domingo, 2 de agosto de 2015

Uma manhã de domingo.

Enquanto escrevo este texto, escuto vozes e ruídos de crianças que correm pelo pátio e brincam pelos espaços do condomínio fechado. Os raios de sol entram pela janela, neste bonito dia de domingo. Os acompanha um ventinho agradável, ares semelhantes ao ápice da primavera! E lá estão eles, os pequenos que carregam no peito o coração que guiará o futuro, com seus brinquedos e inocentes amizades. Sem ter a noção do que os espera para o os dias de amanhã, elas correm e fazem barulho com se uma fuga fosse de um futuro que os espera nebuloso e repleto de desumanidade, algo corrompido pelo desejo desenfreado pela exploração do homem pelo homem e pela consequente banalização da vida e exaltação do material, nos dias atuais.
O dia de hoje, certamente, contraria aquilo que esperamos para o dia de amanhã, pois amanhã é segunda – feira e mais uma semana de atividades inicia para grande maioria da população, que trabalha infinitamente buscando igualdade em uma eterna sociedade desigual. Então, as crianças serão trocadas pelos adultos, verdadeiras criaturas movidas por sentimentos egoístas, individualistas e interesseiros. Assim, este domingo agradável vai ser substituído por um início de semana tenso, com ameaça de greves de serviços essenciais como educação e segurança. Assim, fica a população com o temor do pior, como se ele já não estivesse em nosso meio e com a potência cada vez maior.
O motivo de tamanha tensão está estampada na cara das pessoas: a postura dos governos, pelo Brasil acima! Por exemplo, o governo do estado do Rio Grande do Sul, na figura daquele homem que se vendeu durante a propaganda eleitoral como o melhor e, PASMEM, representando o partido do Rio Grande[1], resolveu parcelar os salários dos servidores como se tais salário fossem uma compra parcelada no criminoso cartão de crédito!
Não basta aumentar os impostos e reduzir gastos com serviços de extrema necessidade e agora começam com histórias de parcelar o salário de servidores e saquear os direitos trabalhistas dos contribuintes?[2] Ora, historicamente, apenas uma classe tem sido atingida por tais posturas usurpadoras e centralizadoras dos governos: a classe trabalhadora. Justamente aquela classe que produz a riqueza e que faz a alegria da burguesia capitalista, opressora e exploradora, termina por ser atingida por medidas que acabam afetando o seu já prejudicado desenvolvimento econômico!
Mas o mais importante de tudo isso é a desculpa que os governos utilizam: a dívida pública! O que significa isso? Será que os governos não se sentem na obrigação de manter a sociedade informada sobre essa tal dívida pública? Ou será que os cidadão não possuem o direito de saber o distino do dinheiro que desembolsam arduamente para sustentar uma máquina pública tão corrupta e ineficiente?
Assim, o povo tem o direito de saber porque os impostos estão aumentando e porque um governo que é partidário do Rio Grande está parcelando os salários dos seus servidores, com graves e justificadas ameaças de paralisações e greves. Mais ainda, a sociedade precisa saber porque os governos, mercenários e sujos por natureza, não intensificam investimentos em setores de combate à sonegação de impostos, algo que incide direto no bolso dos trabalhadores.[3] Mais ainda, tem o direito de saber a população sobre as reais causas da dívida pública. Com certeza, as pessoas ficariam impressionadas com todo o trabalho que o Estado faz para manter as desigualdades, a miséria, a violência e a falta de educação de um povo que jamais deve ser educado.
Por fim, gostaria muito de ficar aqui, na janela, a ver as crianças correndo pelo condomínio neste bonito dia de domingo! Queria muito que esse dia fosse eterno, jamais chegasse ao fim, e esse ventinho me acompanhasse até o fim dos tempos. Por outro lado, é inevitável que o amanhã chegue, carregado de tensão e luta por justiça. É impossível em dias de mercantilização da vida não sair para trabalhar para comprar a sobrevivência. Sim, porque a sobrevivência, amigos, tem preço! E esse preço é muito caro para o trabalhador e baratíssimo para o Estado que parcela salários e negligencia serviços essenciais para a população. Mais ainda, o preço da mercantilização da vida é baratíssima para os criminosos que sonegam impostos e concentram renda!




[1] E quem não vai se lembrar daquela grande piada: “O meu partido é o Rio Grande!”, contada pelo então candidato ao governo do Estado José Ivo Sartori?
[2] E aqui refiro – me ao governo burguês de Dilma, que foi encontrar fonte de contenção de dispesas justamente no bolso dos trabalhadores. Neste sentido, o PIS do ano de 2015, com muita oração, vai ser pago somente em 2016. Assim, o governo acaba livrando as grandes empresas e todo o poder econômico que governa o país por meio da corrupção exacerbada, da sonegação de impostos e da evasão de divisas, entre tantos outros crimes de colarinho branco que encontramos por aí!
[3] Cumpre argumentar que ao sonegar impostos, os empresários atingem os trabalhadores de duas formas: por meio da exploração da mão – de – obra barata, e o consequente salário miserável em relação aos lucros obtidos, e pelo aumento de impostos exigidos pelos governos para aumentar a receita oriunda do próprio ato de sonegar impostos.

terça-feira, 28 de julho de 2015

A crueldade das multidões.

