domingo, 26 de junho de 2016

Vamos brincar de polícia e ladrão?

Em primeiro lugar: fraternosos abraços, caros amigos e leitores! Vamos a mais uma coluninha neste nosso tão querido Blog do Gui! Sejam muito bem - vindos!
Frequentemente, no condomínio em que resido, fico a observar talvez a principal brincadeira das crianças que moram ali: “polícia e ladrão”. Crianças correm por entre carros e blocos com uma arma de brinquedo em punho; os que representam a polícia perseguem os que representam os ladrões, e assim vai por longo tempo! Atiram uns contra outros com uma ingenuidade que só o futuro os fará perceber! Pá!Pá!Pá! O ruído dos tiros entonados pela voz dos menores chama a atenção até mesmo de quem reside nos apartamentos mais acima, como é o caso deste que aqui escreve.
Então, comecei a refletir sobre a minha infância, algumas aninhos atrás. Existia essa brincadeira? Claro que sim, não apenas existia como era uma das diversões mais desejadas pela criançada. Essencialmente, a brincadeira “polícia e ladrão” era a mesma que as crianças fazem no meu condomínio, com a grande diferença de que não existia a arma de “fogo”. Corríamos uns dos outros, por entre carros, e nos escondíamos nos limites estabelecidos em apenas uma quadra. Não havia tiro qualquer, precisava - se apenas que a polícia tocasse no ladrão para que o mesmo fosse preso em uma cela fictícia que criamos no pátio da minha antiga residência.
Era uma brincadeira bastante interessante e exigia que estivéssemos aptos a correr, a ficar atentos e a agir com rapidez. Sim, éramos crianças e aprendemos isso em algum lugar! O crime, a polícia e o ladrão. As crianças do meu condomínio são o que eu fui durante a minha infância! Além de outras brincadeiras e esportes, como o futebol, o taco, o esconde - esconde, existia o “polícia e ladrão”!
No entanto, por que somos socializados de forma com que brincadeiras que nos conduzem a realidades extremamente negativas no futuro, como é o caso da “polícia e ladrão”, estejam tão presentes? Lembro de uma época em que era permitida a venda de armas de brinquedo: um revólver, uma pistola…
Atualmente, a criminalidade está tão presente que, acreditem, muitas pessoas cometem delitos com armas de brinquedo, talvez a mesma utilizada na brincadeira de “polícia e ladrão” de outrora! Daí, como separar uma infância inocente de uma realidade que colhe aqueles mesmos frutos que plantamos no passado? Parece claro que não quero fazer, aqui, uma distinção entre pessoas.
Neste texto, o que desejo é mostrar que crescemos sobre a influência das armas, da violência e da postura que minimiza a importância do ato de viver! Lotamos as salas de cinema para ver sangue, aprender quem são os heróis e precisamos sair de lá com a consciência de quem deve ser fuzilado ou morto! Ou seja, precisamos absorver quem são os bandidos!
As crianças brincam: Pá! Pá! Pá! Uma espécie que crime de homicídio ingênuo onde sempre se perde uma vida. Afinal, qual a função de uma arma de fogo que não tirar a vida de uma pessoa? Mas tudo não passa de brincadeira e precisamos entender que sim, muitas brincadeiras são o futuro, ou será que algum leitor nunca brincou de ser médico, policial ou vendedor?
Enfim, as brincadeiras de “polícia e ladrão” deixam de ser diversão para se tornar algo sério, dependendo da situação, com o passar do tempo. Muitas pessoas resolvem adentrar ao mundo nebuloso da criminalidade por algum motivo. Mais ainda, muitos entram para ser policial e acabam virando ladrão, num exercício de contradição que ninguém poderá explicar, muito menos julgar. Assim, cabe a cada cidadão refletir sobre o que se fez, algum dia, para evitar o encontro entre a infância e a adolescência com as armas, os tiros e a violência em geral. Caso contrário, poderíamos ter a certeza de que estamos completamente perdidos em relação à sociedade que nós mesmos estamos criando.

Foto:

Brincadeira ou uma triste realidade?

sábado, 4 de junho de 2016

Trabalhe, não pense! Seja mão - de - obra e não questione!

Trabalhe, não pense! 
Seja mão - de - obra e não questione!
Ontem, tive uma das melhores aulas desde que penetrei nos certames acadêmicos para aprofundar e conhecer mais sobre as ciências humanas, em especial, as Ciências Sociais e o Direito, meu atual e empolgante campo de estudos. Tal aula tratava sobre a intervenção do Estado na sociedade.
Meu desejo de contribuir com o leitor essa troca de conhecimentos surge como resultado de um processo que se caminha para um retrocesso de extrema relevância no campo educacional. Assim, surge como meta do governo atual e, em certa medida, já se encontravam nos governos anteriores, fazer com que se esgote todas as possibilidades de reflexões sobre a sociedade atual. Não importa o quão desigual ela seja! O meta é fechar os olhos das pessoas para que ela não consiga compreender como se desenvolve o processo históricos de saques do povo por parte do Estado, com a participação fundamental daqueles grupos que detém o poder econômico.
Nesse sentido, o encontro de ontem possibilitou um debate sobre a obra de Adam Smith, “A Riqueza das Nações”, de 1776. Tal obra nos coloca diante de duas questões de extrema importância, mais ainda se contextualizarmos com os dias de hoje. Vejamos: existiria, mesmo, uma ordem natural, de forma a harmonizar os interesses de todos? Outra questão: qual o fundamento de defender a não intervenção do Estado na economia?
É certo que questões como estas chamam a atenção para uma discussão que termina num pensamento crítico sobre os modelos atuais de funcionamento da sociedade. Principalmente em relação ao Estado, quem detém o poder sobre todas as relações que vivemos em sociedade.
Quando o governo fala: não pense em crise, trabalhe! Ele está desejando que a nossa ignorância continue enchendo o bolso daqueles que já possuem fortunas, corrompem o sistema político e provocam a catástrofe social que vivemos hoje. Assim, não há como negar que a concentração de imensa parte do capital nas mãos de poucos é dinheiro parado, sem a menor cirulação! E dinheiro parado é desigualdade, desemprego, exclusão, aumento da criminalidade etc…
Durante esta mesma aula, busquei um debate contribuindo com algumas passagens de “O Capital”, do grande pensador Karl Marx. Foi o que faltava para que as discussões ganhassem uma maior projeção na realidade e os pontos e contradições do sistema atual aparecessem com nitidez. Pois é essa discussão que o governo atual deseja quando fala em escolas “Sem partido”!
Conseguiram perceber a relação? Os partidos que desejam tal processo de distanciamento com a realidade, são os partidos que compõem a ordem hegemônica do capitalismo e todo o seu potencial instinto destrutivo. São partidos corruptos em sua essência, e cretinos na sua aparência, nada fazem pelo real combate a um sistema fortemente desigual.
São esses partidos que defendem os interesse daqueles que estão na parte superior. Smith diria que “A Riqueza das Nações” estaria amparada no atendimento aos interesses dos grandes proprietário e comerciantes. Então, aplica - se este pensamento nos dias de hoje; ou seja, o sistema exploratório domina como sempre o fez!
Então, o que mudou desde àquela época até os dias de hoje?
Não importa! Segundo o governo dos corruptos que golpeou um também antecedente governo corrupto, devemos estudar para trabalhar e não para mudar o que está errado. Por que o que está errado para a imensa maioria está certinho para aquele minoria de sempre!

