terça-feira, 31 de março de 2009

O colapso na educação.

Em tempos de confrontos diretos entre professores e alunos - conforme vem informando com certa frequência a mídia - julgo necessário um breve comentário sobre a seguinte questão: O que é, e para que serve, a educação - hoje - no Brasil? Pergunto com o intuito de puxar-mos um reflexão acerca dos últimos episódios quem vem deixando a sociedade assustada. Qual seja: a violência escolar, o desinteresse público pela educação e o afastamento cada vez maior da família em relação ao ensino dos alunos. Podemos perceber a complexidade do tema e a dificuldade para se chegar a um consenso.
Ora, não chega a ser novidade o desinteresse público pela educação. O Estado não se vê na obrigação de manter um alto padrão para as escolas públicas de todo o país. Quando falo em escolas públicas, quero dizer a "Comunidade Escolar": professores, alunos, familiares destes e outros agentes que participam de forma direta, ou indiretamente, do processo educacional no país. Há, nesta problemática, dois lados opostos que se confrontam mutuamente.
O primeiro deles é composto pelo Estado - que é representado - na figura do Professor. O professor, na verdade, representa uma instituição que não lhe dá o mínimo suporte para que suas tarefas sejam executadas de forma minimamente necessárias. Desde o salário - que julgo ser o alicerce de toda uma combinação de elementos (Vontade, dedicação,esforço...) - até o investimento em precessos político-pedagógicos diferenciados o setor público deixa a desejar em todos os aspectos. Por outro lado, e não de menos importância, aparece a família que oferece um tipo de educação que a escola jamais conseguirá oferecê-lo. É aquele ensino de princípois básicos que orientará a educação das pessoas durante todo o processo de vida escolar e assim por diante. Talvez seja a falta deste tipo de educação que esteja contribuindo para acelerar o colapso pelo qual a educação brasileira está enfrentando. Por fim, e ainda neste contexto da família, queria citar o distanciamento dos pais em relação às tarefas escolares dos filho. A falta de integração deles às mesma tende a enfraquecer e isolar ainda mais as atividades exercidas na escola.
Em síntese, o Estado e a Família precisam trabalhar mutuamente para oferecer uma educação de qualidade - que é um direito de todos. Caso contrário, - como acontece atualmente - daqui a pouco estaremos diante de civilizações pré-históricas desenvolvendo-se por cima de uma "dita" civilização.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Não vou nada bem...

Caros amigos:

A cabeça flutua como se estivesse agindo sem a ação da gravidade. Não consegue organizar o pensamento para desenvolver qualquer espécie de texto - um verdadeiro pecado. Por isso permitam-me abandonar este recinto para recolher-me à cama para escutar o jogo do Grêmio contra o São Luís (Ijuí) - pelo campeonato Gaúcho 2009 - , que acaba de começar. Mas, caro leitor, não precisas ficar preocupado comigo. Está tudo muito bem, tirando a tela do computador que dança sem parar - de um lado para outro - na minha frente como se fosse uma passista de escola de samba. E, antes que eu dance na frente do teclado vou saindo de cantinho para que nada de pior aconteça.
Deixo aqui meu abraço e sinceras desculpas por não estar habilitado - pelo menos no momento - a dar o meu ar da graça! Mas amanhã estarei aqui, sem falta!
Até amigos!Tudo de bom!
Fui!

