sábado, 30 de janeiro de 2016

Dos medos que tenho!

Prezados cidadãos! 
Estimados leitores e aventureiros que, por falta de opções, estejam a navegar por este blog!
Ainda era agosto do ano passado quando coloquei a última postagem nesse canal de comunicação. O tempo, este "maledeto" necessário, que insiste em atuar com força e adiantar nossas vidas, foi curto o suficiente para que eu pudesse dedicar atenção a este tão importante e, outrora, valorizado Blog do Gui.
No entanto, muitas coisas vieram acontecendo desde agosto de 2015 até hoje, data em que pretendo retomar com mais frequência as atividades neste blog. Neste texto, diante de tantos fatos alarmantes e de tanta hipocrisia por parte da sociedade, de modo geral, desejo compartilhar com os leitores um pouco dos meus medos! Sim, porque hoje em dia o que as pessoas mais gostam de fazer é exibir seus corpos sarados como se fossem dignos de medalha de ouro; adoram ostentar a aquisição de bens materiais como verdadeiras conquistas, mesmo que oriundas de operações ou ações ilícitas! Gostam de exaltar suas qualidades, claro, sempre positivas! Por exemplo, abrimos o Facebook e adentramos ao paraíso, ornamentado com cervejas importadas e diversões de toda a sorte! Não há tempo ruim, as pessoas são todas ricas, cheias de saúde, de corpos esculturais e biquinhos fotogênicos cinematográficos. 
Neste contexto, não se fala ou se comenta sobre as dificuldades da vida e os medos, inevitáveis em uma vida regrada por normas e sistemas desiguais em uma sociedade tão precária como a atual. 
Pois é sobre alguns medos que carrego de longa data que desejo escrever nestas breves linhas, até para quebrar esta falácia de que os seres humanos são perfeitos e desprovidos de problemas em suas vidas, como imensa quantidade de pessoas tentam, falaciosamente, passar através das redes sociais e interativas. Sem me deter muito aos aprofundamentos que me conduzem aos medos que colocarei, farei referência a apenas três deles: o medo da sociedade, o medo da polícia e o medo dos governos.
Em primeiro lugar, tenho muito medo da sociedade, justamente por ser ela desigual e ignorante. Desigual dentro de uma conjuntura que possibilita tal colocação: a conjuntura capitalista, onde poucos acumulam fortunas e milhares não possuem nada. Ignorante porque a sociedade não sabe, e é perfeitamente treinada para isso, o que realmente acontece nos bastidores daqueles que determinam seus rumos e definem suas diretrizes. A sociedade é ignorante por apenas um motivo: ela paga, e caríssimo, para não se incomodar! Com certeza, o que nos parece inútil uma vez que pagamos um dos maiores impostos do mundo e os problemas sociais só aumentam!
Em segundo lugar: o medo da polícia! Neste caso, além de traumas de infância, ( Época em que eu era menor de idade e, mesmo assim, tomava chutes e tapas de brigadianos com certa frequência em abordagens truculentas! ) a atualidade tem mostrado, cada vez mais, que o poder de punir do Estado tem ultrapassado as barreiras do aceitável, se é que um dia foi aceitável! Hoje, a polícia treina para atirar, violentar e matar conforme o contexto em que está inserida! Moro em um bairro tido como perigoso, daí o meu medo! Mais uma consideração: em última análise, a polícia serve para legitimar e garantir a continuidade das desigualdades vestindo a camisa do Estado! Simples assim, um motivo significativo para ter medo!
Por fim, tenho medo dos governos! Por motivos óbvios, os governos não representam ninguém! Pior que isso, os governos apenas utilizam a máquina pública, sustentada pelo suor do povo, para resolver problemas pessoais através de uma sujeirada que fica impune e, muitas vezes, longe do conhecimento da população. Se pensarmos que o sistema de governos cria leis e normas apenas para resolver os problemas do próprio sistema e dos próprios governos teremos a mais absoluta certeza de que a população estará para sempre desamparada e governada por verdadeiros bandidos, oportunistas e interesseiros!
Enfim, tive a oportunidade, neste breve texto, de compartilhar apenas três dos meus medos. Se me dão licença, preciso correr para outras redes sociais; desta vez, para tirar fotos na frente do espelho da academia e fazer biquinho em um selfie no banheiro de casa. Afinal de contas, o importante é vender o impossível: a ideia de que vivemos em um mundo de maravilhas e de igualdades!


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