O comodismo dos acomodados.
Existe
uma grande parcela da população brasileira, e mundial, que vive escondida atrás
do comodismo. São pessoas que mantém uma vida deitada em berço esplêndido e se
limitam a seguir a cartilha imposta socialmente até mesmo no momento de bater o
ponto antes de deixar o trabalho. Por outro lado, estas pessoas que vivem no comodismo
tendem a julgar negativamente, como de se esperar, aqueles que realizam
qualquer tipo de movimento; aqueles lutam por qualquer ideal, aqueles que
costumam bater perna por aí lutando para tocar a vida em uma sociedade tão
doente, preconceituosa e desigual; aqueles que falam em voz alta a exigir o
mínimo.
Que
tempos sombrios!
As
pessoas acomodadas estão espalhadas por aí: no emprego onde “engolem sapos”
diários para ganhar um salário miserável imaginando que estão investindo no
futuro; nos casamentos, onde a humilhação é um luxo e o amor e a parceira tem
um custo bem alto; na escola, onde se formam grupos para fazer trabalhos, mas é
sempre o mais “inteligente”, ou aquele que tem a letra mais bonita para passar
o trabalho a limpo, que são os protagonistas.
Neste
contexto, parece relevante crer no fato de que o comodismo das pessoas é sempre
um ponto a favor de quem está contribuindo para que a sociedade continue essa
bagunça que historicamente foi bagunçada justamente por quem detém privilégios
em uma sociedade bagunçada. Não é uma conta tão complexa, basta perceber o que
as pessoas acham dos políticos! Sempre foram todos ladrões, bandidos e
canalhas! Mas, repara, o acomodado observa isso tudo com um balde de pipoca
curtindo o jogo do seu time do coração, assistindo um bom filme americano rodeado
de heróis coloridos e novelas mirabolantes de uma mídia altamente alienante e
manipuladora.
Por
outro lado, não bastasse o acomodado prejudicar a própria vida e a vida em
sociedade: ele se levanta contra as pessoas que desejam se movimentar por uma
vida melhor, por uma sociedade mais igualitária e justa. O comodismo está na
atitude daquela pessoa que trabalhou o dia inteiro e só quer chegar em casa, descansar,
para amanhã, e sempre, fazer a mesma coisa. Assim, os acomodados restam dando
uma parcela de contribuição aos corruptos de toda a sorte, aos falsos arautos
da moralidade, a pessoas que detém extensa ficha criminal por sonegação de
impostos, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, entre tantas outras
contribuições.
São
pessoas que estão satisfeita com as suas vidas, por mais miserável que seja. No
entanto, por um deslize no seu egoísmo e individualismo, tendem a julgar as pessoas
que travam lutas nas ruas, nas escolas, nos sindicatos, e questionam algumas
imposições dadas como certas desde que somos crianças. A anomia social
(Dhurkeim) não surgiu do nada, ele foi ganhando corpo ao longo da história!
Para
o acomodado, aquele que se manifesta na rua por causa do preço da passagem não
passa de um vagabundo. Ou seja, o acomodado quer chegar em casa, não importa se
paga caríssimo uma passagem de coletivo para receber um serviço caótico ou se
as empresas de transporte público atuam como máfias dentro da cidade. Repito: o
comodismo está a favor disso tudo que estamos vivendo na atualidade, sustenta
este sistema criminoso. Para sustentar o
seu comodismo, o acomodado adora valorizar as lutas quando elas não o
prejudicam. Não há engajamento mútuo, mas sim individualismo e críticas àqueles
que estão dando a cara a bater. Porque o acomodado sabe criticar tudo e a
todos, menos a si mesmo e o seu comodismo.
Enfim,
vivemos em uma sociedade triste, carente, desumana e preconceituosa. Cada um desses
ingredientes para os detentores do poder político e, principalmente, econômico
é uma pizza a metro. Neste contexto, os acomodados trazem aquele molho saboroso
para contribuir com toda essa culinária, mesmo que seja para comer apenas os
restos. Lutar é preciso, até porque, amigos, a vida segue sempre um fluxo;
logo, está sempre em movimento. Talvez esse entendimento esteja nos faltando.