domingo, 29 de março de 2009

Yeda X Democracia

Não sei qual seria o conceito de Democracia hoje em dia.
Participação? Direito de escolha? Dever de voto, como diz a Constituição da República? Sem dúvida é um assunto que mereceria muitas páginas de textos e argumentos para debater este assunto - que é sempre tão polêmico. Mas o que me traz a tal tema foi a última perifécia democrática - talvez a maior em toda história do Estado do Rio Grande do Sul - feita pela governadora do Estado. Todos sabemos que os governantes são eleitos democraticamente pela maioria absoluta dos votos dos cidadãos que fazem parte da sociedade. Isso é o cume da democracia! Vencer conquistando a confiança da maioria para exercer uma atividade pública! Portanto, é de se esperar que todo o cidadão que viva da política concentre toda a sua atenção nos preceitos democráticos da sociedade e suas escolhas.
Mas, não bastasse o anterior ato punitivo - sem falar das pauladas levadas pelos professores em manifestações dos soldados da ditadura - do corte do ponto dos servidores da educação agora a estrela de Yeda volta a brilhar como uma atitude antidemocrática e sem o menor bom senso para com a escolha da maioria. Trata-se da escolha daquele que será representante do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul (MP-RS) pelos próximos dois anos.
Em uma lista tríplice escolhida pelos membros da instituição e votados internamente constatou-se o seguinte: Dr.Mauro Renner - atual Procurador-Geral do Estado - 69,68% dos votos; Dra. Simone Mariano da Rocha (41,84%) e Dr. José Tulio Barbosa (7,26%). Este resultado seria encaminhado à governadora do Estado, a quem caberia escolher quem seria o representante. Por menos democrática que seja uma escolha, o bom senso sempre leva à maioria, pois é sempre ela que domina as escolhas e as vontades de todos. Portanto, não haveria dúvida de quem seria o escolhido: aquele mais votado. Aquele que vinha desempenhando um papel de destaque no comando da Instituição - o que viria a comprovar os resultados da eleição interna. Mas adivinha? A governadora agride a escolha democrática da maioria e escolhe a segunda colocada no pleito. Mas por quê? Não há justificativa! Só pode existir alguma espécie de contato político ou algo do tipo por trás. Faltou bom senso à governadora, que - cada vez mais - tem se mostrado autoritária. Algo está errado. A constituição precisa de atualizações para se evitar que o executivo - que não entende nada da gestão interna de outras instituições - continue a jogar a democracia de lado e a ignorar a maioria.
Acordai RS!Se tiver um ditador, pelo menos que seja gaúcho de nossa terra!

sábado, 28 de março de 2009

Retorno à Pré-história.

Todos sabemos que, desde os primórdios, esperar sempre fez parte da nossa vida. Os homens pré-históricos, por exemplo, esperavam por dias para obter uma caça produtiva ou para conseguir um lugar tranquilo para habitar. Mas os tempos mudaram, e muito. Hoje em dia é possível eliminar muito da perda de tempo que se tem para que a vida siga de maneira mais produtiva e rápida. Nesse aspecto, a tecnologia - cada vez mais avançada - consegue contribuir de maneira significativa com a sociedade. Mas alguns setores da mesma ainda não conseguiram se adaptar a esta evolução. Poderia citar aqui o caso dos bancos, por exemplo: leis foram colocadas para evitar longas filas e para que o atendimento fosse rápido. A pergunta: será que adiantou? Claro que não, ainda existem diversas filas nos múltiplos bancos espalhados pela cidade. Mas por quê? Ora, basta ver pela mídia que - não raramente - aparecem notícias sobre os lucros dos bancos (...os maiores nos últimos tempos...). Parece claro, e não precisa ser nenhum especialista na área para saber, que os lucros aumentam conforme se diminui em investimento em serviços. Ou seja, se os bancos contratassem mais funcionários com certeza não haveria fila nenhuma e os lucros diminuiriam muito pouco em relação aos já obtidos ao longo da história - satisfação a gregos e troianos.
Assim também - e era aqui que eu queria chegar - funciona com as empresas de transporte coletivo. É impressionante que quanto mais se paga pela passagem - um roubo de 4,60 (pois quem vai precisa voltar) - mais se espera no sol das duas ou das três por um ônibus que quase não chega! Mas por quê? Pelo que eu afirmei antes, a questão do lucro. Mas o cartão tri? Ora, pra que fazer o pobre cobrador trabalhar? Precisam de desculpas para não aumentar gastos com futuras contratações e aumentar os lucros. Ou será que os seguidos aumentos das passagens - que ocorrem todos os anos - são revertidos em serviços?
Por fim, penso que um dia a busca desenfreada pelo lucro acabará com a tecnologia. Ao contrário do que pensava o grande MARX - que tinha a esperança do fim do Capitalismo algum dia. Quando isto acontecer, perceberemos com muito mais facilidades que aquele homem pré-histórico ainda está entre nós e perceberemos - também - que na verdade não evoluimos em nada nesta vida.

Hasta la vista!Amigos...

sexta-feira, 27 de março de 2009

Elis, inesquecível


Caros amigos:


Não sei se as teclas não estão em boas condições ou não sei se sou eu é que estou com problemas para digitar. Bom, mas tudo se ajeita!

O assunto de hoje é rápido e saudoso. Não queria falar de política, mas ...