Por fim, essa discussão toda sobre o Estado Liberal levou a uma reflexão toda minha, particular, portanto: será que continuaremos com uma das maiores cargas tributárias do mundo, mesmo quando o Estado se ausentar ao máximo com a privatizações e outras posturas desses ( Des ) governos que virão?

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Por onde andam aqueles que berravam contra a corrupção?!

Olá caros leitores! Tudo na santa paz? Vamos a mais uma coluninha, então!
Hoje quero escrever um pouco sobre a empolgação dos pilantras, que, por hora, lambuzam - se com um chocolate tão açucarado quanto o poder da República dos facínoras. Quero convidar o leitor a refletir sobre aquela galera que mostrava preocupação e se manifestava contra as falcatruas que alimentam o nosso processo político! Não é por acaso que aquela reunião dos ratos que votaram pelo afastamento da presidente, em nome de Deus, rendeu camisetas da CBF, patinho da FIESP e moralistas bradando de todos os cantos do país contra a corrupção.
A grande mídia, com todo o seu estilo moralista e medíocre, prefere continuar afirmando que Dilma está fora por ser impopular!  Um colunista da Zero Hora ( Este verdadeiro câncer jornalístico! ) não consegue engolir a existência de um golpe, mesmo que tenha diversas gravações nas quais as maracutaias eram tramadas para tirar Dilma do caminho! Quem precisa de uma imprensa como essa?
Pois que, ultimamente, tenho dormido mais tarde em virtude de alguns fatos que me deixam um tanto preocupado. Por exemplo: onde andam essas pessoas que tanto batiam panelas e ocupavam redutos burgueses de tantas capitais do país? Por que não existe um acampamento dez vezes maior na Goethe, aqui em Porto Alegre, se a luta era contra a corrupção e tudo começa a ficar mais claro com as sucessivas gravações que chegam cotidianamente ao público por meio de vazamentos um tanto suspeitos?
São questões que nos colocam à frente de um fato principal: o silêncio dos moralistas nada mais é do que o inconsciente apoio à corrupção generalizada no sistema como um todo! Esta corrupção jamais foi o motivo real dos manifestos e das paneladas! Comprova - se pela postura de amigos e conhecidos que todo o barraco foi armado, na verdade, para derrubar Dilma e o PT. Isso é muito claro, basta ver que não se posta mais o rosto de Sérgio Moro como herói nacional! Não aparecem mais aquelas postagens que diziam “É contra todos ( A luta contra a corrupção)”. Os  milhões, pasmem, de Cunhas, onde andam?
Por incrível que pareça essa galera ainda busca refúgio nas investigações contra Lula, nos confiscos em relação à família de José Dirceu. Perceberam, sempre a luta se intensifica quando se trata dos corruptos que pertencem ao Partido dos Trabalhadores! Outro exemplo: qual dos defensores do impedimento de Dilma tem postado sobre as tais pedaladas fiscais? Ninguém! Literalmente, a galera desapareceu!
Os corruptos que derrubaram a presidente o fizeram justamente porque o governo da presidenta Dilma estava atrapalhando os negócios. Veja bem, nenhuma facção criminosa consegue trabalhar com alguém investigando suas investidas! Em contrapartida, o peso caiu sobre Dilma, que foi afastada do cargo que conquistou por maioria absoluta da população brasileira! Quanta vergonha falta!
Pra piorar a situação, aparecem os oportunistas de toda a sorte que apoiam o governo ilegítimo de Temer, comprovadamente ficha suja, mas aplaudido por conseguir tomar o poder do PT. Que baita conquista, não?! Tanta conquista, que esse governo interino está mudando radicalmente o processo de governo e dizimando muitas conquistas que o governo do PT realizou ao longo dos anos de governo! Não basta construir um governo machista, burguês e branco: precisa - se destruir benefícios sociais e assaltar os direitos trabalhistas, para citar apenas dois exemplos!
Enfim, caminhamos sem rumo. Ou melhor, rumo a um buraco sem rumo! O presidente interino já está a bater na mesa esbravejando contra manifestações que ocorrem contra seu governo. Sua esposa, a recatada e do lar,  já chora de preocupação! Imaginem os milhares de brasileiros que já começam a se sentir prejudicados por esse governo ilegítimo e golpista?

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Minha seletividade boçal!