Aproximadamente 15 pessoas espancam um assaltante até a morte, sem lhe proporcionar a menor chance de defesa. Muitos aplaudiram a barbárie, inclusive, afirmando que os assassinos mereciam reconhecimento.
Tal fato representa um estado de natureza inaceitável em dias de uma modernidade tão tardia! Incrivelmente, estamos retornando a um ponto da história em que, literalmente, vem antes do homem pré – histórico. Ou seja, o ser animalesco e sanguinário surge desprovido de racionalidade ou qualquer vestígio de um ser pensante! É completamente irracional, tal qual os animais selvagens que se destroem pelas matas do mundo.
A sobrevivência da espécie está diretamente relacionada a estes animais. Logo, o homem das multidões está abaixo disso! O homem das multidões não sabe o que faz: não tem consciência na hora de votar em homens corruptos, não consegue viver em sociedade sem ter ganância e desrespeito! Enfim, não consegue preservar a vida de outrem. E assim se reproduz a violência! O motivo de tal assassinato cruel e selvagem seria a tentativa da vítima de assaltar um casal que circulava por uma praça, na cidade de Viamão - RS.
Importante apontar o fato de que tais posturas violentas e covardes não aparecem como nenhuma novidade nos dias atuais. A multidão adora sangue e violência, não conhece outra forma de socialização ou educação. Não por acaso muitos pais ensinam seus filhos através da “cinta”, da palmada e da famosa “tunda” de laço. Educar pelo ensino e pelo acompanhamento está muito longe dos objetivos da família atual, normalmente liderada por pessoa violenta e repressiva.
Assim, as multidões se tornam covardes, sanguinárias e descontam sua própria negligência (Ou a construção da criminalidade não é uma construção social?) e raiva nos mais fracos. Ou um assaltante desarmado e rendido representa algum perigo para a sociedade? Mais ainda, a mesma multidão que tem repulsa em relação à política e economia não consegue relacionar uma coisa com a outra coisa e, pior ainda, acha que vive em um mundo alheio a tudo isso.
Ora, no mínimo, tamanha alienação pode – se justificar pelo próprio desinteresse das multidões em relação à convivência dos cidadãos em sociedade, com trocas de experiências etc... Hoje, vivemos na velha história do “cada um por si e Deus por todos”; claro, quando convém, e apenas assim, a história muda de figura! As multidões não acreditam que sua crueldade gera desigualdades sociais de toda a sorte, onde uns navegam em ouro puro enquanto milhares mal conseguem se alimentar.
Mas a crueldade das multidões vai além. Ela se cria nas telas de cinema com tiros, assaltos, e estrelas que brilham frente à indústria sanguinária e alienante das armas, da pólvora e do sangue. As crianças estão expostas a isso tudo sob os olhos sanguinários dos próprios pais, os mesmos que os educaram pela violência e pelo moderníssimo modelo educacional punitivo. Elas crescem brincando de polícia e ladrão ou utilizando armas de brinquedo. No seu imaginário, a criança corre, foge da polícia, atira e mata! A morte é de brinquedo e real ao mesmo tempo.
Mas a crueldade das multidões não consegue fazer essa relação, por isso imagina que espancando alguém até a morte fará com que a justiça seja alcançada de alguma forma! Tremendo engano: sempre, a violência, inevitavelmente, vai reproduzir no futuro tantos atos violentos quantos forem se reproduzindo a violência por todos os redutos sociais!

Por fim, a crueldade das multidões atinge o seu ápice em casos como este que ocorreu no centro de Viamão. Ao longo do seu desenvolvimento, a crueldade da multidão se cria dentro de casa, nas escolas da vida, nas salas de cinema e se espalha rapidamente pela sociedade que adora consumir essa violência e esse derramamento de sangue cinematográfico. O crime (Assalto!) aparece assim e se propaga de forma rápida em outras modalidades de crimes cada vez mais cruéis (Assassinato!).

sábado, 18 de julho de 2015

Sobre a criminalidade.

Confesso que fico muito angustiado quando vejo uma pessoa sendo exposta à quaisquer tipos de arma de fogo. O assalto, hoje em dia, está enraizado na sociedade como algo tão natural que se torna inútil tentar qualquer reação contra ele. Fora isso, estaremos cada vez mais exposto ao (s) tiro (s) e à morte.
Lendo algumas páginas policias e consultando alguns textos na internet e pelas redes sociais, lembrei de um passado recente, no qual fui vítima de alguns assaltos onde consegui analisar as característica dos instrumentos de trabalho do delinquente de perto: pistola cromada ou polida e tambor de revólver danificado, por exemplo. Acreditem, por algumas vezes estive sob a mira de uma arma de fogo e sob o olhar vingativo do criminoso. Ou seja, com uma arma, revólver ou uma pistola apontada para a cabeça ou para qualquer outra parte do corpo: não esboce qualquer tipo de reação, lembre – se que bens materiais se consegue reconstruir, mas a vida não!
Mas na verdade, o tipo de crime que me preocupa muitíssimo é o crime “moral”. Chamo de crimes morais aqueles praticados pelos corruptos e bandidos que estão no poder. Se é verdade aquele dito popular de que “o exemplo vem de cima”, podemos entender porque existe um avança tão considerável em relação à criminalidade na sociedade atual. Quanto aos criminosos morais, sim, aqueles que falam em tom elegante, aparecem bem bonitinhos na televisão e vestem ternos caros e gravatas ornamentadas de toda a espécie. Ora, estar no poder requer moralidade, certo? Não fosse isso, pasmem, nosso sistema $representativo$ não seria tão rico, idôneo e legítimo.
A nossa triste realidade é que um tiro de pistola vende mais do que milhões desviados ou roubados em um negócio lucrativo entre os bandidos engravatados que estão a assaltar, diariamente, o povo. Nos últimos casos recentemente noticiados, homens públicos (Verdadeiros criminosos de poder em punho!) atuando na surdina junto à empreiteiras para saquear grana preta do povo! Mas isso não é nada, pois o brasileiro gosta é de sangue! Sem tiro, violência e morte, como ensinam ao povo, jamais será crime ou “chinelagem”!
Os poderosos não fazem seus deveres para com os cidadão porque não possuem recursos ou algo nesse sentido. Não fazem justamente porque se apropriam, roubam para si ou para terceiros, dos recursos sem precisar disparar um tiro sequer. Já pensaram quanta evolução: realizar um grande ato criminoso, lucrar muito dinheiro e não precisar disparar uma vez? Aquilo que era privado, não vira público, volta a ser privado em virtude de desvios etc...
Mas isso não importa para a grande sociedade, saqueada desde os primórdios e educada, diariamente, por uma mídia escrota e imbecilizante. Para ela, nada mais compensador do que ver a polícia matando criminosos armados e trabalhadores favelados, estigmatizados desde sus origens.
Tudo isso é muito preocupante na medida em que as pessoas responsáveis por guiar a nação e respeitar o cidadão brasileiro fazem justamente o contrário. Por exemplo, o presidente da Câmara do Deputados, senhor Eduardo Cunha, acusado de alguns crimes que dispensam as armas de fogo, a morte e o sangue, ameaça o governo ou qualquer um que esteja no seu caminho caso seus desejos não sejam satisfeitos. Fica bravinho, ameaça e bate pernas por qualquer coisa! Ora, no mínimo um ato medíocre e desrespeitoso de um cidadão com fortes tendências criminais e autoritárias (Inclusive está sendo investigado por instituições responsáveis.) mas que está livre e dispostos a continuar em frente com seus atos interesseiros e que vão contra os reais interesses da população em geral.
Por fim, os bandidos mais perigosos estão soltos e se vestem bem. Aparecem no sensacionalista jornal da noite com suas ordens cretinas e suas posturas moralistas e inescrupulosas. Defendem apenas interesses pessoais e partidários. Por outro lado, os mais feios são mostrados na imprensa com um fuzil na mão, vendendo drogas, e habitando favelas, redutos miseráveis que os corruptos e criminosos morais querem ver longe dos seus olhos. Tudo isso dentro do Brasil, a famosa pátria educadora, mas que educa pra quê ( m ) mesmo?


sexta-feira, 19 de junho de 2015

A sociedade em convulsão.

