sábado, 18 de julho de 2015

Sobre a criminalidade.

Confesso que fico muito angustiado quando vejo uma pessoa sendo exposta à quaisquer tipos de arma de fogo. O assalto, hoje em dia, está enraizado na sociedade como algo tão natural que se torna inútil tentar qualquer reação contra ele. Fora isso, estaremos cada vez mais exposto ao (s) tiro (s) e à morte.
Lendo algumas páginas policias e consultando alguns textos na internet e pelas redes sociais, lembrei de um passado recente, no qual fui vítima de alguns assaltos onde consegui analisar as característica dos instrumentos de trabalho do delinquente de perto: pistola cromada ou polida e tambor de revólver danificado, por exemplo. Acreditem, por algumas vezes estive sob a mira de uma arma de fogo e sob o olhar vingativo do criminoso. Ou seja, com uma arma, revólver ou uma pistola apontada para a cabeça ou para qualquer outra parte do corpo: não esboce qualquer tipo de reação, lembre – se que bens materiais se consegue reconstruir, mas a vida não!
Mas na verdade, o tipo de crime que me preocupa muitíssimo é o crime “moral”. Chamo de crimes morais aqueles praticados pelos corruptos e bandidos que estão no poder. Se é verdade aquele dito popular de que “o exemplo vem de cima”, podemos entender porque existe um avança tão considerável em relação à criminalidade na sociedade atual. Quanto aos criminosos morais, sim, aqueles que falam em tom elegante, aparecem bem bonitinhos na televisão e vestem ternos caros e gravatas ornamentadas de toda a espécie. Ora, estar no poder requer moralidade, certo? Não fosse isso, pasmem, nosso sistema $representativo$ não seria tão rico, idôneo e legítimo.
A nossa triste realidade é que um tiro de pistola vende mais do que milhões desviados ou roubados em um negócio lucrativo entre os bandidos engravatados que estão a assaltar, diariamente, o povo. Nos últimos casos recentemente noticiados, homens públicos (Verdadeiros criminosos de poder em punho!) atuando na surdina junto à empreiteiras para saquear grana preta do povo! Mas isso não é nada, pois o brasileiro gosta é de sangue! Sem tiro, violência e morte, como ensinam ao povo, jamais será crime ou “chinelagem”!
Os poderosos não fazem seus deveres para com os cidadão porque não possuem recursos ou algo nesse sentido. Não fazem justamente porque se apropriam, roubam para si ou para terceiros, dos recursos sem precisar disparar um tiro sequer. Já pensaram quanta evolução: realizar um grande ato criminoso, lucrar muito dinheiro e não precisar disparar uma vez? Aquilo que era privado, não vira público, volta a ser privado em virtude de desvios etc...
Mas isso não importa para a grande sociedade, saqueada desde os primórdios e educada, diariamente, por uma mídia escrota e imbecilizante. Para ela, nada mais compensador do que ver a polícia matando criminosos armados e trabalhadores favelados, estigmatizados desde sus origens.
Tudo isso é muito preocupante na medida em que as pessoas responsáveis por guiar a nação e respeitar o cidadão brasileiro fazem justamente o contrário. Por exemplo, o presidente da Câmara do Deputados, senhor Eduardo Cunha, acusado de alguns crimes que dispensam as armas de fogo, a morte e o sangue, ameaça o governo ou qualquer um que esteja no seu caminho caso seus desejos não sejam satisfeitos. Fica bravinho, ameaça e bate pernas por qualquer coisa! Ora, no mínimo um ato medíocre e desrespeitoso de um cidadão com fortes tendências criminais e autoritárias (Inclusive está sendo investigado por instituições responsáveis.) mas que está livre e dispostos a continuar em frente com seus atos interesseiros e que vão contra os reais interesses da população em geral.
Por fim, os bandidos mais perigosos estão soltos e se vestem bem. Aparecem no sensacionalista jornal da noite com suas ordens cretinas e suas posturas moralistas e inescrupulosas. Defendem apenas interesses pessoais e partidários. Por outro lado, os mais feios são mostrados na imprensa com um fuzil na mão, vendendo drogas, e habitando favelas, redutos miseráveis que os corruptos e criminosos morais querem ver longe dos seus olhos. Tudo isso dentro do Brasil, a famosa pátria educadora, mas que educa pra quê ( m ) mesmo?


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