Saudações companheiros e trabalhadores do mundo! Vamos a mais algumas letrinhas jogadas neste tão distante e polêmico blog!
Confesso que tenho andado consideravelmente angustiado com os recentes acontecimentos que têm deixado até mesmo o mais otimista dos brasileiros preocupados. Não bastasse os recentes fiascos dentro dos gramados de futebol ( O maior “pão e circo” nacional! ), também estamos protagonizando um primitivismo político sem precedentes na história dessa verdadeira colônia de exploração chamada Brasil. Hoje, nosso país é uma piada prontinha para os cafés e restaurantes dos países desenvolvidos.
De todos os lados, roubalheira, bandidagem e ações políticas tão imbecilizantes quanto a própria existência de nossa classe política. Neste contexto, fico a me perguntar qual a finalidade do nosso sistema representativo? A quem cedemos o nosso voto de confiança? Por que entregamos tanto nossa vida à um Estado tão sujo e repugnante?
Ora, de tudo o que se percebe, parece que não restam alternativas a um comunista crítico como esse que vos escreve a não ser nutrir um sentimento de completo pessimismo frente a um cenário tão politicamente turbulento e eticamente repudiante.
Os fatos alcançam a velocidade da luz, e com ela, o processo de destruição em massa de recentes conquistas que custaram incontáveis vidas humanas e foram vencidas por meio de muitas lutas e sacrifícios. Estranhamente, as milhares de pessoas que destruíram Lula, Dirceu, Dilma e o PT, com o argumento de combate à corrupção, não se encontram mais tão visíveis como antes. Influenciados pelo “heroísmo” de um juiz federal, que também parece selecionar sua atuação que deveria ser transparente e isonômica, as pessoas se perdem em seus próprios argumentos! Encontram - se despidas de critérios para criticar e acabam esquecendo quais as suas reais reivindicações.
Por outro lado, assiste - se na televisão uma seletividade de notícias e títulos de reportagens tão direcionados que chega a causar ânsia de vômito! Simples assim, quanto menos conhecimento e investimento em educação, maior a necessidade de se manter educado por uma mídia que tem a pretensão de ocupar a cabeça das pessoas com manipulações jornalisticas, novelas que idealizam uma vida que não existe e programas de auditório perfeitamente descartáveis.
Assim, tenho a impressão de que somos um povo que caminha sem sair do lugar, verdadeiras marionetes de um sistema facilmente manipulável conforme os interesses das classes dominantes. Em um país em que quem manda tem dinheiro, estranha o fato de muitas pessoas buscarem o problema nas políticas sociais do governo. Culpam - se o governo por tudo de ruim que acontece, criticando o assistencialismo, ao mesmo tempo em que negam as desigualdades sociais como se fosse uma história de outro mundo.
Dias atrás, li em uma rede social algumas postagens destruindo a pessoa de Karl Marx. Confesso que não entendi o real significado destas postagens. Acho que as ideias deste brilhante pensador não incomodam por acaso. Até porque a miséria está espalhada pelas ruas da cidade! As fortunas estão cada vez mais acumuladas, tudo muito bonito! O capitalismo e sua maldita meritocracia cega corrompe cérebros e aliena as pessoas! Por quê, então, o marxismo é tão errado o ponto de muitos o qualificarem como uma espécie de doutrinação?
Não por acaso muitos trabalhadores chamaram Dilma de “vaca” e “traidora” nas redes sociais, exigindo sua saída do governo. Fizeram, pois, o jogo do patrão, ainda que o governo petista vista, como muitas vezes o fez, a camisa dos patrões para garantir a governança. Em contrapartida, minha seletividade boçal fez com que os miolos do meu cérebro discordassem da postura do atual presidente em exercício quando o mesmo nomeou bandidos para ministérios e formou um governo branco, rico e corrupto.
Mas a luta dos hipócritas não era contra a corrupção?
Claro que sim, mas apenas a corrupção que venha do PT! O resto é silêncio e falta de tempo para postagens incentivando manifestos pela ética na política. Sobre isso, aquele mesmo pessoal que fechou aquela conhecida avenida em um reduto burguês, na cidade de Porto Alegre, lembram? Aquele pessoal está desaparecido! Derrubaram Dilma e essa era a tarefa. Incrivelmente, vi analfabetos políticos usando termos como “Cunha, meu melhor bandido” e por aí vai!
Tudo extremamente lamentável para os padrões que desejamos para um país de futuro melhor! O bandido bom, sempre foi o bandido morto! Mas calma, claro, depende do bandido! Enquanto isso, essa minha seletividade boçal...

domingo, 24 de abril de 2016

Tiros no Cristo Redentor.

                                                                  “Violência da favela começou a descer pro asfalto
Homicídio seqüestro assalto
Quem deveria dar a proteção
Invade a favela de fuzil na mão
Eu sei que o mundo que eu vivo é errado
Mas quando eu precisei ninguém tava do meu lado
Errado por errado quem nunca errou?
Aquele que pede voto também JÁ matou”