Não parece novidade que a sociedade brasileira vive em um momento de forte convulsão em relação à criminalidade, que amedronta a nação e acaba disseminando o medo pelos quatro cantos deste país tropical. Assim, os atos delinquentes aparecem em todos os setores sociais, principalmente entre aqueles que deveriam dar o exemplo de como se deve conviver pela paz, pelo progresso da população e pela constituição da ordem.
Assim sendo, refiro - aos políticos eleitos por um povo que detesta e desacredita na política e, por consequência, acaba votando apenas por obrigação. Dessa maneira, a negligência e o desinteresse das pessoas no momento de escolher os representantes ( Que geralmente representam apenas quem investe dinheiro em suas campanhas políticas! ) acaba fazendo com que muitos criminosos e corruptos acabem assumindo poder. Com eles, aparece uma cambada de oportunistas dispostos a realizar diversas manobras delinquentes de forma a prejudicar os cidadãos de bem. Ora, se nos parece certo que estamos passando por um momento de forte convulsão, como o título deste texto nos mostra, também nos parece correto que chegou o momento de tratar a criminalidade com seriedade.
Como assim tratar a criminalidade com seriedade?
Ora, vivemos diariamente expostos a crimes de toda a sorte. Assim sendo,existe uma forte doutrinação de cunho ideológico que nos ensina, desde pequenos,quem são os bandidos, quem são os ladrões, os assassinos e aí por diante. No entanto, essa doutrinação é mostrada a todo o momento na televisão, impondo uma certa aculturação sobre o que seja determinado como crime e quem são aqueles que devem ser reconhecidos como criminosos. Por exemplo, os programas de fraquíssimo índice instrutivo que costumam sensacionalizar atos criminosos, mostram o tráfico de drogas! Mostram pequenos roubos cometidos por menores de idade! Mostram relações conjugais que acabaram em desentendimento e, por consequência, em agressões ou mortes. Mostram, enfim, uma longo cardápio de crimes violentos a serem consumidos instantaneamente. Ou seja, mostram os fatos que são reconhecidos como crimes de forma a impor tal determinação como natural e imutável. Mostram cenas que impressionam pela crueldade dos atos ou por outros motivos; casualmente, fatos exatamente parecidos com as cenas daquelas de filmes americanos, altamente violentas e sanguinárias, onde os bandidos e criminosos são idolatrados tamanha a vulgarização e banalidade da violência na atualidade.
Assim, basta atentarmos para a postura esbravejante e forçada dos apresentadores para perceber que tais programas nada fazem a não ser amedrontar e exercer uma completa alienação sobre as pessoas que estão em casa e desejam comprar um produto televisivo qualquer, como forma de entretenimento. Por outro lado, as pessoas que dedicam tempo a dar audiência a tais programas acabam internalizando aquilo que é mostrado sem qualquer observação crítica ou questionamento. Como resultado de toda essa doutrinação sensacionalizada, muitos crimes de tamanha relevância são deixados de lado; ou seja, acabam não sendo impostos como crime e completamente omitidos frente ao grande público de forma que seus atores jamais são taxados e, muito menos, vendidos como criminosos!
De todo o exposto, não fica difícil perceber a verdadeira lavagem cerebral que a televisão costumeiramente realiza nas pessoas. Por exemplo, as equipes de reportagem não vão com seus carros, microfones e câmeras fazer coberturas sobre os atos criminosos protagonizados por pessoas que detém poder político ou econômico. O empresário pode sonegar à vontade, assim como os bancos podem roubar por meio de seus juros exorbitantes e as empreiteiras podem superfaturar milhões de reais; então, a mídia não dá a mínima atenção necessária a tais crimes! De onde surge tanta falta de ética, incoerência e omissão por parte dos veículos de informação ( Neste caso: doutrinação! )?
Vejam bem, mas se o fato for na vila, no bairro pobre ou em qualquer área de vulnerabilidade social, lá estará a ( o ) repórter com se terninho bonitinho passando a matéria enquanto o apresentador protagoniza um verdadeiro ato falsário de uma encenação completamente despreocupado com o real contexto dos fatos e das reais condições sociais e econômicas das pessoas envolvidas! Tiro de armas de fogo, agressões de toda a sorte, linchamentos, estupros, assassinatos e outros são crimes que vendem mais do que qualquer produto barato, no mercado. Daí a presença fundamental da televisão ( Inclusive por meio da invasão de filmes violentos no mercado cinematográfico! ) na aculturação consumista de tais produtos!
Por fim, a convulsão em que estamos inseridos é vendida, sempre, da mesma maneira! Os ladrões, bandidos e assassinos são determinados de antemão; possuem tom de pele e classe social definida! Merecem toda a punição exemplar para que não voltem a cometer delitos! Por outro lado, outros ladrões são mencionados por sua situação profissional. Não são criminosos, mas empresários que sonegaram impostos! Não são traficantes de drogas, mas fornecedores de "drogas" sintéticas! Assassinos são mencionados pelo nome de sua família ou cargo que ocupam, mas, jamais, pelos crimes que praticam. E assim seguimos um caminhando sem rumo, ao encontro de uma forte doutrinação vazia e inconsequente que tende a santificar os criminosos de "cima" e a crucificar os criminosos de "baixo".


quarta-feira, 10 de junho de 2015

Da crise institucional e dos hipócritas no poder!


