sábado, 9 de fevereiro de 2013

Geral do Grêmio e Avalanche...



Confesso que escrevo este texto com um pouco de receio. Não pelo título em si, mas o que ele pode significar a muitas pessoas. Muitas das quais resolvem fazer referências à torcida e sua forma de atuação apenas quando algo de ruim acontece. Neste sentido, tudo de bom fica pelo caminho, uma linda história se perde. Bandeiras, trapos, canções de incentivo, melhor acabar com tudo isso! Seria mesmo?
O recente incidente ocorrido na Arena, levou a público um problema como o da boate Kiss. Agora, tudo é medo, tudo é extinção. Verdadeiro discurso aos que são carentes de boas alternativas aos maiores problemas! Pois que, esta é a palavra: extinção!
A negligência do poder público contribuiu de forma significativa para o desastre em Santa Maria, não fosse isso, o estabelecimento era para estar fechado! E na Arena, o que aconteceu? Por que os fiscais não recomendaram mais ferros antiavalanche também nas partes mais baixas das arquibancadas da Arena? Por que não pediram para colocarem uma mureta alta como a do estádio Olímpico? Se estes procedimentos não fossem rigidamente obedecidos, que realizassem o jogo no antigo estádio! Neste caso, nenhum acidente teria acontecido!
E fica a questão: Por que o MP, tão dono da verdade, depois de grandes tragédias, pensa apenas em investigar, ordenar interdições, ao invés de contribuir nas fiscalizações? Não teria, este órgão público, poder suficiente para impedir o funcionamento da Arena, em caso de irregularidades?
Ora, já estamos acostumados com idéia de que o poder público não tem efetividade nenhuma, a não ser mandar e desmandar. A incompetência tende a trazer definições que beiram ao autoritarismo. Dessa forma, ignorando toda a importância que Geral e a Avalanche tem para o Grêmio, ele aconselha a extinção: da torcida Geral do Grêmio; da sua tradicional comemoração, a Avalanche e, num futuro bem próximo, os cantos que embalam o time em busca da vitória.
Na noite de ontem, umas das escolas de samba do grupo especial de Porto Alegre trouxe a história das moradas do nosso tricolor gaúcho. Um grande espetáculo cultural, como o carnaval, jamais poderia deixar de fora uma tradição tão importante do nosso futebol: a Avalanche! E lá estava ela, em um carro alegórico puxado por uma estrela que brilhará pra sempre em céus gremistas: o incrível Tarciso Flecha Negra.
Na realidade, ainda não consegui decifrar as siglas deste jogo. Agora, o próprio presidente Koff vem a público dizer que a colocação de cadeiras é uma necessidade, para a segurança do público. Pois então, digo – lhes o que pode ser produtivo para a segurança de qualquer pessoa na nossa sociedade atual:
Assista aos jogos de futebol em casa, pela televisão, pois a cidade não oferece segurança e você pode ser assaltado ou pode ser privado de sua vida em qualquer esquina!
Junte bastante dinheiro e compre inúmeros remédios que possam lhe salvar em um momento grave, pois o sistema de saúde deve demorar a chegar em sua casa, se chegar! Apenas dois exemplos...
Enfim, o presidente Koff é um cara inteligente. Ontem fez uma grande contratação, e tenho plena convicção de que quer construir um time campeão. Mas não é apenas isso! Não existe time sem torcida e não existe torcida sem as suas formas tradicionais de cantos, gestos, bandeiras, trapos e comemorações.
Fica o meu relato de apoio a uma torcida que não merece ser vista apenas por ângulos ruins. Pois ela balança o Grêmio em momentos de turbulência! Ela canta e apóia o tempo inteiro! Ela faz, sim, Avalanche, que é a sua principal comemoração! Agora, lembrei de uma passagem de Paulo Sant’Ana: “Que torcida maravilhosa esta Geral do Grêmio”! Por isso, ela tem de estar onde é o seu lugar: atrás do gol! Com mais segurança, com toda a certeza, mas também com suas características comemorativas de cantos, bandeiras e trapos! Com seus tambores e incentivos! Todos sabem que, com segurança, tudo pode funcionar! O que jamais podemos aceitar é que algo tão lindo e entusiasmante possa acabar!

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