                                                                                                                            MV Bill 
Saudações queridos amigos e leitores!
No texto de hoje, gostaria de falar um pouco sobre a recentíssima troca de tiros entre policiais da Brigada Militar e criminosos, aqui em Porto Alegre, e sobre a criminalidade em sentido mais amplo. Tal acontecimento se deu na tarde da última sexta - feira em frente ao Hospital Cristo Redentor, zona norte da cidade, e resultou na morte dos quatro criminosos envolvidos e deixou dois policiais baleados (1).
É claro que tal ocorrência não anula a violência cotidiana que estamos vivendo, mas impressiona pelas imagens do tiroteio, bem como a fotos dos mortos vagando pelas redes sociais. Assim, a sensacionalização do sangue, do crime e da morte faz as pessoas acharem tudo aquilo bonito como se fosse um filme de ação americano. Enquanto isso, policiais colocam suas vidas em risco em uma troca de tiros com jovens que não tem nada a perder. 
No entanto, gostaria de tecer alguns comentários sobre o que percebo sobre a criminalidade e a grande guerra que se instala entre facções rivais, aumentando o número dos homicídios entre os jovens e, conseqüentemente, dilacerando famílias. 
Em primeiro lugar, me sinto culpado e impotente por ter de vivenciar essa violência, fazer parte dela e me sentir vítima ao mesmo tempo. Na verdade, é muito fácil para as pessoas dizerem: "Bem feito! Tem mais é que matar mesmo!" (No caso citado acima, do tiroteio!) ; "Quem bom, deixa que se matem entre eles!" (Sobre troca de tiros e homicídios entre facções rivais!). No entanto, as pessoas esquecem que vivemos em sociedade e nossas trocas cotidianas podem ser afetadas a qualquer momento. O valor que damos à vida pode se perder em um tiroteio, mesmo que sejamos inocentes e uma bala perdida perfure nossa cabeça! Ou seja, compartilhamos relações com uma infinidade de pessoas com perfis diferentes. Entre eles estão, sim, a polícia, os traficantes, os sonegadores de impostos e os políticos corruptos etc...
Assim, percebo que muitas pessoas não se interessam pela sociedade! Estão presas em suas casas, em seus quartos, com seu consumismo individualista. Isso é o que importa! Não interessa o resto, basta que se esteja bem consigo mesmo. Não importa em quem se vai votar porque os políticos "são todos ladrões"! Que se dane, o cara não tem emprego porque não estudou! Ora, como se houvesse emprego em abundância e faculdade de graça pra todos.
Infelizmente, as pessoas só pensam em si mesmas. Só pensam socialmente na hora de comprar algo de valor para sustentar seu ego consumista, mesmo que a compra não sirva pra nada, basta que impressione a classe de amigos e cause inveja nos demais familiares que não possuem as condições necessárias para adquirir tal posse de valor. Então, como pode uma pessoa ignorar o resto da sociedade e só abrir a boca para falar quando episódios tristes como o tiroteio acima acontecem? Como pode as pessoas não sentirem culpa? Grande maioria odeia a política, mas depois quer cobrar moral dos "representantes"?
Como funciona isso, queridos?
Aqueles valentes policiais só queriam voltar para casa, abraçar suas esposas e ver seus filhos! Saíram vivos, mataram em legítima defesa, ainda que em certas imagens seja perceptível a execução a sangue frio! Aqueles jovens, maioria com antecedentes criminais, só queriam concretizar seus crimes sem ser pegos: acabaram perdendo a vida, por não temerem à própria morte! Nada tem de bonito nisso, a não ser àqueles que cultuam a sanguinária e criminosa indústria da morte por meio do sensacionalismo midiático e cinematográfico!
Então, enquanto escrevo este texto, é possível que mais policiais estejam em risco! Enquanto escrevo este texto, é possível que algum jovem tenha sido assassinado, mesmo na condição de vítima de assalto ou de bala perdida em troca de tiros. Em conseqüência, enquanto escrevo este texto, o crime está avançando, e o Estado punindo apenas o derramamento de sangue e não atacando o ponto central de todo o sistema.
Não concordo com a afirmação de que quando um bandido atira em policial está atirando na sociedade! Isso porque a sociedade não está espelhada na figura do policial. Este é um verdadeiro herói, pois arrisca - se de todo o possível para combater um crime que seus próprios superiores, o Estado, não deseja combater! Um policial é uma espécie de peão armado, que não pode saber exatamente à quem está garantindo a ordem e fazendo cumprir a lei! É um cidadão desvalorizado frente a um sistema nojento que treina para matar e não educar! Uma troca de tiros que resulta na morte de quatro jovens abafa muito mais do que os milhões em dinheiro vivo que os bandidos de terno e gravata saqueiam do povo, diariamente. Ou seja, verdadeiras fortunas que deveriam ser empregadas em um sistema carcerário eficiente, um sistema educacional onde a Escola tivesse mais força que a rua etc...
Como costumo dizer em rodas de conversa: os tiros que arriscam vidas a todo instante, tanto por parte da polícia como por parte dos criminosos, e que põem a sociedade em risco sempre, não passam da ponta de um "iceberg" em relação à forma estrutural da segurança pública e dos interesses estatais. Enfim, os policiais tiraram quatro criminosos da rua, impedindo que pratiquem novos delitos, mas jamais vão combater a criminalidade pelo simples fato de isso não ser interesse deste Estado que sustentamos com o suor do nosso trabalho e à custa de muito esforço. 



quarta-feira, 20 de abril de 2016

Sobre o golpe circense, em nome de Deus.