   O momento delicado pelo qual a república brasileira passa nada nos oferece de novidades, levando – se em consideração tudo o que a história desta “pocilga exploratória” nos conta nos livros manipulados que lemos por aí. Desta forma, nosso sistema como um todo tem mostrado o quão desinteressante é, para as instituições, trabalhar pelo bem comum! Assim, os interesses pessoais daqueles que detêm o poder sempre estão acima dos reais interesses da nação, aquela que deveria receber toda a atenção do Estado.
   Neste breve texto, gostaria de falar um pouco sobre as instituições e toda a sua fracassada política do desinteresse que insiste em nos saquear cotidianamente, sem o menor pudor ou respeito. Como assim, saquear? Simples, pagamos um dos impostos mais salgados do mundo para financiar instituições corruptas e negligentes; enquanto estas mesmas, por custarem muito caro, deveriam ser mais ativas com o povo. Desta maneira, as instituições do Estado deveriam prestar um serviço, no mínimo, digno de sobrevivência para os seus cidadãos. 
    Um exemplo bem simples: o sistema político.
   Não há novidade alguma que os candidatos compram suas devidas candidaturas para representar os seus financiadores de campanha depois de vencido o pleito, deixando o eleitor "chupando bala"! Não tem nada de novo no fato de que as fontes de recursos públicos que entram por meio de impostos, tributos ou outros sejam descaradamente usadas como moedas de troca em atos de corrupção, lavagem de dinheiro  e tantos outros crimes que bem conhecemos, vulgarmente chamados de “colarinho”. Não conseguimos perceber novidades no fato de que o Estado não passa de um instrumento nas mãos dos grandes detentores do capital financeiro, que compram tudo o que o sistema corrupto pode vender.
    São apenas alguns exemplos para mostrar o quão a nação está à mercê de verdadeiros criminosos que roubam e saqueiam uma população que trabalha mais de 100 dias por ano apenas para pagar impostos. Em outras palavras: uma nação que se submete a rotinas degradantes para ganhar um miserável salário que acaba, em grande parte, indo para lixo enquanto financiador de toda a esta sujeira que nos é mostrada diariamente.
   Para atentarmos sobre o reflexo disso tudo em nosso cotidiano, basta perceber que grande maioria das indicações para cargos como secretário, ministros ou CC’s é de cunho político, sem a menor preocupação dos “líderes d$e$m$o$c$r$a$t$i$c$a$m$e$n$t$e eleitos” sobre as funções a ser desempenhadas de forma a realizar uma gestão pública eficiente. Dessa maneira, por interesses partidários e de ocasião (Incluindo todos os partidos da ordem burguesa e corporativista!), forma – se um conjunto político extremamente desinteressado com as reais necessidades da população. Ou seja, não são especialistas nos cargos em foram colocados; assim, não passam de fantoches que têm a única tarefa de resguardar posição política dentro de instituições como se fosse uns verdadeiros parasitas a serviço da pilantragem partidário – burguesa, que domina os interesses corruptos e negligentes da atualidade.

   Por fim, o sistema político brasileiro tem se mostrado aquilo que sempre foi desde a época em que o país foi invadido e saqueado pelos colonizadores portugueses e a corrupção atacou os verdadeiros donos de nossas terras, hoje dizimados pelos ratos brancos e fedorentos que controlam o sistema. Assim, resta – nos a esperança de que um milagre aconteça para que o povo brasileiro comece a andar com suas próprias pernas e se dedique a aprender com seus próprios meios de luta e de vida como limpar toda essa sujeira. Só assim para que a ratazana ( Controlada pela maquinaria suja e cega da burguesia exploradora! ) que suga e compartilha do dinheiro do povo saia de cena e, consequentemente, possamos formar instituições sérias, representativas e dedicadas, de verdade, à coisa pública.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Por um beijo...

Quantos foram os sonhos
De uma noite especial...
Meu desejo de ti por perto
O retrato de um mundo ideal!

Real de todo o prazer
Real de todo o louvor...
Querendo feliz te ver
Não importa que falte amor!

Quantos olhos trocados
Que me tremem de ponta a ponta...
Te ofereço um beijo por nada
E pros outros é “faz de conta”.

Faz de conta que não te sinto
Faz de conta que não desejo...
Mas poucos sabem o que sinto
Esqueço tudo por um beijo!


05/12/2014

quarta-feira, 22 de abril de 2015

A sua liberdade!

Buscar inspiração para escrever, na atualidade, talvez seja uma tarefa muito mais fácil do que se imagina. Como não se inspirar nas piadas contadas por hipócritas da direita fascista que clama, historicamente, por duas coisinhas básicas desde que o capitalismo é capitalismo: dinheiro e poder? Como não se inspirar nas mazelas políticas ( Enquanto escrevo estas linhas, nossa grande presidente, imbecilmente chamada de comunista por uma patota de ignorantes, acaba de aumentar as verbas para o fundo partidário em alguns milhões a mais! Ta bom assim? ) e no show de falsidades que seus atores desfilam como se fossem as estrelas principais das mais cretinas novelas da TV suja, criminosa e alienante?
Na verdade, o problema não é a falta de inspiração para escrever um texto qualquer, mas a imensa quantidade de fatos que, além de nos aguçar o espírito crítico, por vezes adormecido, nos conduzem a refletir a respeito deles. Então, podemos estar cercados por infinitas histórias que nos fazem seguir um caminho de fortes inspirações e reflexões. Mas que histórias ou fatos são esses que chegam ao nosso conhecimento cotidianamente?  De que maneira estas histórias estão sendo contadas? Mais ainda: será que podemos confiar em tudo o que nos falam pela rua? Será que podemos crer em tudo o que a imprensa vende como legítimo e tudo o que nos ensinam ao longo da nossa jornada enquanto cidadãos?
Diante de tais questionamentos, nenhuma certeza ou definição podemos ter a não ser o fato de que tal situação nos carregue por um mar de inspirações. Neste mar, não existe quem tenha a capacidade de frear as palavras e inibir os pensamentos. Assim, somos livres e corremos bem adiante dos mais facilmente influenciáveis. Não conseguimos olhar para trás e ver quem esteja atado ao senso comum e, conseqüentemente, desprovido de espírito crítico ou reflexivo.
Por outro lado, a grande quantidade de acontecimentos e fatos da atualidade pode nos fazer enganar quanto a alguns temas. Por exemplo, com tamanho bombardeio de informações falsas e comentários alucinógenos nas redes sociais, poderíamos tirar algumas conclusões errôneas por permitir influências externas ao nosso modo de pensar. Um exemplo? Dizem, por aí, que o PT é um partido comunista! Nossa, quanta generalização política! Mais um exemplo: incrivelmente, muitas pessoas afirmam com plena convicção de que o sistema capitalista não provoca desigualdades, uma vez que estas são conseqüências diretas do desinteresse dos seres humanos em evoluírem economicamente.
São apenas alguns exemplos que nos conduzem a por em prática o famoso “analfabetismo político” e o completo desconhecimento com relação ao modo de funcionamento da sociedade atual; tudo por não buscarmos uma compreensão mais profunda sobre como ocorrem os fenômenos sociais. Nesse contexto, de tantas leituras caóticas da atualidade, as pessoas só olham aquilo que desejam, e tantas distorções sociais negligenciadas, a inspiração surge como forma de libertação de tamanha gana de ignorância e alienação frente aos fatos reais que nos cercam.
Voltando, como não se inspirar nos estereótipos criados pelos desencantados para definir um determinado cidadão ou para vender determinado grupo social?  Como não se inspirar em uma rede de televisão que sonega milhões em impostos mas tem a petulância e a cara – de – pau de perguntar: cadê o dinheiro que estava aqui?
Enfim, é difícil faltar inspiração com tantas distorções a nos inspirar! Complicado não nos inspirar com tantas crises éticas e morais para nos guiar! Então, inspire – se por alguns instantes, que seja! Mas não daquela maneira tradicional onde alguém lhe introduz determinado fato e você apenas reproduz aquilo que escutou de forma cega e alienada. Inspire – se de verdade, com criticidade e reflexividade! Inspire – se com estes atributos.