Trata-se de uma fotografia colocada no jornal (acima) onde mostra a Imagem de Elis Regina segurando o microfone com a mão esquerda; e a mão direita, como se estivesse exaltando alguém,aparece erguida! Mas então, caro leitor, você deve estar se perguntando: "E o que é que isto tem a ver com política?". Então, amigo, lhe respondo: nada! É que o cérebro humano é movido a lembranças! Quem não vê, as vezes, qualquer imagem - na rua, no shopping, em casa, no carro - e lembra-se de um filme que passou em sua vida? Pois é! Ninguém escapa, a lembrança vem para todos. Mesmo que seja sem querer. Não existe aquela história: "Não quero lembrar!Que eu erro também!", pois só o fato de citar este verbo, lembrar, já estamos lembrando. Pois é exatamente isso que agora acontece comigo!

A posição que citei anteriormente da Elis me traz na lembrança versos de uma grande canção: "Há perigo na esquina, eles venceram, e o sinal esta fechado pra nós, que somos jovens...". Agora sim, tudo ficará mais claro pra você!

Aconteceu, ontem, uma nova manifestação incluindo dissidentes do PSOL e muitos estudantes - Os caras pintadas - na frente do palácio Piratini. A exigência dos manifestantes era para que se apurassem os casos de corrupção do governo atual do Rio Grande do Sul. Até um boneco da governadora foi queimado no meio da rua. Mas, então: " O perigo não mais está esquina e o sinal está aberto pra nós, que somos jovens". É isso que o braço levantado de Elis da imagem quer nos passar: lutem! A Democracia está ao seu lado e permite! Daí a relação: gesto, música e a mensagem que os dois juntos querem passar. Por fim, a imagem não diz nada. Mas o gesto da inesquecível Elis diz tudo!


Muito juízo para todos e tenham um final de semana brilhante!!!

Até amigos!

quinta-feira, 26 de março de 2009

Vestibular único no Brasil?

Queridos amigos:
Enquanto a água para chimarrão esquenta, os olhos escorregam pelas notícias do dia colocadas no jornal. Uma delas diperta a minha atenção:
O ministro da educação, senhor Fernando Haddad, apresentou a proposta muito bem intencionada de promover a EXTINÇÃO do vestibular nas Universidades públicas em todo o país. A idéia "brilhante" é oferecer uma prova unificada para país inteiro, como se o pequeno Brasil não fosse povoado por uma multiplicidade de culturas e modos diferentes de viver e, também, - consequentemente - de exigir conhecimento.
Esta posição absolutista e centralizadora do MEC não encontra qualquer respaldo na atual realidade que vive o país. Em primeiro lugar: a cultura de cada uma das Unidades Federativas está diretamente associada a sua forma de passar conhecimento. Quer dizer, a UFRGS tradicionalmente exige que os candiatos tenham conhecimento sobre o povo gaúcho. Nada mais justo!!!Afinal de contas a universidade é do Rio Grande do Sul e seus habitantes estudarão nela! Mas como elaborar as mesmas questões para um país - imenso e multicultural - inteiro responder como se todos fossem de uma mesma cidade, ou de uma mesma tribo? Como as universidades do Nordeste, por exemplo, exigirão que candidatos do Sul do país tenham conhecimento da sua realidade e da sua história? Simplificando a questão, existe sim uma solução: a extinção de questões que exijam conhecimentos regionalistas! Ou seja, esqueça que és gaúcho, paulista, capixaba... e sejas apenas brasileiro! Respondas às questões sobre o Brasil-Colônia, questões de Física, Química etc. Mas esqueças que és de alguma região e lembre-se que és apenas brasileiro. Segundo: parece-me que o MEC está tentando colocar para baixo do tapete o grande problema relacionado com a educação no Brasil. Este problema diz respeito às escolas públicas de base, - Ensino Fundamental e Médio - que não conseguem atingir o mesmo nível de ensino, por exemplo, de uma escola particular. Daí o ministro querer acabar com as "distorções do vestibular e do Enem". Mas que distorções ele se refere? Na verdade não há distorções. É muito simples: os vestibulares costumam exigir mais conhecimento do que o Enem. Ou vai querer me convencer de que pega-ratão é só maldade e não exige sabedoria? Terceiro: esta proposta do MEC me deixou pensativo. Será que a idéia é manter o ensino unificado no país ou simplesmente alcançar a economia de recursos, tirando da educação para desviar para outros setores do funcionalismo? Bom, isso até que não importa, já estamos acostumados. O que importa é que o novo Enem, de certa forma, prejudicará a qualidade das universidades que exigem bastante dos candidatos no momento dos testes para ingresso.
Uma vez que as provas federais - que exigem alto nível de conhecimento para aprovação - serão substiuídas por um novo ENEM, pode-se também prever o fim da exigência de conhecimento destacável para ingresso no ensino superior público e de qualidade.
Por fim, e a questão eu deixo pra você me responder:"Será que o Estado, atualmente e sempre, tão incompetente teria condições e competência para realizar esta prova unificada no Brasil inteiro?
Abraço amigos!