Saudações meus queridos leitores e leitoras, caríssimos amigos!
O circo armado para que os ratos pudessem tomar o poder, na Câmara dos Deputados, causou vergonha nos brasileiros. As dedicatórias inúteis de votos, completamente fora de contexto em relação àquilo em que se estava julgando, tornou aquela casa legislativa num verdadeiro circo! Tiririca era apenas um das centenas de outros palhaços desprovidos do menor escrúpulo possível que blasfemavam naquele ambiente sujo e desprovido de senso do ridículo.
Hoje, o brasileiro deveria sentir vergonha! Mas não vergonha desse circo que sempre foi o nosso parlamento. Vergonha de si mesmo, por deixar de lado a política, deixando suas vidas e seus futuros nas mãos de ratos fedorentos e corruptos que controlam esse Estado que jamais será uma nação. Hoje, os brasileiros deveriam sentir vergonha de ouvir tanto o nome de Deus em vão. O que pensarão durante suas orações? Lembrarão daquele espetáculo circense, onde as aves de rapina oravam em favor de interesses políticos e individuais, esquecendo quaisquer interesses do povo em proveito de coligações partidárias oportunistas, bestas, golpistas e traíras?
Questões que nos fazem refletir sobre o que pretendemos para o nosso país. Algumas pessoas defendem a imediata realização de eleições gerais. No entanto, como fazer isso se a classe continuará a mesma, com suas aves de rapina pronta para dar o bote e se melar com o poder? Como realizar novas eleições se os corruptos ainda legislam em nome da "democracia", completamente impunes? O cabeça da farsa, Eduardo Cunha, já negocia com os golpistas uma forma de abrandarem os seus crimes! Parece uma piada, queridos, mas não é! Parece - me que jamais mudaria alguma coisa se nesse sistema sujo não realizarmos uma reforma radical em todo o processo político, no Brasil.
Por outro lado, por incrível que pareça, muitas pessoas acabaram legitimando o desejo dos ratos ao acreditarem que a desestruturação do país é culpa de Dilma e do seu partido, o PT. Se fosse, o que os parasitas do PMDB fizeram durante todo esse tempo em que foram "aliados" de Dilma? Na realidade, são alianças de momento e extremamente oportunistas para buscar o poder, corromper o Estado e saquearem um povo trabalhador e sofrido! Completa vergonha, digna de ser apontada por jornais internacionais em forma de humor! Repito: o brasileiro deveria se envergonhar!
E o mais grave disso tudo, é que parte das elites brasileiras ( Ou seus capachos! ) saíram às ruas com as cores verde e amarela exaltando os seus bandidos favoritos. Cunha é herói nacional, não importa os milhões que recebeu de propina e suas tretas no parlamento! O ódio em relação ao governo do PT, propagado diariamente por uma imprensa nojenta e sem créditos quaisquer, fez com que as pessoas refletissem sobre a possibilidade de aplaudir bandidos! Isso é complicado, porque depois vão berrar quando um meliante rouba sua carteira no centro da cidade.
Repito: por isso e mais algumas coisas que o brasileiro deve se envergonhar! Envergonhar de legitimar as pedaladas fiscais como crime de responsabilidade, mas apenas contra Dilma! Se envergonhar de aplaudir bandidos que não possuem a menor credibilidade moral para estarem onde estão! Então me dirão: mas foram eleitos por voto popular! Mesmo é? E como funciona isso, o brasileiro votaria em um bandido? Claro que sim, a prova esteve à mostra no último domingo, sob a proteção de Deus!
Finalizando, queriam tirar Dilma a todo o custo, parece que obtiveram sucesso. Agora, resta saber se os moralistas vão bater panelas contra Temer, que já projeta vender o Brasil, ou contra Cunha, o verdadeiro Sr. Presidente, o cabeça do golpe. Ainda acho, por mais que corra o risco de errar, que o problema era a afronta do governo Dilma às elites, com os seus programas sociais em benefício de uma classe mais dependente do Estado. Então, caros amigos, vamos percebendo que aquele papo de bandido bom é bandido morto não passa de mais uma mentira deslavada, uma vez que sabemos que, no Brasil, bandido tem roupa, tem cor, tem profissão, tem distinção geográfica etc...
Que pena, que lamentável! Enquanto isso, em nome de Deus: seguimos!


sábado, 16 de abril de 2016

Nesse formato, É GOLPE!

Não votei em Dilma, e também tenho muitas críticas ao seu governo! Entre elas, a principal: fazer as vontades dos golpistas enquanto estes ainda eram "amiguinhos da onça", ou aliados! Lembrem-se que em nosso ultrapassado sistema político ninguém consegue governar sozinho; ou seja, ou se cede aos ratos ou se morre na praia, como acontece nesse momento em relação aos golpistas Temer e Cunha. Assim, acho que as pessoas devem se informar o mínimo para entrar em uma discussão mais profunda!
A quem serve o impedimento?
Temer era vice, não seria cúmplice de Dilma em todas essas acusações infundadas e erros de governo que lançam à presidente?
Quem está por traz desse processo sem a menor legitimidade?
Como ficará o Brasil na mão dos ratos?
São questões que merecem ser consideradas, principalmente em um país que deseja combater a corrupção. Reparem que nos últimos anos, governo Lula e Dilma (PT), nunca se investigou, cassou e até prendeu tantos corruptos no Brasil, inclusive (Impressionante!) do próprio PT. Mas,estranhamente, as ruas (Elites que disseminam um anti-petismo, influenciados por uma mídia altamente manipuladora, esquizofrênica, hipócrita e golpista, por motivos alheios à corrupção!) não conseguem reconhecer. Por exemplo, aqui no Rio Grande do Sul, o desejo era tanto de tirar o petista Tarso Genro que hoje muitos eleitores se arrependem de ter votado em um desrespeitoso governador chamado Sartori.
Esse pronunciamento da presidente me parece coerente e bem fundamentado! A situação se agrava na medida em que os derrotados tentam incendiar as massas com deboches, bolão do "impitima" e outras bobagens que só tiram a credibilidade do eleitor brasileiro.
Ainda assim, define - se como golpe um processo em que os cabeças são investigados por corrupção, enquanto nada se prova contra Dilma. Sem dúvida, a meu ver um golpe! Não seria caso as acusações fossem verídicas e graves e, pior ainda, se pudessem ser investigadas por um Congresso idôneo, sério e representante das verdadeiras necessidades de um povo.
É a minha posição...
Desejo: que Dilma permaneça com os olhos dez vezes mais abertos e zele pelos seus milhões de votos e não pelos interesses golpistas que estão em jogo. Negociar com bandidos como Cunha, Temer e outros ratos apenas alimentam os interesses que vão contra o Estado Democrático de Direito!
#NãoVaiTerGolpe
Vejam o vídeo com o pronunciamento da presidente Dilma!

https://www.facebook.com/pt.brasil/videos/1025207007565674/?pnref=story

Impressões de um primeiro Júri.