No mais, tudo é liberdade!

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Uma xícara de café!

Ainda que muitas pessoas insistam em cultivar o comodismo pessoal, algumas não se esquivam da arte de refletir, debater e compartilhar posições.  Parece que a grande maioria da população está subordinada a uma ignorância que ela mesma ( a maioria ) ignora. No entanto, não me ocorre que isso seja por acaso.
No primeiro exemplo, podemos trazer como contribuição a história do Roberto, um estudante universitário que ganha a vida entregando jornais da empresa que mais monopoliza o sistema de comunicação da cidade inteira. Trata – se de um rapaz dotado de um extremo espírito crítico e reflexivo em qualquer discussão ou debate em que seja convidado a participar.
Por exemplo, costuma comparar a sua profissão ( Entregador de jornais ) com os “aviõzinhos”, aquelas pessoas encarregadas de entregar drogas nos redutos onde o tráfico de entorpecentes alimenta o vício de muitas pessoas. Assim, ao fazer esta comparação, o rapaz acaba assumindo a função da empresa que o contrata na sociedade atual: fornecer droga! Ou seja, o próprio Roberto se sente como um “aviãozinho” pelo simples fato de entregar uma droga ( O jornal ) aos consumidores ( Usuários ) diariamente.
Em contrapartida, muitos clientes ( Usuários ) da droga que Roberto entrega nem imaginam o quanto estão sendo ludibriados pela composição superficial e o conseqüente efeito que tal droga ( O jornal ) pode causar nestas pessoas. Para Roberto, certa feita ele mesmo defendeu esse argumento em um seminário na faculdade, assim como as pessoas perdem os sentidos ao consumirem muita cerveja, por exemplo, elas também comprometem os seus sentidos lendo as notícias manipuladas e vendidas como reais pela grande mídia da atualidade.
Desta maneira, os clientes dos patrões de Roberto consomem um produto que os aliena e os deixa completamente desorientados em relação aos reais acontecimentos que cercam a vida em sociedade. Nesse sentido, possuem um ordenamento “cultural” que não é capaz de ultrapassar os limites de algumas opiniões superficiais no sentido de impor a ideologia da empresa aos clientes.
Dessa forma, e isso é bastante comum no sistema capitalista ( Guloso por exploração e dinheiro! ), os patrões de Roberto são como traficantes de drogas. Agem na ilegalidade sonegando impostos e corrompendo funcionários encarregados de cobrar contribuições e impostos. Contudo, continuam vendendo a droga, cada vez em maior quantidade, atingindo um público de usuários cada vez mais amplo.
Esta droga é tão apreciada que os heróis criados por ela estão nas novelas, nos gramados de futebol espalhados pelo mundo e na pornografia generalizada dos programas de brothers que transam para o grande público como se isso fosse um nada. Tudo, parece claro, incentivado por pseudo – intelectuais e jornalistas despreparados que ganham milhões com a venda dessa droga e muitas outras que os próprios  dependentes não percebem.
Finalizando, Roberto e os clientes são faces de uma mesma moeda. O primeiro ganha um salário pífio ( Em relação ao excesso de trabalho diário! ) para entregar a mercadoria; enquanto os segundos consomem essa mercadoria em qualquer bar, nos escritórios localizados no centro da cidade e, mesmo, dentro dos seus lares. Portanto, a ilusão de que somos certos e errados são os que consomem drogas oriundas das favelas é fruto da ação e resultado de um consumo em massa da maior das drogas; aquela que corrói o cérebro, a reflexão e a possibilidade de ver um palmo a sua frente.
O que fazer?

Talvez beber uma xícara de café.

terça-feira, 31 de março de 2015

Maioridade penal e a cegueira dos que deveriam enxergar!

“Foram 42 votos a favor e 17 contra - resultado que gerou protesto de manifestantes presentes na reunião.[1]
Se pegarmos a lista dos partidos que votaram a favor da diminuição da maioridade penal, perceberemos com que tipo de pessoas estamos lhe dando! São pessoas que desejam inibir os menores que já são excluídos socialmente e talvez por isso criem suas próprias regras de conduta e costumes, inclusive o delito como forma de serem vistos. São políticos que jamais reconheceram os problemas sociais brasileiros de dentro dos seus ornamentados gabinetes regados a luxos e brilhos. São homens que interagem socialmente apenas com pessoas das classes equivalentes. Ou virão com a hipocrisia de que não existe classe social nenhuma, Karl Marx era um mentiroso, e todos são iguais perante a lei?
Tchê, 42 votos a favor !!!
São partidos de direita, conservadores[2], que acham que os menores realmente serão inibidos de realizar um crime ou, ao fazê – lo, receberão as duras penas da lei; curioso, de um Brasil sem lei. São políticos que ignoram por completo o sucateamento do sistema carcerário brasileiro, onde uma barata rouba uma galinha e sai de lá tão perigosa quanto os bandidos de colarinho branco que saqueiam o povo como se fosse uma coisa tão simples. Ora, o argumento da impunidade, por favor: desde quando um menor (Incapaz de perceber as conseqüências de seus atos!) estará preocupado com a impunidade?
Um minuto de reflexão já é o suficiente e nos leva a uma constatação muito simples: políticos corruptos ( E temos aos montes! ) não se preocupam com impunidade, imaginem uma criança de 16 anos! Assim, o sistema de representatividade que fez brilhar os olhos conservadores, fará justamente o contrário do que as leis no Brasil determinam na relação com os menores infratores. Tanto o ECA quanto a Constituição Federal buscam formas de reintegrar os menores infratores à sociedade, através de projetos pedagógicos que exigem esforços de assistentes sociais, advogados, estudantes, pedagogos, professores etc.
Por outro lado, os cegos ignoram a ausência de presídios e a altíssima taxa de criminalidade dentro das casas prisionais que ainda operam sob a negligência do Estado burguês e a “preocupação” dos magnatas que desfilam luxo no país das desigualdades sociais e da exclusão sócio/racial. Ou seja, à direita nada interessa a não ser trancafiar crianças com criminosos de longa data! Pra direita, nada interessa a não ser utilizar “sacos plásticos”, “tortura[3]” e violência para socializar os menores dentro de um crime no qual muitos desejariam sair na primeira queda frente aos aparatos repressivos do Estado.
Por fim, a exclusão que era social, passa a ser territorial! Os menores infratores jamais terão a chance de se redimir por seus delitos e jamais terão a chance de conviver de forma harmônica com a sociedade e com suas famílias. Por quê? Porque uma “muvuca” de espertos demais tratou de aprovar a união do novato com o experiente! Porque estas siglinhas direitosas (PSDB, PSD, PR, DEM, PRB, PTC, PV, PTN, PMN, PRP, PSDC, PRTB ) aprovaram a união dos assassinos profissionais com o aviãozinho do bairro ou o ladrão de bala do mercadinho da esquina! Porque os conservadores não perdem tempo em resgatar suas velhas táticas fascistas com a desculpa da impunidade...
Ora, pois, por falar em impunidade, né?!
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[1] Disponível em: http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/DIREITO-E-JUSTICA/484871-REDUCAO-DA-MAIORIDADE-PENAL-E-APROVADA-NA-CCJ.html

