quinta-feira, 30 de julho de 2020

Desespero e Ideologia

Desespero e Ideologia

Não há qualquer dúvida de que o momento atual é temeroso, triste e cruel. Por um lado, percebe-se o desespero das pessoas que precisam tocar as suas atividades para garantir a subsistência de suas famílias. Em contra- partida, nos deparamos com diversos defensores de planos ideológicos que se encontram completamente deslocados do plano real e social no qual estamos inseridos.

Na atual conjuntura, não restam dúvidas de que não podemos nos excluir desse sistema medíocre e desigual em que viemos cotidianamente. A busca desenfreada pela sobrevivência leva milhares de pessoas, trabalhadoras (es) e pequenos empresários ao desespero. A labuta de cada dia para sustentar uma família passou a ser um grande desafio em momentos de pandemia, onde seguir determinado distanciamento social pode ser uma saída eficaz para estancar a ferida.

Nesse contexto, milhares de pessoas buscam, cotidianamente, alternativas que possam servir de opção para manter seus compromissos, bem como garantir as suas necessidades básicas. Muitos trabalhadores afastados de seus empregos encontraram formas alternativas de comercializarem produtos com pronta entrega e preços atrativos. São pessoas que fazem valer a pena suas vidas de luta, de cidadãos que sempre souberam enfrentar as diversidades ao longo da vida. Não tem como não admirar atitudes como essas que geram cada vez mais esperança de que as coisas possam mudar e tomar um rumo diferente.

Por outro lado, considerável porcentagem de pessoas passa o tempo todo defendendo seus políticos de estimação e criticando governos anteriores, difamando atitudes e opiniões de pessoas que realmente fazem a diferença. Nesse ínterim, ao invés de criar algo produtivo que possa suprir suas necessidades nesse momento tão delicado, perdem o seu precioso tempo postando besteiras em suas redes sociais como se fossem os donos da verdade e os mestres da moralidade.

Ora, é muito fácil ficar reclamando da vida, fazendo carreatas (Pasmem, sem sair de seus valiosos carros!), criticando decisões de governo quanto ao distanciamento social e colocando sua ideologia como se fosse a mais soberana e útil. Sentado na frente de um computador qualquer um realiza os seus desejos. Seja a menina que fica postando fotos sensuais, se achando modelo; seja os analfabetos funcionais a defender a “clorofina”, como se fossem médicos; enfim, seja os que sempre odiaram a politica querendo dar lição de moral sobre o tema, entre outros.

A banalização do conhecimento é uma consequência do uso desenfreado, desarticulado e criminoso das mídias de informação espalhada pelo mundo e pelas redes sociais. Qualquer mentira vira verdade; qualquer ignorante se transforma no maior conhecedor de todos os temas. Basta estar conectado a qualquer dispositivo que tenha internet para ser a perfeição em pessoa.

Em síntese, tem muita gente com tempo sobrando para ficar postando besteiras, disseminando falsas notícias e reclamando da vida nas redes sociais. Em quanto isso, as pessoas que realmente fazem a diferença estão procurando alternativas produtivas que possam efetivamente, gerar resultados. Pois é justamente neste tipo de pessoas e nestas atitudes que devemos nos apoiar para avançar em nossas conquistas e lutar por nossos sonhos e objetios. Então:

Quem sabe menos discursos e mais atitudes?

Quem sabe menos politicagem hipócrita e mais união?

Que tal gastar o precioso tempo com coisas produtivas?


quinta-feira, 9 de julho de 2020

Não quero que Bolsonaro morra!

Não quero que Bolsonaro morra!

Um dos assuntos mais comentados no Mundo foi sobre o fato de o presidente do Brasil testar positivo para o COVID-19. Se antes o mandatário se negava a mostrar os resultados dos seus exames para a imprensa e para a sociedade; agora, essa notícia cai como uma bomba e danifica os pilares de um governo já desacreditado e vivendo na sombra de um patriotismo completamente irresponsável.


Não me recordo de um governo federal tão desequilibrado, irresponsável e negligente como esse q
ue habita o Alvorada. Atualmente, o mundo tem se rendido ao medo da “arma de guerra da China” para garantir sua hegemonia econômica no mundo.

Não bastassem as idiotices e mentiras que os fanáticos costumam desfilar pelas redes sociais em apoio ao presidente Jair Bolsonaro; milhares, inclusive, fazendo carreatas e defendendo a abertura do comércio em todo país, agora seu maior “mito” aparece positivado para o vírus que, até então, era fictício. Diante de tal realidade, me coloco a tecer apenas dois, entre tantos outros, desse texto.

Em primeiro lugar, é sabido por todos que o número de mortes e de infectados no país pelo covid-19 aumentam em maiores proporções a cada dia. Neste contexto, políticas de governadores dos estados reduzindo aglomerações e promovendo o distanciamento social buscam, de fato, impedir o avanço da pandemia e evitar uma carnificina ainda maior. Estranhamente, um dos atuais conflitos institucionais envolvendo o Planalto e os governadores têm como centro as políticas para frear a atual pandemia.

Por outro lado, o irresponsável presidente da republica, que sempre usou a imprensa para debochar dos infectados e dos mortos com suas piadinhas ridículas nada fez para combater com seriedade esse grave problema de saúde publica. Apoiado por lunáticos inconsequentes e partidários ideologicamente ignorantes, o presidente promoveu aglomerações com apoiadores em um momento em que deveria respeitar a vida e as recomendações de saúde no mundo inteiro. O resultado não poderia ser outro: o irresponsável, debochado e negligente presidente brasileiro, com seus exemplos repugnantes, acabou contraindo o vírus em suas andanças.

Em segundo lugar: por que jamais desejaria a morte do presidente?

Porque desejo justamente ao contrario: que se recupere logo, “com seu físico de atleta”, e fique em plenas condições de saúde. Assim, poderá amadurecer enquanto mandatário e, a cima de tudo, como pessoa.

Mas não é apenas isso: que Jair Bolsonaro tenha saúde para refletir sobre todos os mortos e seus familiares que levarão essa ferida para o resto de suas vidas. Que mantenha seu porte físico de atleta para falar menos besteiras, incitar menos os seus fanáticos seguidores, e perceber as idiotices que falou e, em nome daqueles que ocupam os hospitais vítimas dessa pandemia, respeite a vida das pessoas.

Enfim, não quero que o presidente morra, jamais! Apenas lhe desejo saúde para arcar com todas as consequências de sua infantilidade enquanto presidente de um país de dimensões continentais como o Brasil em um momento tão crucial, crítico e importante como esse. E que pare de injetar o seu rebanho com deboches e piadas sem a menor conexão com a realidade dos fatos.