Feliz Aniversário Porto Alegre!

237 Anos!!!

Nem mesmo os índios que habitavam esta grande cidade – Sim!Eles foram os primeiros nestes desertos! - imaginavam o quanto ela cresceria e o quanto se desenvolveria cultural, econômica e socialmente.
Pousada de tropeiros como Jerônimo de Ornellas Menezes e Vasconcelos – que chegou por volta de 1725 – e a vinda de seus familiares ajudaram na povoação desta que é hoje uma das capitais mais brilhantes do Mundo. Digo brilhantes porque Porto Alegre, com todos os seus problemas, jamais deixou de brilhar!
Reza a lenda que o Porto de Viamão (Primeiro nome de Porto Alegre – que, até então, era uma sesmaria doada ao português Jerônimo de Ornellas ) no início do século
XVIII ainda não se constituía em núcleo urbano. Nesta época o nosso magnífico Guaíba era utilizado como ponto de comunicação com outras regiões.
A chegada de famílias da Ilha dos Açores – Que, na época, estava muito povoada - contribuiu ainda mais para o povoamento da capital gaúcha. Após, passou a chamar-se Porto dos Casais, em virtude da chegada de 60 casais açorianos que aqui se estabeleceram.

Em 14 de novembro de 1822, Dom Pedro I deu à vila o título de cidade. Durante o século 19, incentivos governamentais atraíram imigrantes de várias partes do mundo – a maioria europeus - , principalmente alemães, italianos, portugueses, espanhóis, poloneses, japoneses e açorianos.
A multiplicidade de pessoas de todas as etnias e diferentes origens fizeram au
mentar ainda mais o brilho da capital. Palco de tantos combates e derramamento de sangue, Porto Alegre ainda resiste com bravura neste solo do Rio Grande do Sul. Sua população é guerreira, brava e forte: qualidades de uma cultura que nunca se acabará!
Parabéns Porto Alegre! O teu passado de 237 anos nos orgulha, por isso lutaremos por ti sempre!

quarta-feira, 25 de março de 2009

Aurora 1 X 2 Grêmio

Parece que o Grêmio tem a tendência de deixar jogos fáceis e tranquilos transformarem-se em jogos dramáticos.O jogo contra o Aurora, pela Libertadores - 25032009 - provou mais uma vez essa tendência.

O Grêmio começou a partida forçando e tentando chegar na frente: foram, pelo menos, quatro chances claras de gol até os trinta minutos do primeiro tempo. Por alguns instantes o Aurora manteve a partida equilibrada, até que Jonas - aos 41 minutos do primeiro tempo - chuta da entrada da área e marca o primeiro gol tricolor.

O segundo tempo inicia tal como o primeiro:pressão tricolor no ataque - Jonas perde a chance por duas vezes logo no primeiro minuto do segundo tempo. Aos oito minutos da etapa complementar, o Aurora empata a partida em um lance isolado onde o goleiro repos rapidamente a bola com um lançamento para o ataque, onde a zaga do Grêmio falhou na marcação e o jogador Paredes aproveita e empata a partida para o Aurora.

A partir daí o Grêmio se mostrou um pouco nervoso e o Aurora aproveitou a situação para tentar se impor no jogo. Aos 13 minutos da segunda etapa Jonas é expulso pelo juiz acusado de agressão.Daí pra frente o tricolor pareceu estar perdido, nervoso. Até que, mais uma vez aos 41 minutos, Tcheco faz uma cobrança de falta de longa distância e o goleiro aceitou.

A partida termina aos 48 do segundo tempo: Aurora 1 X 2 Grêmio.Com a vitória, o Grêmio alcança a primeira posição no grupo 7 da Libertadores.

Foto: Herrera, que entrou na segunda etapa, disputa a bola com Limbert.