quinta-feira, 28 de agosto de 2014

O racismo no futebol.


Mais uma cena de racismo, desta vez  protagonizada por uma mulher, na Arena do Grêmio, mancha os nossos gramados com o preconceito, a falta de respeito com o próximo e um ato de verdadeira covardia. Mais uma vez, um ato de tamanho primitivismo vem para demonstrar o quanto o ser humano ainda carece de um sentimento de fraternidade em relação aos demais cidadãos, bem como com a sociedade, de forma mais ampla.
Na noite de hoje ( 28 / 08 / 2014 ), goleiro do time do Santos, que veio a Porto Alegre para enfrentar a equipe Grêmio pela Copa do Brasil, foi ofendido por uma mulher, que já tem seu rosto estampado pelas redes sociais e provavelmente deverá responder criminalmente por seu ato ridículo e criminoso. No entanto, parece difícil acreditar que ainda existem pessoas com este tipo de postura tão irresponsável e excludente.
Casos semelhantes também têm acontecido pelos gramados de todo o mundo, onde a discriminação racial parece ser uma doença na qual muitas pessoas não conseguem se livrar. Mais ainda, acabam colocando terceiros em situações constrangedoras pautadas pela falta de respeito e pela indiferença. Como uma mancha histórica que jamais será apagada, o preconceito e o racismo vulgar da atualidade nada mais são do que uma criação de um passado sujo, que envergonha cada passo que o homem já deu em busca deste desenvolvimento forjado que estamos acostumados e “comprar” por aí!
Falando especificamente em futebol, um esporte tão acompanhado pelos quatro cantos do mundo, chega a ser patética a forma como muitos atletas são tratados pelos torcedores rivais ou adversários. As ofensas parecem cada vez mais banalizadas pelo grande público e, ao mesmo tempo, completamente negligenciadas pelos órgãos responsáveis por manter a ordem das coisas. Essa falta de um tratamento cordial faz com se alimente nas pessoas um sentimento de tristeza e indignação. Por exemplo, muitos gremistas já estão lançando variadas notas de repúdio contra este verdadeiro ato criminoso da torcedora, que foi até a Arena para chamar o goleiro adversário de “macaco”.
Neste contexto, não podemos admitir que casos como este continuem acontecendo. O racismo tem de ser levado a sério pelas autoridades e deve ser punido com rigidez para que, num processo mais rápido possível, seja completamente excluído da cultura de muitas pessoas hipócritas e medievalescas que ainda o cultivam! Tanto nos gramados espalhados pelo mundo quanto em qualquer lugar da sociedade, o respeito ao próximo precisa ser a regra para a manutenção de uma sociedade harmoniosa entre os seus cidadãos.
Por fim, o racismo não pode mais ser tolerado pela humanidade! Todas as pessoas são extremamente iguais, independentes de quaisquer atributos físicos ou outros... Todos temos os mesmo direito e deveres! Todos somos a mesma coisa, somos seres humanos dotados de razão suficiente para respeitar as outras pessoas. Razões suficientes para afirmar que esta mulher cometeu um ato criminoso  e lamentável! Merece, portanto, a punição que a lei lhe reserva!

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

A mercantilização da política e do sistema social.

Esta semana iniciou a campanha eleitoral no rádio e na televisão. Candidatos de todas as legendas apresentam suas "propostas" de forma a convencer um eleitor politicamente ignorante e desacreditado em relação ao sistema político no Brasil. Casos de bandidagem envolvendo "representantes" viraram tema central, em contraposição dos reais projetos de governos que os candidatos podem apresentar ao grande público.
Por outro lado, temos a posição fiasquenta e ridícula de uma grande mídia que desrespeita alguns candidatos e manipula informações conforme os seus interesses e, conseqüentemente, os interesses da grande burguesia que controla as finanças do país. Neste sentido, me parece complicado falar em representatividade, até porque, os cidadãos só o são nos momentos em que algum pleito se aproxima. 
Neste ínterim, precisamos perceber que a nossa democracia não é aquela que valoriza as necessidades reais da população, mas sim é a democracia exercida em nome de um sistema corrupto e negligente que visa única e exclusivamente passar a mão na cabecinha das elites. Mais ainda, entender a injeção de dinheiro privado em campanhas políticas e em propagandas partidárias nos leva a perceber quem são os representados nas instituições que deveriam ser do povo. Ou seja, se o grande empresariado financiar campanhas, ele estará representado de forma "democrática" nas instituições. Por outro lado, os partidos que representam as minorias, já demasiado excluídas socialmente, e não dispõem de recursos financeiros para fazer frente ao grande capital, serão derrotados e, conseqüentemente, estarão submetidos aos interesses dos grandes financiadores da política, que controlam o sistema todo através de seus pesados investimentos.
Como disse anteriormente, não podemos falar em sistema democrático, no Brasil. É inegável a desconexão de uma Constituição Federal dita democrática sendo falseada em um território reprimido pelo poder imperialista e monopolizador do Estado. Ora, não podemos esquecer que muitos ativistas ainda estão sendo investigados, caluniados por meio de provas forjadas, e processados pelas polícias deste sistema repressor por terem participado das manifestações que denunciaram tanto vandalismo político, no ano passado.
Não bastasse tudo isso, a questão da obrigatoriedade do voto talvez seja o principal motivo pelo qual podemos ter certeza de que não somos um país democrático. Aqui, o voto é obrigatório, e isso já é o suficiente para que os cidadãos se sintam coagidos a fazerem o que não querem, mesmo que as instituições controladas pelo grande capital o denominem "cidadão" (Patético, ato de votar como um exercício da cidadania!) o ato de votar.

Por fim, as campanhas voam pelas ruas, pelas ondas de rádio, televisão e internet. Os partidos com menos recursos, que não conseguem sequer pagar uns R$ 50,00 diários a um panfleteiro qualquer, terão de doar muito mais sangue. Terão de viver praticamente na utopia de vencer esta grande mercantilização de todo o sistema social que existe hoje.