Não
há dúvidas de que vivemos um momento de grande turbulência política, onde a
fome insaciável por poder e dinheiro faz com que os nossos “representantes” se
tornem verdadeiros vândalos, no sentido midiático do termo. Desta forma, além
de explorar o povo, impondo-lhe tributos de toda a sorte, a classe política tem
citado, cotidianamente, o termo “democrático” para ocultar verdadeiras
políticas de agressão, repressão e exclusão, no cenário brasileiro atual.
Toda
a “propaganda partidária” ( Cada um vendendo o seu peixe, sempre! ) vende a impressão de que deseja combater
algo. E isso acontece desde as grandes invasões e chacinas provocadas pela
chegada dos brancos europeus nas Américas. No entanto, o discurso tradicional
dos partidos é justamente o contrário de um mesmo partido quando no poder. Por
exemplo, a postura da presidente Dilma em relação ao desenvolvimento de
determinados fatos no Brasil atual.
Todos
sabem que a atual presidente e seus camaradas utilizavam táticas e
conhecimentos de guerrilhas para combater a repressão naquele nebuloso e
violento contexto em que os militares de tudo faziam em nome do progresso. Ou seja,
enquanto era oposição, tudo valia em nome da “luta” por justiça e igualdade
social! Sim, vamos morrer por uma sociedade justa! Vamos pegar em armas pela
igualdade social. Por outro lado, os dias de hoje revelam o que acontece quando
o poder é assumido: o discurso se perde, no tempo! A pessoa que sai da esquerda
( Se é que algum dia foi, realmente, de esquerda! ) e vai pra direita não volta
mais.
Não
se governa pelos que necessitam, mas por aqueles que roubam os recursos de um
país de forma legitimada, por meio de leis e normas garantidas em constituições
direcionadas. Refiro – me aos grandes empresários que atuam no Brasil,
injetando dinheiro em campanhas eleitorais buscando um retorno imediato e
também às grandes corporações multinacionais, verdadeiras exploradoras de mão -
de - obra barata e peleadoras na arte de conseguir lucros instantâneos.
Contextualizando,
ainda que hoje muitos continuem a dizer que vivemos em uma democracia, isso não
me parece correto, por inteiro. Primeiramente, porque a referência que temos
para viver nesta tal democracia é a própria ditadura militar, que assassinou,
reprimiu, torturou e expulsou muitos cidadãos do Brasil. Ou seja, não podemos
ser tão simplistas, uma vez que democracia requer um entendimento bem mais
amplo.
O
que podemos perceber hoje é um país que cede, cada vez mais, aos grandes
capitalistas e que têm o Estado corrupto, mercenário e políticos bandidos em
suas mãos, não pode buscar uma igualdade social, ainda que venda tal termo a
preço insignificante na mídia burguesa e suas propagandas inúteis. Logo, não
podemos falar em democracia. A grande maioria dos que sustentam todo o sistema
são os mais fracos, os não representados politicamente; então, os mais
negligenciados pelo poder público.
Por
fim, pensando em uma força de real oposição a tudo o que estamos vivenciando, talvez
seja o momento de as esquerdas se unirem por uma causa e lutar com todas as
forças em busca do seu projeto de sociedade mais justa e igualitária. As
desavenças partidárias e as discussões improdutivas precisam ceder ao debate produtivo
e a organização de ações efetivas. Quanto ao momento atual, penso que os ares
de 64 começam sair de trás do armário; mais ainda, depois que Dilma ( Ontem
combatente do regime e hoje componente deste mesmo regime! ) anunciou que não permitirá bagunça ( Diga – se
: manifestações ) e convocará o exército para atuar durante a invasão dos
capitalistas ao Brasil, nos jogos do mundial de futebol.