 Saudações meus queridos amigos e leitores! No texto de hoje, gostaria de compartilhar com os senhores as impressões que tive enquanto observador de um Júri popular que aconteceu na 1ª Vara do Tribunal do Júri, Foro Central, aqui na nossa amada Porto Alegre.
Primeiramente, gostaria de agradecer ao grande Advogado Criminalista e brilhante tribuno Jean de Menezes Severo pelo convite que me possibilitou presenciar tal julgamento e, conseqüentemente, compartilhar essa humilde experiência nas linhas que seguem. Em segundo lugar, ainda que este tenha sido apenas o primeiro de muitos outros júris que virão durante a minha dedicada e incansável caminhada, gostaria de dizer que me senti impotente diante daquela situação. Por fim, tive a impressão de que todos aqueles estudantes que ali se encontravam não fariam de outra maneira a não ser absolvendo o réu.
O caso era de um jovem sem pai, negro, que morava no bairro Restinga, aqui na capital dos gaúchos. Este jovem estava sendo acusado de assassinar o seu cunhado com 5 tiros, na acusação da Promotoria. Estranhamente, um deles teria sido desferido na região do órgão sexual da vítima, por ter o crime como resposta a uma possível "cantada" sobre a esposa do réu, em uma festa regada e bebedeira, música, churrascada etc...
Então, caros amigos, imagino impossível julgar sem ter uma compreensão completa do conteúdo que se encontra nos autos. A Promotoria, enquanto fazia suas apresentações e dedicações, dirigiu - se aos jurados agradecendo o bom trabalho que ambos vinham realizando juntos. A saber, Promotoria e jurados, em parceria, condenando.
Neste contexto, duas questões me vieram em mente: a) Os jurados teriam conhecimento dos autos, ou condenariam porque vinham fazendo " um bom trabalho" junto à promotoria?; b) Poderíamos dizer que réu já entrou naquele tribunal condenado?
Gostaria de compartilhar minha impressão sobre a segunda questão: sim!
O réu já entrou naquele tribunal condenado. Quando a promotoria fez considerações sobre o bairro Restinga, não hesitou em relatar a alta periculosidade do bairro em virtude da violência e a conhecida e considerável taxa de homicídios naquela região. Acreditem, isso influencia na decisão dos jurados. Assim, precisamos lembrar as questões sociais, os estigmas e os preconceitos que estão ao lado de fora do tribunal, construídos socialmente!
Por outro lado, toda acusação fora amparada em dois pontos: uma única testemunha ocular dos fatos, irmão da vítima, que estava presente no julgamento e a atitude da mãe e deste mesmo irmão da vítima quando no momento do plenário do Júri. Ou seja, ambos não conseguiram assistir a seção até o final. A mãe porque estava visivelmente emocionada, sem condições de permanecer naquele ambiente e o filho (Irmão da vítima, testemunha que teria presenciado o crime.) porque saiu aos gritos de revolta, quebrando tudo à sua volta, inclusive alguns seguranças do Foro.
Quanto aos jurados, uma visão um pouco mais antropológica, e as disciplinas do curso de Ciências Sociais me ajudaram muito nesse quesito, percebi certo desinteresse durante os debates. Parecia que a fala inicial da promotoria e seu trabalho com o júri já tinham posto fim àquele julgamento. Mais ainda, quando a defesa argumentava, era visível a condição de "obrigação" em que aqueles jurados se encontravam.
Assim, respondendo à segunda questão; humildemente, não posso crer que os jurados tenham lido com prudência, dedicação e atenção os autos do processo. Não estou julgando certo ou errado a postura do júri, até porque, naquele situação são pessoas do povo, tal qual os nossos representantes políticos e assim se faz uma democracia.
Por fim, me senti impotente naquele júri. Parecia que eu estava assistindo um jogo de futebol que já estava definido desde o começo o seu placar! Parecia que aquele jovem já havia entrado no tribunal com a condenação de 16 anos de prisão pela prática de um homicídio qualificado. Assim, fico pensando como o será o próximo júri em que estarei observando. Haverá, nele, um trabalho entre promotoria e júri para condenar o réu? Ou teremos uma situação em que a defesa seja levada a sério, como deseja um Estado Democrático de Direito, onde existe, sim, a possibilidade da plenitude de defesa?



quarta-feira, 30 de março de 2016

Não atender uma criança: conduta absolutamente reprovável!

Saudações guineanas gente! Tudo na santa paz? 
Tudo tranquilo?
Escrever qualquer coisa sobre a conjuntura política brasileira seria uma loteria onde não houvesse um vencedor. Na medida em que todos perdem com um sistema tão sujo e ultrapassado, como sempre, fica a população à mercê dos homens oportunistas, corruptos, de terno e poder, de crimes e artimanhas para escapar de condenações etc...
Na verdade, amigo leitor, o que me traz a esse teclado, nesta noite de quarta – feira, é um profundo desejo de escrever sobre a minha total desaprovação à conduta completamente desumana de uma pediatra, aqui, na nossa amada Porto Alegre. Percebam, caros amigos, que o fundamentalismo político chegou a tal ponto que uma “profissional” negou atendimento a uma criança pelo simples fato de sua mãe pertencer a um partido político no qual a dita pediatra desaprovava por completo. Acreditem: a criança poderia morrer se sua situação fosse mais grave!
Logo que tal notícia se espalhou, os representantes das entidades médicas vieram a público se solidarizar com a conduta ( Acreditem, pois é verdade![1] ) e também para criticar a postura da pediatra que negou tal atendimento. Posiciono – me entre estes últimos, por alguns dos motivos que passo a colocar:
A) Entre os direitos sociais garantidos por nossa carta maior[i][2] em seu artigo 6 º estão a saúde, a proteção à maternidade e à infância. Logo, como pode um código de ética estar acima da Constituição Federal? Segundo o presidente do SIMERS ( Sindicato Médico do Rio Grande do Sul ) a pediatra deveria se orgulhar do seu ato, que desrespeitou a carta constitucional em um dos artigos mais importantes, colocando em risco a saúde de uma criança indefesa e inocente;
B) O artigo 5 º do Estatuto da Criança e do Adolescente ( ECA )[3] determina que nenhuma criança será objeto de qualquer forma de negligência ou discriminação, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. Ora, a pediatra acobertada pelo presidente do SIMERS violou completamente tal artigo, onde negou atendimento a uma criança por questões de discriminação política e negligência.
C) Por último, gostaria de reproduzir aqui a posição do presidente da Associação Médica do Rio Grande do Sul ( AMRIGS )[4], com a qual dedico inteira aprovação: “ O médico deve ser isento, não pode se importar com cor, religiosidade, inclinação política”. Ou seja, a situação se torna ainda mais grave quando se está tratando de uma criança. Assim, ainda coloca o presidente da AMRIGS: “ Faltou respeito como o paciente”.
Finalizando, é claro que existem muitas outras causas que me levam à reprovar a conduta de uma pediatra que nega atendimento a uma criança por motivos políticos / ideológicos de sua mãe. Neste breve texto, expus apenas algumas delas para que possamos refletir sobre a questão da responsabiliade que envolve uma profissão tão nobre como é o caso da medicina. Assim, o argumento de que a relação com o paciente seria contraditória nada mais é do que um argumento sem sustentação na realidade, uma vez que uma criança não possui discernimento para discutir sobre questões políticas ou afins. Neste contexto, importante reafirmar que a conduta da pediatra foi completamente desproporcional e desumana, uma vez que violou o principal direito de um ser humano: a saúde!





sexta-feira, 25 de março de 2016

O golpe do busão!