[2] E digo conservadores no sentido medievalesco do termo! Aqueles que acreditam que a idade média foi a “idade das luzes” e que forças extramundanas virão libertar o planeta dos extraterrestres.
[3] Qual a diferença entre sofrer as táticas de torturas operadas pelo Capitão Nascimento ou sofrer represarias de traficantes, homicidas, estupradores etc? Neste sentido, a aprovação dos “nobres” políticos caminham para aperfeiçoar ainda mais aquilo que desejam combater!

sexta-feira, 20 de março de 2015

Leiam, postagem censurada!!!!

      Gurizada...
       Tentei compartilhar o vídeo da operação escrota que ocorreu ontem, no condomínio Princesa Isabel, em Porto Alegre. Fui censurado pelo Facebook ( Ou o vídeo é proibido por estar no site da RBS?) canal escroto! Busquem o vídeo na Internet!
      Bah...ta loco!
      Engraçado, a conduta do batalhão nunca faz parte...de atos fascistas, principalmente contra os excluídos desta sociedade imunda!!
      Sempre achei que existia uma investigação para pegar o traficante direto, sem pisar nos trabalhadores, crianças e mulheres inocentes!
      Guinei seu abutre!!
      Ora, aquelas mulheres agredidas e senhoras desesperadas!
      Será que todos são bandidos e traficantes?Claro que sim, pelo menos para o Estado troglodita e imbecil! Por isso fazem o que querem, agridem quem querem, saqueiam quem querem! Estranhamente, nunca querem agredir um burguês e jamais desejam pedalar apartamentos de luxo, nos bairros nobres, onde muitos filhinhos de papai realizam festa regada de drogas (Quantidade que caracterizaria tráfico!)? 
     Tudo isso ta meio confuso...e se entram nos meus blocos (Moro na Lomba do Pinheiro, onde existe muitos "heróis de farda"), pedalam a minha porta e reviram as minhas coisas? Ora, os burgueses aplaudirão a operação cheirando um pó de muita qualidade e bebendo cerveja importada nas suas magníficas coberturas ornamentadas em ouro, mesmo sabendo que eu não sou traficante e não tenho nenhum envolvimento com drogas!
    Enfim, traficante é uma coisa!
    Pessoa inocente é outra coisa!
   A polícia não os diferencia; é, portanto, FASCISTA!!!!

segunda-feira, 16 de março de 2015

Uma burguesia descontrolada!

Uma burguesia descontrolada!
O último domingo, 15 de Março de 2015, foi marcado por atos contra a corrupção ( 1 ) em todo o Brasil. Assim como em junho de 2013 ( Tirados os devidos interesses ... ), milhares de pessoas foram às ruas protestar contra o poder e o sistema administrativo da república em geral. Neste contexto, torna – se relevante fazer algumas reflexões sobre os movimentos que ocorreram neste último domingo.
Em primeiro lugar, precisamos destacar a quantidade de pessoas que participaram dos atos de ontem. Em Porto Alegre, aproximadamente 100.000 pessoas, segundo a grande mídia ( 2 ). Ora, realmente um público bastante considerável, se pensarmos que um dos objetivos centrais dos atos era propagar um anti-petismo sem procedentes na nossa história. Assim, a desculpa da corrupção, aliada à grande mobilização de mídias que têm passado negro ( 3 )
, levou muitas pessoas a protestarem, mesmo sem saber nada sobre a manipulação a que estavam sendo submetidas. Por outro lado, muitos cidadãos encontraram argumentos coerentes para criticar o governo petista e demonstrar toda a insatisfação com o momento atual do país.
Outro ponto relevante foi o processo de mercantilização ao qual foi submetido o PT ao longo dos seus anos de existência; mais ainda, especialmente, quando o partido alcançou o poder. Assim, ao governar para as elites (Privilegiando o grande capital e não combatendo as desigualdades de renda!) e esnobar o povo no qual depositou confiança em Lula e Dilma, o PT sustenta uma burguesia que deseja cada vez mais esmagar as classes baixas, de forma a negligenciar as conquistas sociais que, ainda assim, avançaram no governo petista em relação ao governo de FHC. Neste contexto, o PT, nitidamente, vira as costas para os trabalhadores e ainda desagrada à burguesia sedenta por privilégios e parasitária. Neste contexto, podemos perceber claramente que a luta de classes caminha lado a lado com a postura corrupta do governo e a insatisfação da burguesia exploradora e mercenária.
Mesmo com todos estes problemas, acredito que Dilma ainda tem uma chance de se recuperar, o que não crio muitas expectativas a respeito. Isso porque imagino que a política do governo federal não sofrerá uma mudança considerável. Para os pobres, continuarão as migalhas e os impostos altos, o que, no final das contas, eles acabam pagando para viver! Para a classe média, permanecerá a falsa idéia vendida por propagandas consumistas e culturas insignificantes de que estamos com maior poder compra; onde, no fundo, se aprofundam ainda mais as dívidas e a conseqüente inadimplência da população.
Em contrapartida, a classe alta continuará a desfrutar de todos os lucros produzidos pela classe trabalhadora, sob os olhos de uma justiça burguesa cega que legitima e exploração das pessoas e fecha os olhos frente aos monopólios comerciais e aos preços abusivos do mercado! Aqui, sem dúvidas as instituições do Estado atreladas ao grande capital e suas contradições. Daí a crítica de Marx em relação ao estado burguês, que deveria ser extinto uma vez que não houvesse mais a luta de classes, fator determinante de sua existência!
Por fim, as mensagens deste ato de domingo deixaram claros a percepção superficial e a impressão conturbada que as elites brasileiras têm do cenário político atual. Mensagens de apologia ao nazismo constroem um universo altamente violento e de desrespeito em relação a tudo o que o nazismo fez ao longo da história.

