quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

Sobre as cenas de selvageria.

 Sobre as cenas de selvageria.

Os dias têm sido conturbados no seio da humanidade. Por falar nisso, o ser humano que se diz humano, o ser mais irracional que tanto se diz racional parece não encontrar limites para nutrir seu ódio e ostentar o seu poder frente ao semelhante como se este fosse um objeto inanimado, um verdadeiro saco de pancadas.

Dentro do parlamento, soldados do aparato repressivo do Estado atacam com ódio e batem nas pessoas com seus cacetetes como se estivessem em um octógono de MMA. A brutalidade da ação externaliza através do semblante escuro de pessoas que descarregam sua raiva interna com atos de verdadeira irracionalidade. Isso não é raro, diversos casos de violência policial são relatados e denunciados publicamente. Mas também é preciso esclarecer que esses fatos não acontecem em todos os lugares; ocorrem, principalmente, em locais onde existe uma segregação social.

Antigamente, as forças de segurança pública exerciam um papel diferente dentro da sociedade e as pessoas conseguiam entender qual era esse papel. Cotidianamente, já não se tem mais esta percepção, a polícia parece não estar mais protegendo a sociedade e os cidadãos de bem, mas sim os detentores do poder, uma classe elitizada que detém o monopólio sobre o poder político e, principalmente, o poder econômico e que assiste a tudo com os braços cruzados.

Como inevitável consequência, desarmonizam os territórios, se apropriam do que é público, especulam sobre tudo o que possa lhes trazer lucro, disseminam o ódio cada vez mais na sociedade e causam esta anomia toda que estamos vivenciando.

Por outro lado, não é só a polícia que protagoniza episódios animalescos de violência, agressões e brutalidades. Ontem, pela primeira vez na história, o time do Santos foi rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro. Não aceitando este fato, muitos seres de mente conturbada (Que se dizem torcedores) acabaram protagonizando diversos confrontos com a polícia e provocando diversos atos de barbárie nas proximidades da Vila Belmiro.

“A Vila mais fomosa do Brasil”, como muitos locutores esportivos carinhosamente se referem ao estádio de peixe, anoiteceu triste, não apenas pelo desempenho do clube; mas, principalmente, pelas cenas lamentáveis de violência disseminada por seus torcedores, que atearam fogo em diversos veículos estacionados na volta do estádio. Daí a minha pergunta: que recado se passa ao clube e aos próprios torcedores do Santos com atitudes como esta? 

Com certeza nenhuma!

A derrota cega e a não aceitação do resultado dentro de um esporte como o futebol resta por transformar as pessoas em verdadeiros animais irracionais, desprovidos de consciência daquilo que estão fazendo, simples assim. E não se trata apenas da torcida do peixe, esses casos acontecem em todos os clubes de futebol tupiniquim! O time está bem, então tudo é festa, é olé! Do contrário, baixa os instintos primitivos de vários por aí.

Ou seja, as pessoas trazem consigo a ideia de que determinadas coisas são inaceitáveis, como se tivéssemos o poder do julgamento e proferimento de sentença. Se algo não está de acordo com os nossos desejos, vamos apelar para a violência e para a brutalidade para passar o recado! É isso que acontece com as pessoas que não possuem um discernimento da importância de manter uma harmonia bacana entre as pessoas. Em um âmbito maior, vide os senhores da guerra, que trazem para este planeta a pior escuridão que é matar milhares de pessoas inocentes, derramar sangue pelos quatro cantos da humanidade em busca de um poder maldito, brutal e sanguinário.

Em síntese, não podemos ceder às forças da violência e da brutalidade! Precisamos ter sabedoria e entender que disseminar mensagens de apoio e paz é sempre mais forte do que quaisquer outras posturas. A humanidade está cheia de corações puros e de pessoas dispostas a lutarem para que o mundo seja um ambiente de mais alegria, de mais harmonia e, acima de tudo: de muito amor!

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