Desespero
e Ideologia
Não há
qualquer dúvida de que o momento atual é temeroso, triste e cruel. Por um lado,
percebe-se o desespero das pessoas que precisam tocar as suas atividades para
garantir a subsistência de suas famílias. Em contra- partida, nos deparamos com
diversos defensores de planos ideológicos que se encontram completamente
deslocados do plano real e social no qual estamos inseridos.
Na
atual conjuntura, não restam dúvidas de que não podemos nos excluir desse
sistema medíocre e desigual em que viemos cotidianamente. A busca desenfreada
pela sobrevivência leva milhares de pessoas, trabalhadoras (es) e pequenos empresários
ao desespero. A labuta de cada dia para sustentar uma família passou a ser um
grande desafio em momentos de pandemia, onde seguir determinado distanciamento
social pode ser uma saída eficaz para estancar a ferida.
Nesse
contexto, milhares de pessoas buscam, cotidianamente, alternativas que possam
servir de opção para manter seus compromissos, bem como garantir as suas necessidades
básicas. Muitos trabalhadores afastados de seus empregos encontraram formas
alternativas de comercializarem produtos com pronta entrega e preços atrativos.
São pessoas que fazem valer a pena suas vidas de luta, de cidadãos que sempre
souberam enfrentar as diversidades ao longo da vida. Não tem como não admirar
atitudes como essas que geram cada vez mais esperança de que as coisas possam
mudar e tomar um rumo diferente.
Por outro
lado, considerável porcentagem de pessoas passa o tempo todo defendendo seus políticos
de estimação e criticando governos anteriores, difamando atitudes e opiniões de
pessoas que realmente fazem a diferença. Nesse ínterim, ao invés de criar algo
produtivo que possa suprir suas necessidades nesse momento tão delicado, perdem
o seu precioso tempo postando besteiras em suas redes sociais como se fossem os
donos da verdade e os mestres da moralidade.
Ora, é muito fácil ficar reclamando da vida, fazendo carreatas (Pasmem, sem sair de seus valiosos carros!), criticando decisões de governo quanto ao distanciamento social e colocando sua ideologia como se fosse a mais soberana e útil. Sentado na frente de um computador qualquer um realiza os seus desejos. Seja a menina que fica postando fotos sensuais, se achando modelo; seja os analfabetos funcionais a defender a “clorofina”, como se fossem médicos; enfim, seja os que sempre odiaram a politica querendo dar lição de moral sobre o tema, entre outros.
A
banalização do conhecimento é uma consequência do uso desenfreado,
desarticulado e criminoso das mídias de informação espalhada pelo mundo e pelas
redes sociais. Qualquer mentira vira verdade; qualquer ignorante se transforma
no maior conhecedor de todos os temas. Basta estar conectado a qualquer dispositivo
que tenha internet para ser a perfeição em pessoa.
Em síntese,
tem muita gente com tempo sobrando para ficar postando besteiras, disseminando
falsas notícias e reclamando da vida nas redes sociais. Em quanto isso, as
pessoas que realmente fazem a diferença estão procurando alternativas
produtivas que possam efetivamente, gerar resultados. Pois é justamente neste
tipo de pessoas e nestas atitudes que devemos nos apoiar para avançar em nossas
conquistas e lutar por nossos sonhos e objetios. Então:
Quem
sabe menos discursos e mais atitudes?
Quem
sabe menos politicagem hipócrita e mais união?
Que tal
gastar o precioso tempo com coisas produtivas?