Confesso que fico
muito angustiado quando vejo uma pessoa sendo exposta à quaisquer tipos de arma
de fogo. O assalto, hoje em dia, está enraizado na sociedade como algo tão
natural que se torna inútil tentar qualquer reação contra ele. Fora isso,
estaremos cada vez mais exposto ao (s) tiro (s) e à morte.
Lendo algumas
páginas policias e consultando alguns textos na internet e pelas redes sociais,
lembrei de um passado recente, no qual fui vítima de alguns assaltos onde
consegui analisar as característica dos instrumentos de trabalho do delinquente
de perto: pistola cromada ou polida e tambor de revólver danificado, por
exemplo. Acreditem, por algumas vezes estive sob a mira de uma arma de fogo e
sob o olhar vingativo do criminoso. Ou seja, com uma arma, revólver ou uma
pistola apontada para a cabeça ou para qualquer outra parte do corpo: não
esboce qualquer tipo de reação, lembre – se que bens materiais se consegue
reconstruir, mas a vida não!
Mas na verdade, o
tipo de crime que me preocupa muitíssimo é o crime “moral”. Chamo de crimes
morais aqueles praticados pelos corruptos e bandidos que estão no poder. Se é
verdade aquele dito popular de que “o exemplo vem de cima”, podemos entender
porque existe um avança tão considerável em relação à criminalidade na
sociedade atual. Quanto aos criminosos morais, sim, aqueles que falam em tom
elegante, aparecem bem bonitinhos na televisão e vestem ternos caros e gravatas
ornamentadas de toda a espécie. Ora, estar no poder requer moralidade, certo?
Não fosse isso, pasmem, nosso sistema $representativo$ não seria tão rico,
idôneo e legítimo.
A nossa triste
realidade é que um tiro de pistola vende mais do que milhões desviados ou
roubados em um negócio lucrativo entre os bandidos engravatados que estão a
assaltar, diariamente, o povo. Nos últimos casos recentemente noticiados,
homens públicos (Verdadeiros criminosos de poder em punho!) atuando na surdina
junto à empreiteiras para saquear grana preta do povo! Mas isso não é nada,
pois o brasileiro gosta é de sangue! Sem tiro, violência e morte, como ensinam
ao povo, jamais será crime ou “chinelagem”!
Os poderosos não
fazem seus deveres para com os cidadão porque não possuem recursos ou algo
nesse sentido. Não fazem justamente porque se apropriam, roubam para si ou para
terceiros, dos recursos sem precisar disparar um tiro sequer. Já pensaram
quanta evolução: realizar um grande ato criminoso, lucrar muito dinheiro e não
precisar disparar uma vez? Aquilo que era privado, não vira público, volta a
ser privado em virtude de desvios etc...
Mas isso não
importa para a grande sociedade, saqueada desde os primórdios e educada,
diariamente, por uma mídia escrota e imbecilizante. Para ela, nada mais
compensador do que ver a polícia matando criminosos armados e trabalhadores
favelados, estigmatizados desde sus origens.
Tudo isso é muito
preocupante na medida em que as pessoas responsáveis por guiar a nação e
respeitar o cidadão brasileiro fazem justamente o contrário. Por exemplo, o
presidente da Câmara do Deputados, senhor Eduardo Cunha, acusado de alguns
crimes que dispensam as armas de fogo, a morte e o sangue, ameaça o governo ou
qualquer um que esteja no seu caminho caso seus desejos não sejam satisfeitos. Fica
bravinho, ameaça e bate pernas por qualquer coisa! Ora, no mínimo um ato medíocre
e desrespeitoso de um cidadão com fortes tendências criminais e autoritárias (Inclusive
está sendo investigado por instituições responsáveis.) mas que está livre e
dispostos a continuar em frente com seus atos interesseiros e que vão contra os
reais interesses da população em geral.
Por fim, os
bandidos mais perigosos estão soltos e se vestem bem. Aparecem no
sensacionalista jornal da noite com suas ordens cretinas e suas posturas
moralistas e inescrupulosas. Defendem apenas interesses pessoais e partidários.
Por outro lado, os mais feios são mostrados na imprensa com um fuzil na mão,
vendendo drogas, e habitando favelas, redutos miseráveis que os corruptos e
criminosos morais querem ver longe dos seus olhos. Tudo isso dentro do Brasil,
a famosa pátria educadora, mas que educa pra quê ( m ) mesmo?
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