luta corporal retirar a arma do agressor e o balear na perna, vindo a ser executado por guarnição que estava no lado de fora do estabelecimento, quiçá, de campana.

Enfim, só as apurações das autoridades investigativas vão ajudar a esclarecer o que aconteceu naquela noite, em um bar no 4º Distrito, em Porto Alegre. Esperamos que as autoridades consigam esclarecer as circunstâncias do assassinato e consigam chegar aos culpados. Até porquê, não é possível que uma pessoa desarmada, sem qualquer chance de defesa, possa ter cometido qualquer crime de forma a ser executada a tiros, tendo a vida interrompida da forma como foi.

Por fim, deixo essa foto abaixo! Apenas um de tantos momentos que pudemos compartilhar juntos na academia de Jiu-Jitsu onde a criançada treina! Fica o registro e a certeza de que a verdade há de chegar ao público e as autoridades responsáveis conseguirão trabalhar com profissionalismo e sabedoria para elucidar esse crime e, acima de tudo, fazer com que os culpados sejam punidos como deve ser qualquer pessoa que atua à margem da lei!

Descansa em paz, lutador, vencedor e campeão: Mauro Chaulet!


sábado, 6 de maio de 2023

Barbárie nas escolas.

 

Barbárie nas escolas.

Os recentes casos de violências e ameaças protagonizadas por jovens e estudantes nas nossas escolas não surgem do nada. Recentemente, discursos de ódio e preconceituosos de toda sorte foram disseminados pelas redes sociais e, até mesmo, dentro das escolas. Por outro lado, jamais tivemos tanta apologia ao uso de armas como forma de autodefesa como nos últimos anos. Ou seja, existe um conjunto de fatores que fizeram com que chegássemos a esta barbaridade dentro das nossas instituições de ensino e também fora dela.

Atualmente, diversos casos de preconceito têm "viralizado" em nossa sociedade como se fosse algo comum. Apenas para citar alguns, os casos de racismo são recorrentes e já nem se escondem mais no obscuro submundo das redes sociais. Muitas pessoas exercem sua barbárie racial à luz do dia, sem o menor receio, na frente de outras pessoas, sob as lentes de câmeras anônimas. Da mesma forma, pessoas homossexuais são vítimas de tudo que é forma de preconceito; inclusive, não raramente, vindo a óbito por não resistir ao excesso de brutalidades irracionais que sofrem em casos de agressão.

Não há dúvidas de que existe um terreno demasiado fértil para a disseminação deste tipo de ideias: a internet. Muitos jovens articulam atos de violência entre grupos de internet, onde fazem uso da prática de jogos na rede mundial de computadores que expõem intenso conteúdo de barbárie e violência. Não satisfeitos, ultrapassam os limites da tecnologia e tecem ameaças em grupos de WhatsApp, impondo o medo na comunidade, o pavor na sociedade e acabam por despertar as atenções do poder público com relação à segurança das pessoas. Tudo isso, claro, sem que os pais tenham o menor conhecimento do que, de fato, esteja acontecendo com os seus filhos fora da certidão de nascimento ou do documento de identidade.

Por outro lado, não podemos esquecer que os últimos anos deram uma enorme contribuição para que ideias anticivilizatórias se propagassem com relativa força no nosso meio. A polaridade política e os discursos preconceituosos do ex-presidente do Brasil trouxeram à tona um sentimento de exclusão que muitas pessoas jamais imaginaram que possuíam. O ódio ao PT e ao atual presidente saiu do terreno da política para orbitar a esfera social. Isso talvez tenha sido o estopim para que tantos atos violentos fossem noticiados pela imprensa e suas imagens divulgadas pelas redes sociais.

Outro fator de extrema relevância para que tal cenário se apresentasse foi, certamente, a apologia ao uso de armas de fogo que foram escancaradas pelo derrotado ex-presidente. Desde fotos com infantes gesticulando uso de armas até uma de suas bandeiras de campanha: Bolsonaro sempre procurou minar a violência, prometendo liberar o belicismo, como se fosse a única forma de acabar, pasmem, com a violência. Pode até parecer bizarro, mas é a mais pura verdade!

Como resultado, o bolsonarismo foi externalizado até por pessoas que se dizem cristãs, ou de religião. A violência, o preconceito e o modo de exclusão passaram a ser cada vez mais comuns como nunca antes na história deste país. Muitas relações familiares foram rompidas e relações de amizades de longo tempo foram desfeitas. Muita gente começou a questionar tudo desfilando ignorância e divulgando mentiras. Esse conjunto de fatores acabou fazendo com que a idolatração da violência, o culto ao preconceito e o uso de exacerbado de armas fizessem com que nossos jovens colocassem para fora tudo aquilo que aprendem longe dos pais e de pessoas íntegras. O resultado está exposto: facadas, tiros, sangue, assassinatos e crimes contra a vida.

Enfim, precisamos, de fato, ficar atentos àquilo que os nossos jovens estão fazendo por trás do computador ou dos grupos de WhatsApp! Não é admissível que a família espere apenas tomada de decisão do poder público ou das instituições de ensino para educar para a dignidade humana. A família é o primeiro degrau de socialização de qualquer pessoa; é lá que deve aprender as lições básicas como a de que todos somos iguais e que cada pessoa tem uma história diferente e uma opinião que deve ser respeitada em qualquer situação. Somente assim poderemos evoluir em um ambiente de harmonia e paz na sociedade. Fora isso, estaremos correndo o risco de continuarmos sendo uma sociedade anômica, para dizer o mínimo.