Existe
uma grande parcela da população brasileira, e mundial, que vive escondida atrás
do comodismo. São pessoas que mantém uma vida deitada em berço esplêndido e se
limitam a seguir a cartilha imposta socialmente até mesmo no momento de bater o
ponto antes de deixar o trabalho. Por outro lado, estas pessoas que vivem no comodismo
tendem a julgar negativamente, como de se esperar, aqueles que realizam
qualquer tipo de movimento; aqueles lutam por qualquer ideal, aqueles que
costumam bater perna por aí lutando para tocar a vida em uma sociedade tão
doente, preconceituosa e desigual; aqueles que falam em voz alta a exigir o
mínimo.
Que
tempos sombrios!
As
pessoas acomodadas estão espalhadas por aí: no emprego onde “engolem sapos”
diários para ganhar um salário miserável imaginando que estão investindo no
futuro; nos casamentos, onde a humilhação é um luxo e o amor e a parceira tem
um custo bem alto; na escola, onde se formam grupos para fazer trabalhos, mas é
sempre o mais “inteligente”, ou aquele que tem a letra mais bonita para passar
o trabalho a limpo, que são os protagonistas.
Neste
contexto, parece relevante crer no fato de que o comodismo das pessoas é sempre
um ponto a favor de quem está contribuindo para que a sociedade continue essa
bagunça que historicamente foi bagunçada justamente por quem detém privilégios
em uma sociedade bagunçada. Não é uma conta tão complexa, basta perceber o que
as pessoas acham dos políticos! Sempre foram todos ladrões, bandidos e
canalhas! Mas, repara, o acomodado observa isso tudo com um balde de pipoca
curtindo o jogo do seu time do coração, assistindo um bom filme americano rodeado
de heróis coloridos e novelas mirabolantes de uma mídia altamente alienante e
manipuladora.
Por
outro lado, não bastasse o acomodado prejudicar a própria vida e a vida em
sociedade: ele se levanta contra as pessoas que desejam se movimentar por uma
vida melhor, por uma sociedade mais igualitária e justa. O comodismo está na
atitude daquela pessoa que trabalhou o dia inteiro e só quer chegar em casa, descansar,
para amanhã, e sempre, fazer a mesma coisa. Assim, os acomodados restam dando
uma parcela de contribuição aos corruptos de toda a sorte, aos falsos arautos
da moralidade, a pessoas que detém extensa ficha criminal por sonegação de
impostos, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, entre tantas outras
contribuições.
São
pessoas que estão satisfeita com as suas vidas, por mais miserável que seja. No
entanto, por um deslize no seu egoísmo e individualismo, tendem a julgar as pessoas
que travam lutas nas ruas, nas escolas, nos sindicatos, e questionam algumas
imposições dadas como certas desde que somos crianças. A anomia social
(Dhurkeim) não surgiu do nada, ele foi ganhando corpo ao longo da história!
Para
o acomodado, aquele que se manifesta na rua por causa do preço da passagem não
passa de um vagabundo. Ou seja, o acomodado quer chegar em casa, não importa se
paga caríssimo uma passagem de coletivo para receber um serviço caótico ou se
as empresas de transporte público atuam como máfias dentro da cidade. Repito: o
comodismo está a favor disso tudo que estamos vivendo na atualidade, sustenta
este sistema criminoso. Para sustentar o
seu comodismo, o acomodado adora valorizar as lutas quando elas não o
prejudicam. Não há engajamento mútuo, mas sim individualismo e críticas àqueles
que estão dando a cara a bater. Porque o acomodado sabe criticar tudo e a
todos, menos a si mesmo e o seu comodismo.
Enfim,
vivemos em uma sociedade triste, carente, desumana e preconceituosa. Cada um desses
ingredientes para os detentores do poder político e, principalmente, econômico
é uma pizza a metro. Neste contexto, os acomodados trazem aquele molho saboroso
para contribuir com toda essa culinária, mesmo que seja para comer apenas os
restos. Lutar é preciso, até porque, amigos, a vida segue sempre um fluxo;
logo, está sempre em movimento. Talvez esse entendimento esteja nos faltando.