As mortes, o derramamento de sangue e a crueldade parece que foram esquecidas em um piscar de olhos! A alienação alcança níveis estratosféricos e exita os fascistas de plantão. A crueldade também estava presente em faixas onde se pediam a intervenção militar como forma de combater o comunismo. Ora, penso que uma pessoa que chega ao ponto de dizer que o PT (Com seu governo neoliberal e burguês!) é um partido comunista, então teremos de reaprender a ler textos e realizar mais aulas de história.
1. Entendo que a corrupção foi um dos principais motivos pelos quais a grande maioria da população estava nas ruas. Neste contexto, muitas pessoas ( Com a apoio incondicional da grande mídia ... ) utilizavam este argumento para exigir a saída de Dilma do poder, como se os políticos que receberiam o cargo fossem tudo ficha limpa!
2.A participação da grande mídia nos atos públicos carece de um cuidado todo especial por parte daqueles que recebem a notícia. Por exemplo, ao criminalizar os movimentos sociais de esquerda, a imprensa costuma manipular informações e fatos de forma a desqualificar os atos, inclusive reduzindo drasticamente o número de manifestantes.
3. Nunca é demais lembrar que a grande mídia, detentora de uma cultura alienante e boçal, sempre esteve presente em golpes. Entre eles, o de 1964, onde a ditadura militar torturou e matou milhares de pessoas que se posicionavam contra o regime!

Foto: Manifestantes pedem a intervenção das forças armadas em manifestação de 15/03/2015...


terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

PT, PSDB e a República dos Magnatas!

     Não bastasse o arsenal de asneiras que estamos acostumados a ver e ler, diariamente, nas redes sociais e por meio dos suspeitos veículos de comunicação da grande mídia, algumas pessoas parecem desejar uma honra infinita ao mérito por sua falta de conhecimento ou, simplesmente, ignorância. Refiro - me a um post que circula pela rede social Facebook e, acreditem, tem um número considerável de compartilhamentos! Tal post diz exatamente isso:
     "_ Não tenho culpa, votei em Aécio!"
     Em primeiríssimo lugar, tentemos começar do início!
     Todos temos uma parcela de culpa pelo fato de o Brasil ser o que é, nos dias de hoje, isso é fato! Votar no Aécio não elimina o fato de que, antes de Lula da Silva, o nosso sociólogo capitalista ( Para os ignorantes de plantão: FHC, tucano - PSDB - tal qual o tão defendido Aécio Neves ... ) tenha dado a sua forcinha para a destruição do Brasil a ponto de ser o que é hoje em dia!
     Fernando Henrique Cardoso permaneceu oito anos mamando na presidência da "República dos Magnatas" e não me parece que tenha transformado o Brasil em um país de primeiro mundo. Muito, antes, pelo contrário: conduziu uma exacerbada postura de privatizações, reduzindo o poder do Estado. Mais ainda, trabalhou a sua costumeira política neoliberal ( Enriquecendo quem já está rico! ) e o resultado está aí: pobreza em índices ainda relevantes, educação de péssima qualidade e políticas de ( In ) segurança altamente repressivas, onde percebemos como maiores vítimas os cidadãos de baixa renda e os negros que residem nas periferias pelo Brasil a fora.
     Vamos tentar de novo? 
     "_ Não tenho culpa, votei em Aécio!"
     Ora, ainda que o PT tenha posto em prática algumas políticas públicas que beneficiaram uma parte da população miserável e de estudantes ( Ou vão querer me convencer que não tem magnata querendo arrumar um PROUNI para seus bebezinhos estudarem "di grátis"? ) votar em Dilma ou em Aécio, entendam, não vai fazer muita diferença no final das contas! Isso porque essa polarização PT/PSDB continuará trabalhando pelo imperialismo externo, pelo grande capital e, conseqüentemente, pelos patrões que escravizam aqueles que fazem a roda da história girar: os trabalhadores, o povo!
     Dessa forma, tucanos e petistas são oposição apenas em campos ideológicos e discussões teatrais promovidas pela nossa imprensa completamente parcial e manipuladora! Aécio fala tanto quanto FHC falou no passado; Dilma, tanto quanto Lula falou no passado! Então, figuras repetidas não completam esse álbum que trata do desenvolvimento do Brasil.
     Por fim, o grande papo do momento, para os cartolas, é o pagamento da dívida pública. Todos se tornam "mão - de - vaca" para alcançar tal objetivo. Tando na esfera federal como na estadual e municipal cortam - se recursos sempre daquilo que não interessa à burguesia: recursos destinados aos programas sociais em favor dos excluídos e dos mais necessitados. Sem delongas, o governador do Estado do Rio Grande do Sul ( O tal "gringo" ) é o símbolo de toda essa chuva de falácias e manipulações que nos fazem crer que um dia seremos maiores.
     Com cadeira de balanço e pernas de aço ... espero sentado!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Vinho e solidão!

Nada como o tempo
   Os sonhos e as palavras voam
      Caminham em direção ao vento...

Nada como o vento
   Que tempera e alimenta saudade
      De solidão vive o alento...

Nada como o tempero
De desejar teus abraços e beijos
E na falta disso: desespero...

Desespero por não te ter
Mesmo assim; respirar, viver!

Desespero por te desejar
Mesmo assim: não mais que sonhar!

Sonhar num dia teus traços
   Confortar com vinho e solidão
      Pra amanhã seguir os teus passos!

Sonhar a vida e crença...
   Por ser teu desejo bonito
      E quando acordar: viver esta doença!

Porto Alegre, 08/01/2015


terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Quem vai pagar a minha conta?

