Nunca
foi de minha preferência frequentar os parques ou academias da cidade e exibir
o meu porte atlético como forma da saciar o meu desejo de me achar o tal.
Sempre fui mais caseiro, daqueles que sempre cultivou a ideia de resguardar as
coisas do lar, a família e os amigos. Por falar nisso, não quer dizer que
jamais tenha saído ou frequentado boas festas nesta linda capital dos gaúchos.
Pois
que foi nesse contexto que conheci Paul: em uma festa, numa boate regada à
cerveja, drinks e de belas mulheres. Um prato cheio para o homem se achar “grande”
e colocar o seu ego e masculinidade acima de qualquer coisa. Paul sabia disso:
ter dinheiro dentro de uma boate é ter poder! E ter poder não é conquistar
alguém, é pagar para que alguém te conquiste.
Conforme
o tempo foi passando, a minha amizade com o Paul estreitou os nossos laços de
afinidade de tal forma que nossas vidas e nossas atitudes já não seriam mais
novidades a nós dois. Ele sempre adorou o poder, principalmente, quando estava
a financiar atividades sexuais com as profissionais das boates. Parecia estar
no comando de um grande império! Parecia conduzir uma nação inteira com
legitimidade sem saber que estava praticando o seu próprio autoritarismo e
fazendo gozar apenas o seu próprio ego.
Então
o jovem rapaz resolveu entrar para a política, pois imaginava que no seu
egocentrismo imperial poderia mudar o Brasil. E não é que se deu muito bem? Por
meio de falas e de relatos conspiratórios conseguiu chegar onde jamais se
esperaria. Defendia uma política séria e longe da corrupção ao mesmo tempo em
que passou por vários partidos políticos comprovadamente envolvidos com
corrupção. Nesse contexto, a questão fidelidade passa tão longe que nem mesmo
os terraplanistas a conseguiriam observar!
Paul
foi estratégico: sempre construiu um discurso contrário á situação, mas sempre
mimou seus filhotes como se a política já não fosse tão séria assim. Defendia e
idolatrava tiranos e torturadores ao mesmo tempo em que imaginava estar falando
em Estado Democrático de Direito.
Até
que um dia o Paul Ont Khu, depois de permanecer durante anos dormindo e vegetando
na Câmara dos Deputados Federais conseguiu alcançar a glória: chegou á
presidência da República! Em nome de “Deus”, do seu patriotismo e de sua dedicação
ao povo brasileiro continuou a viver o seu conto de fadas com o poder.
Contudo,
trocou as boates pelos ministérios. Trocou uma vida desregrada por uma vida sem
regras. Assim, acabou vivendo tudo o que vivera há tempos atrás nos dias de
hoje. Ou seja, o seu ego estava acima de tudo ao mesmo que dizia que apenas Deus
estaria acima de tudo.
Por
fim, Paul Ont Khu, desde cedo, foi obcecado pelo poder. No final das contas,
chegou até lá mamando nas tetas de um povo condenado á miséria. Exerceu sua
autoridade de deputado trilhando por solos imundos da corrupção, inclusive
passando mais de uma vez por uma das legendas mais criminosas do país: o PP. Ou
seja, seu ego permitiu que o governo federal fosse transformado nas suas boates
de outrora. Hoje, não importa se o ministro é competente ou não!
Tal
qual antigamente: não importava se a menina era boa, bonita, ou não! Bastava um
canetaço que tudo se resolvia. Na atualidade tudo se repete, como diria Marx.
Apenas muda o contexto: o que Paul Ont Khu fazia em uma boate, hoje o faz sem
escrúpulo algum dentro do reduto mais importante do Brasil: o Palácio do
Alvorada.
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