Impossível
não buscar uma reflexão da atualidade ao perceber como os governos autoritários
do passado realizaram seus projetos de governabilidade. Neste sentido, pensemos
de que forma os grandes líderes políticos da contemporaniedade têm conduzido as
suas proposta em busca de êxito junto àqueles que detém o real poder de decisão
no país.
A
grande verdade é que muitos políticos têm usado o nosso sistema “representativo”
como uma maneira relevante de justificar tudo o que se faz por esse Brasil a
fora. Em outras palavras, estes homens (Nem tão públicos assim), não raramente
aparecem envolvidos em casos de corrupção e denúncias de falcatruas. A partir
daí, o nosso sistema lhes garante um
imenso aparato protetivo que jamais estaria á disposição para um cidadão
qualquer da república. Tudo fortemente garantido pelo legitimado sistema de
representação política que o país tanto se orgulha.
Pois
bem, a grande questão é que nesse mundo de “representatividade” as pessoas que
elegem os seus candidatos o fazem apenas
em épocas de eleições, apenas isso. Ou seja, passado o período de visitar as
urnas (Em um país de “terceiro mundo”,como o Brasil, algo OBRIGATÓRIO) as
pessoas não mais serão ouvidas e o silêncio popular torna – se cada vez mais
perceptível. Quer dizer, as decisões são “Legitimadas”, diretamente, pelo povo.
Mas, curiosamente, as propostas são criadas a partir da personalidade,
convicções e interesses políticos/partidários de cada um desses representantes.
Não
parece por acaso que nos últimos tempos o Brasil tem sido palco de muitas manifestações
e protestos que jamais estiveram na pauta de nossos “representantes”. Isso, a
meu ver, é uma forma de governo autoritário!As alianças políticas determinam
interesses da base de governo e suas próprias intenções, nada a mais do que
isso. E neste caso, percebem que os interesses de governo se confundem com os
interesses do povo. Tudo ocultamente amparado no sistema representativo.
Percebam
a realização da Copa do Mundo, no Brasil.
Alguém
consultou à população que já perdeu entes queridos na imensa fila por
atendimentos médicos se eles gostariam, ou não, da realização dos jogos em um
país onde a saúde é precária em todos os sentidos? Outro exemplo, será que os
milhares de brasileiros que perderam familiares, vítimas dos tiros e atos
violentos da criminalidade, aprovariam um evento como este em um país em que é
mais negócio seguir os tortuosos caminhos da criminalidade do que ser um
trabalhador honesto? E aqui, pasmem, nunca é demais lembrar o sistema prisional
brasileiro, onde muitos Juízes preferem soltar os infratores por falta de
condições das prisões brasileiras.
Enfim,
o Novo Autoritarismo funciona desta maneira: as decisões são lá de cima, a para
quem está em cima. Na atualidade, o Brasil encontra – se em uma condição que
impressiona os estrangeiros, mas não o povo que luta para sobreviver dentro de
suas fronteiras. Porto Alegre está sendo destruída e sua natureza exterminada;
mesmo assim, alguém perguntou se a população da cidade aprovaria a realização
dos jogos em seus domínios? Claro que não, a Copa é um evento tão imposto goela
abaixo como o AI – 5. Ou seja, por influências de elites políticas e econômicas
(Ou alguém é cego ao não perceber que são eles quem detém o poder de decisão no
Brasil?), o povo, cada vez mais, tem assistido o autoritarismo sendo colocado
como política do “pão e circo”. Tudo em novo do progresso, do desenvolvimento. A
massa de manobra, para o Novo Autoritarismo, é a maior e mais eficiente arma do
sistema “representativo” de governo.
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