quinta-feira, 29 de maio de 2014

A unificação das esquerdas e o cenário atual.

Não há dúvidas de que vivemos um momento de grande turbulência política, onde a fome insaciável por poder e dinheiro faz com que os nossos “representantes” se tornem verdadeiros vândalos, no sentido midiático do termo. Desta forma, além de explorar o povo, impondo-lhe tributos de toda a sorte, a classe política tem citado, cotidianamente, o termo “democrático” para ocultar verdadeiras políticas de agressão, repressão e exclusão, no cenário brasileiro atual.
Toda a “propaganda partidária” ( Cada um vendendo o seu peixe, sempre!  ) vende a impressão de que deseja combater algo. E isso acontece desde as grandes invasões e chacinas provocadas pela chegada dos brancos europeus nas Américas. No entanto, o discurso tradicional dos partidos é justamente o contrário de um mesmo partido quando no poder. Por exemplo, a postura da presidente Dilma em relação ao desenvolvimento de determinados fatos no Brasil atual.
Todos sabem que a atual presidente e seus camaradas utilizavam táticas e conhecimentos de guerrilhas para combater a repressão naquele nebuloso e violento contexto em que os militares de tudo faziam em nome do progresso. Ou seja, enquanto era oposição, tudo valia em nome da “luta” por justiça e igualdade social! Sim, vamos morrer por uma sociedade justa! Vamos pegar em armas pela igualdade social. Por outro lado, os dias de hoje revelam o que acontece quando o poder é assumido: o discurso se perde, no tempo! A pessoa que sai da esquerda ( Se é que algum dia foi, realmente, de esquerda! ) e vai pra direita não volta mais.
Não se governa pelos que necessitam, mas por aqueles que roubam os recursos de um país de forma legitimada, por meio de leis e normas garantidas em constituições direcionadas. Refiro – me aos grandes empresários que atuam no Brasil, injetando dinheiro em campanhas eleitorais buscando um retorno imediato e também às grandes corporações multinacionais, verdadeiras exploradoras de mão - de - obra barata e peleadoras na arte de conseguir lucros instantâneos.
Contextualizando, ainda que hoje muitos continuem a dizer que vivemos em uma democracia, isso não me parece correto, por inteiro. Primeiramente, porque a referência que temos para viver nesta tal democracia é a própria ditadura militar, que assassinou, reprimiu, torturou e expulsou muitos cidadãos do Brasil. Ou seja, não podemos ser tão simplistas, uma vez que democracia requer um entendimento bem mais amplo.
O que podemos perceber hoje é um país que cede, cada vez mais, aos grandes capitalistas e que têm o Estado corrupto, mercenário e políticos bandidos em suas mãos, não pode buscar uma igualdade social, ainda que venda tal termo a preço insignificante na mídia burguesa e suas propagandas inúteis. Logo, não podemos falar em democracia. A grande maioria dos que sustentam todo o sistema são os mais fracos, os não representados politicamente; então, os mais negligenciados pelo poder público.

Por fim, pensando em uma força de real oposição a tudo o que estamos vivenciando, talvez seja o momento de as esquerdas se unirem por uma causa e lutar com todas as forças em busca do seu projeto de sociedade mais justa e igualitária. As desavenças partidárias e as discussões improdutivas precisam ceder ao debate produtivo e a organização de ações efetivas. Quanto ao momento atual, penso que os ares de 64 começam sair de trás do armário; mais ainda, depois que Dilma ( Ontem combatente do regime e hoje componente deste mesmo regime! )  anunciou que não permitirá bagunça ( Diga – se : manifestações ) e convocará o exército para atuar durante a invasão dos capitalistas ao Brasil, nos jogos do mundial de futebol.

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