     Gilberto era uma camarada gente fina. Adorava jogar seu futebol aos finais de semana e trabalhava como auxiliar administrativo ( Grande tática dos porcos capitalistas para pagar uma merreca para quem já é diplomado em Administração de Empresas!) em uma empresa de cosméticos. Normalmente chegava em casa altas horas da noite, cansado ao extremo! O trabalho escravo o destroçava a cada dia! Muitas vezes, nem conseguia conversar com sua companheira sobre como foi o dia, ou mesmo perguntar se ela acreditava neste papo de "Sou Charlie" pra lá e "Sou Charlie pra lá".
     Nos últimos dias, Gilberto andava lentamente pelas ruas, cabisbaixo, e evitava determinados assuntos com determinadas pessoas. Um destes determinados assuntos era política. Dizia - se por entre os frequentadores de seus círculos que o homem não era de negar assunto, qualquer que fosse Então, andava tão cabreiro e decepcionado que nem mesmo quis conversar com os seus colegas de trabalho sobre a última façanha do cara que venceu o pleito para governador do Estado.
     Por simples curiosidade, grande maioria destes colegas de trabalho fizeram um acordo que ficara definido que todos deveriam votar no mesmo candidato para chefiar o governo aqui pras bandas do sul. Como resultado de toda essa campanha, o candidato desejado venceu de lavada o seu concorrente.
     Mas o babado era simples: o tal governador andou lançando sua contribuição para que uma " muvuca de espertos demais" pudesse ganhar um pouco mais, mesmo que nada exerçam de tão representativo assim, nos dias atuais. Ou seja, Gilberto falava em altíssimo som, para que todos pudessem ouvir:
     _ Ora bolas, não votei em capachos e incompetentes que ridicularizam seus próprios discursos de campanha com seus atos negligentes e desprovidos de vergonha!
     Sua companheira procurava o consolar lançando ensaios em tons cada vez mais críticos para que o marido pudesse refletir mais sobre o contexto. Durante a janta de uma noite qualquer, ela serviu um prato de massa e uma taça de vinho tinto ao marido. Com a voz estremecida, desatou a falar:
     _ Meu amor, até parece que você não sabe que todo esse papo de representatividade, no Brasil, é falácia de quem pede voto para representar a si próprio! As pessoas representam apenas aqueles que colocam grana preta em campanhas, comícios e outros destinos nebulosos.
     A mulher parece ter perdido a vergonha frente ao marido. Nunca teve tamanha liberdade e empolgação para discursar sobre assuntos que o próprio Gilberto jamais imaginava que ela teria capacidade. Para ele, a política seria assunto de homem, ainda que conseguisse perceber que a participação das mulheres viesse, cada vez mais, crescendo com o passar dos anos.
     Mais uma vez, voltou - se ao marido:
     _ E você não lembra a Geovana, aquela nossa vizinha bonita e inteligente, que saiu a fazer propaganda eleitoral sem saber nada das propostas de campanha daquele candidato ficha suja, mas com a certeza dos R$ 50,00 diários no bolso! Então, que representação maldita é essa? Diga - me!
     Gilberto silenciou por completo e entrou na cozinha para passar um café bem forte! Bebeu como se fosse água. E assim os dias foram passando, as horas se arrastando e cada momento se transformava numa eternidade.
     Poucos dias depois, a discussão volta com mais força entre ela e sua esposa:
     _ Gilberto, você viu o que o governador está a blasfemar neste lixo desta mídia hipócrita e manipuladora?
     O homem balançou a cabeça fazendo lentamente um sinal de negatividade.
     _ Então veja isso!
     Alcançou o jornal amassado e fedorento ao marido, que largou tudo o que estava fazendo para se inteirar do assunto. Naquele mesmo instante, ele percebeu o quanto se arrependera do seu voto! Pensou, também, em todos os seus colegas que fizeram acordos para eleger uma pessoa que não sabia o que fazer, onde fazer e pra quê fazer.
     No dia seguinte, ao chegar ao trabalho, Gilberto dirigiu - se aos companheiros com a voz rouca, em baixo tom:
     _ Vocês atentaram para o que está acontecendo no cenário político? Viram o que o gringo está fazendo sem mesmo fechar um miserável mês de governo? Pois é...
     Acomodou - se a um canto da sala e aproximou - se da janela. O escritório localizava - se no centro da cidade, de onde era possível avistar a parte superior do Palácio Piratini. Por entre pensamentos e olhos fulminantes em direção ao palácio governamental:
     _ De tantas porcarias que fiz e dúvidas que tenho: quem vai pagar a minha conta?
   

    

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Feliz Ano Novo!

             As festas de final de ano trazem consigo uma magia que contagia as pessoas de forma que elas fiquem com os sentimentos demasiadamente exaltados. Por entre goles, músicas e confraternizações, todos querem o bem de todos, assim como todos desejam sorte, saúde e paz! Por certo, também ainda é parte da cultura desejar “dinheiro”; afinal, ainda estamos vivendo sobre este sistema que explora trabalhadores, detona os resquícios de união familiar que ainda resiste em nosso meio social, enriquece os patrões e troca o sangue por interesses exclusivamente comerciais.
           No campo político, parece certo que os discursos permanecerão mais criativos, ainda que a prática esteja tão complicada quanto catar coquinho no asfalto. Os nossos “representantes” estão a tomar posse de seus cargos prometendo mundos” e “fundos”. O que esperar ? Que o novo ano melhore a situação da nossa sociedade, como se fosse o principal ator envolvido nesta engrenagem maluca que nos leva e nos traz diariamente? Tudo parece muito mais utopia do que realidade, na medida em que as mudanças dependem das pessoas e grande maioria delas não está nem interessada no que acontece fora de sua vida!
           E na segurança, saúde e educação? Pensar nisso tudo parece buscar uma loucura que ainda não possuímos, internamente. Pensar nestes três campos em um sistema como o nosso é ter a certeza de que a pólvora continuará matando, enquanto a violência expande seu campo de atuação por toda a sociedade. Vide as ramificações do tráfico de drogas, com toda a cobertura que o próprio Estado oferece! Mais?
           Percebam a farra do pó que ocorreu, recentemente, dentro de um presídio, em Porto Alegre! Também refletir sobre o problema da saúde e toda a carência de investimentos, bem como a negligência dos poderes desta devastada república nos indicam um cenário cruel, como se a vida fosse um pedaço de papel rasgado ou uma sucata qualquer! Quanto à educação, tivemos a oportunidade de ver o discurso de posse da presidente Dilma! Como sempre os eleitos costumam fazer, ela fala na educação como prioridade de sua segunda gestão. Então, questionamos: como será o tratamento dado aos professores, que merecem uma atenção infinitamente melhor, neste contexto? E as escolas, que recebem milhares de estudantes em condições precárias?
             Por fim, o que estaremos ensinando aos nossos alunos nestes dias que virão? Ensinaremos coisas inúteis, que em nada influenciará em sua formação em quanto cidadão e que muito contribui para o sistema (desigual) em vigor, ou seremos competentes para quebrar os protocolos conservadores em busca de uma sociedade realmente moderna, longe de facetas medievalescas como, infelizmente, podemos perceber nos dias de hoje?              Então, que brindemos àquilo que ainda é uma incógnita: o ano novo! Brindemos com a certeza de que a ano só será efetivamente novo se renovarmos nossas posturas e atitudes. Se pensarmos (Não apenas isso, mas também buscarmos algumas mudanças que nos pareçam necessárias...) em práticas que tivemos que não foram produtivas e por aí vai. Caso contrário, o ano será eternamente velho e continuaremos a desejar e esperar que os 365 dias vindouros vivam por nós, como se possível fosse.