Não existem dúvidas de que não vivemos apenas no meio de criminosos chamados ladrões de galinha como também tecemos nossa valiosa confiança em diversos golpistas que utilizam do poder de um cargo público ou de um status econômico para praticar crimes. Dessa maneira, tais golpistas não temem em mentir, descaradamente, para que seus crimes sejam concretizados e seus objetivos alcançados, mesmo que com a opinião pública manipulada, a justiça apagada e um aparato de fiscalização estatal embriagado!.
Refiro - me à última parceria criminosa entre a Prefeitura de Porto Alegre e as empresas que prestam um péssimo serviço no que se refere ao transporte público, na mesma cidade. Neste contexto, o aumento abusivo no valor das passagens ( Que, no momento em que posto este texto, foi proibido pela justiça! ) estaria amparado no argumento de que estaria entrando em funcionamento uma nova frota de veículos novos. Mais ainda, tal frota estaria completamente equipada com ar - condicionado, principal argumento para justificar tal aumento.
De fato, o golpe do busão é um crime que já vem sendo praticado por um bom período de tempo, sempre amparado pelo silêncio da lei e pela parceria inseparável do poder público com as empresas que, de forma absolutamente estranha, conseguem vencer licitações para prestar este precário e desumano serviço. Dessa maneira, os golpistas aplicam o verdadeiro "conto do vigário" para conquistar o apoio da população e, assim, conseguirem êxito nas suas práticas ilegais. Por exemplo, personagem eleito, de alta patente, veio a público afirmar que todos os novos coletivos que entrariam em circulação quando no início do assalto (Diga - se no momento do aumento no valor das passagens!) estariam equipados com ar - condicionado.
Em contrapartida, tudo não passou de mais uma inverdade, entre tantas, que o poder público adora desfilar na imprensa como forma de justificar coisas injustificáveis! Assim, todos já estão pagando caro para continuarem esmagados (Lembrem - se: os coletivos são substituídos, jamais acrescentados! ) enquanto o calor insuportável torna a sensação de uma verdadeira sauna coletiva, onde o suor escorre e as pessoas acabam se sentindo mau.
Um fato interessante de ser pensado é que esse tipo de crime não é visto como tal. Quando se rouba um celular no centro da cidade, a opinião pública, com aquela conhecida ajuda da imprensa medíocre, se revolta e deseja a morte do ladrão! Por outro lado, os olhos sanguinários dos justiceiros alienados se fecham para este tipo de crime; ou seja, a partir do argumento de que " não podemos fazer nada " ou " é assim mesmo" acabam legitimando o golpe do busão, um crime que atinge toda a classe de cidadãos que perdem boa parte do seu tempo trabalhando para sustentar uma máquina pública ineficiente, oportunista, golpista e criminosa!

Por fim, o golpe do busão esta aí! E, por incrível que possa parecer, as pessoas que ousam a fazer manifestações contra esse tipo de golpe são taxados de " vagabundos ", " desocupados" e " vândalos "! Ou seja, os próprios prejudicados não aceitam que determinado grupo de pessoas lutem para que aquilo que os prejudicam seja extinto. Por este viés, a própria população acaba legitimando este crime, uma vez que desvia seus olhos sanguinários para os moradores de rua e os meliantes que furtam pequenos e insignificantes objetos e são repelidos a golpes de fuzil, pistola etc...

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Um casal imperfeito e a mediocridade social!

Passar alguns dias na praia, curtindo as férias, e vivendo sob a guarda de uma natureza linda pode ser, não apenas um momento de prazer e descanso, mas também uma oportunidade importante para a realização de um exercício de observação sobre o que nos rodeia. Por exemplo, a mediocridade social que nos consome nos dias atuais  tende a definir o que é certo e o que é errado! Mais ainda, a mediocridade social tende a dizer como devemos nos vestir, como deve ser a estrutura de nossos corpos, como devemos utilizar nossos corpos etc...
Mas a mediocridade social vai muito além: ela tende a tomar forma e a se propagar através de pessoas que, como se fossem "a última bolachinha do pacote" (Utilizando – se de termos altamente populares!), resolvem abrir mão de cuidarem de si próprias para cuidarem e tecer comentários difamantes sobre a postura, os modos de agir e, por fim, da vida das outras pessoas! Neste texto, escrito direto das belíssimas naturezas da praia da Guarda do Embaú (SC), a mediocridade social será resumida à figura de um casal jovem. Caminhemos aos tristes fatos!
Então chega o casal!
Ele, com tatuagens espalhadas ao longo do pelêgo e um corpinho de 15 no supino reto! Ela, siliconada na parte superior, completamente negligenciada na parte inferior! Isso tratando-se, brevemente, dos atributos físicos, os que mais importam, por certo, em nossa sociedade movida por traços apenas de aparências. Sabemos como as pessoas devem ser esteriotipadas em uma sociedade medíocre: os homens devem ser saradões e elegantes! Por outro lado, as mulheres devem ostentar peitos grandes e bundas empinadas no Facebook. O resto?
No entanto, caso qualquer pessoa não apresente estas características estará, de certa forma, excluída dos padrões de beleza da nossa estrutura social vendida como ideal. Claro, como tenho dito, as pessoas são definidas pelas suas aparências e jamais pelas suas assências!
Então, o casal de que trata esse texto é o exemplo mais puro do que seja a mediocridade social. Ele se achando o bonitão, a todo o momento, de pé e olhando os arredores na esperança de que todos os tratem como o centro das atenções! Ela, toda loirinha, ajustava a todo o momento o biquini na parte superior; claro, muito mais para mostrar as " marcas" do que realmente para ajustar a peça à formas "esculturais" do corpo tido como ideal pela sociedade que vive de aparências!
Mas não basta tais atitudes de exibicionismo fútil para que a mediocridade social representada neste casal venha com força! Precisamos atentar para as suas falas, troca de relações entre seu grupo de amigos (Constituído por mais quatro pessoas.) ou apenas a troca de relações entre ele e ela. Ou seja, são as relações de sociabilidade deste casal que vão denunciar o quão a mediocridade social está presente em nossas vidas.
Neste contexto, esse exercício de observação me fez perceber que muitas pessoas, se colocando em nível superior, se acham com legitimidade para criticar as formas corporais de outras pessoas, bem como falar mau das pessoas de dentro do próprio grupo. Ou seja, o casal que se achava "o rei da cocada preta" (Ele metido a forte e ela se achando a gostosona!) passava seu precioso tempo falando dos atributos corporais dos outros e das attitudes das pessoas que caminhavam ou frequentavam a praia, naquele momento! Daí a medíocridade social: legitimado por uma sociedade que vende apenas aparências dadas como "perfeitas", este casal propaga a ideia de que apenas eles são bonitos e elegantes! O resto é o "veterano" que não pode ter tatuagens ou a própria amiga que estava falando "merda"! E daí por diante, citando apenas dois exemplos!

Por fim, este casal condenava a tudo e a todos, mas sempre às escondidas! O casal (Im)perfeito falava baixo e condenava as outras pessoas aos cochichos! Ao pé do ouvido, utilizavam de suas "belezas" superiores para buscar defeitos em outras mulheres e homens, pois assim sobrevive uma sociedade medíocre e de aparência! Logo, o bombado de 15 Kg no supino reto e a gostosona mantida artificialmente tendem a ser axaltados como um casal perfeito. Porque perfeição é forma e jamais conteúdo!

sábado, 30 de janeiro de 2016

Dos medos que tenho!

Prezados cidadãos! 
Estimados leitores e aventureiros que, por falta de opções, estejam a navegar por este blog!
Ainda era agosto do ano passado quando coloquei a última postagem nesse canal de comunicação. O tempo, este "maledeto" necessário, que insiste em atuar com força e adiantar nossas vidas, foi curto o suficiente para que eu pudesse dedicar atenção a este tão importante e, outrora, valorizado Blog do Gui.
No entanto, muitas coisas vieram acontecendo desde agosto de 2015 até hoje, data em que pretendo retomar com mais frequência as atividades neste blog. Neste texto, diante de tantos fatos alarmantes e de tanta hipocrisia por parte da sociedade, de modo geral, desejo compartilhar com os leitores um pouco dos meus medos! Sim, porque hoje em dia o que as pessoas mais gostam de fazer é exibir seus corpos sarados como se fossem dignos de medalha de ouro; adoram ostentar a aquisição de bens materiais como verdadeiras conquistas, mesmo que oriundas de operações ou ações ilícitas! Gostam de exaltar suas qualidades, claro, sempre positivas! Por exemplo, abrimos o Facebook e adentramos ao paraíso, ornamentado com cervejas importadas e diversões de toda a sorte! Não há tempo ruim, as pessoas são todas ricas, cheias de saúde, de corpos esculturais e biquinhos fotogênicos cinematográficos. 
Neste contexto, não se fala ou se comenta sobre as dificuldades da vida e os medos, inevitáveis em uma vida regrada por normas e sistemas desiguais em uma sociedade tão precária como a atual. 
Pois é sobre alguns medos que carrego de longa data que desejo escrever nestas breves linhas, até para quebrar esta falácia de que os seres humanos são perfeitos e desprovidos de problemas em suas vidas, como imensa quantidade de pessoas tentam, falaciosamente, passar através das redes sociais e interativas. Sem me deter muito aos aprofundamentos que me conduzem aos medos que colocarei, farei referência a apenas três deles: o medo da sociedade, o medo da polícia e o medo dos governos.
Em primeiro lugar, tenho muito medo da sociedade, justamente por ser ela desigual e ignorante. Desigual dentro de uma conjuntura que possibilita tal colocação: a conjuntura capitalista, onde poucos acumulam fortunas e milhares não possuem nada. Ignorante porque a sociedade não sabe, e é perfeitamente treinada para isso, o que realmente acontece nos bastidores daqueles que determinam seus rumos e definem suas diretrizes. A sociedade é ignorante por apenas um motivo: ela paga, e caríssimo, para não se incomodar! Com certeza, o que nos parece inútil uma vez que pagamos um dos maiores impostos do mundo e os problemas sociais só aumentam!
Em segundo lugar: o medo da polícia! Neste caso, além de traumas de infância, ( Época em que eu era menor de idade e, mesmo assim, tomava chutes e tapas de brigadianos com certa frequência em abordagens truculentas! ) a atualidade tem mostrado, cada vez mais, que o poder de punir do Estado tem ultrapassado as barreiras do aceitável, se é que um dia foi aceitável! Hoje, a polícia treina para atirar, violentar e matar conforme o contexto em que está inserida! Moro em um bairro tido como perigoso, daí o meu medo! Mais uma consideração: em última análise, a polícia serve para legitimar e garantir a continuidade das desigualdades vestindo a camisa do Estado! Simples assim, um motivo significativo para ter medo!
Por fim, tenho medo dos governos! Por motivos óbvios, os governos não representam ninguém! Pior que isso, os governos apenas utilizam a máquina pública, sustentada pelo suor do povo, para resolver problemas pessoais através de uma sujeirada que fica impune e, muitas vezes, longe do conhecimento da população. Se pensarmos que o sistema de governos cria leis e normas apenas para resolver os problemas do próprio sistema e dos próprios governos teremos a mais absoluta certeza de que a população estará para sempre desamparada e governada por verdadeiros bandidos, oportunistas e interesseiros!
Enfim, tive a oportunidade, neste breve texto, de compartilhar apenas três dos meus medos. Se me dão licença, preciso correr para outras redes sociais; desta vez, para tirar fotos na frente do espelho da academia e fazer biquinho em um selfie no banheiro de casa. Afinal de contas, o importante é vender o impossível: a ideia de que vivemos em um mundo de maravilhas e de igualdades!